Roger Planchon, dramaturgo e diretor, dirigiu Jean Carmet, Michel Serrault, Annie Girardot e Robin Rennuci

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O revolucionário

Roger Planchon (12 de setembro de 1931 – Paris, 12 de maio de 2009), dramaturgo, ator e diretor francês, montou obras dos clássicos Molière, Marivaux, Racine e de modernos como Pinter e Ionesco.

Nascido em 12 de setembro de 1931, Planchon assumiu, em 1952, o Theatre de la Cité, que se tornou o Teatro Nacional Popular, em Villeurbane, periferia de Lyon, a partir de 1957.

Planchon dirigiu Jean Carmet (1920-1994), Michel Serrault (1928-2007), Annie Girardot (1931-2011) e Robin Rennuci, entre outros grandes atores.

Roger Planchon faleceu em 12 de maio de 2009, de ataque cardíaco, aos 77 anos, em Paris.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u564819 – da Frande Presse, em Paris – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – 12/05/2009)

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1123746-7084,00- Da France Presse – POP & ARTE – PARIS, França, 12 Mai 2009 (AFP) – 12/05/09)

 

 

 

 

DESESPERANÇA

Antes de reinventar Molière, Roger Planchon inventou-se a si mesmo. Autodidata, jamais foi aluno de ninguém e aprendeu teatro fazendo.

Sua única influência foi Jean Vilar (1912-1971), criador do Teatro Nacional Popular francês em 1951. Filho de um pequeno comerciante semi-analfabeto, Planchon manifestou desde sempre uma imaginação indisciplinada e inconformista. Assim, aos dezesseis anos, assaltou uma sala paroquial para fazer teatro.

Foi desse assalto e da posterior expulsão que surgiu o famoso Théâtre de la Cité, instalado em Villeurbanne, nos subúrbios de Lyon, em 1957.

Peças populares para encenação em fábricas e sindicatos formavam seu primitivo repertório. Agora, mais cético, mas permanecendo nesse projeto, Planchon não esconde sua desesperança: “Operário só entre em teatro para construir o prédio.”

Planchon antecipou no teatro desde 1947, então, num teatro de bolso e improvisado – “Cuja única vantagem era um armário grande onde o gerente podia se esconder dos credores” -, ele e seu grupo começaram a lançar autores quase malditos na França – Bertolt Brecht, entre eles.

Com peças montadas, para públicos variados (uma vez foi visto por 18 000 pessoas no Festival de Avignon), o Théâtre de la Cité acumulou prestígio e sucessos em décadas de atividades.

Destacam-se, por exemplo, “Henry IV”, de Shakespeare, uma adaptação para o palco de “Os Três Mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, “A Segunda Surpresa do Amor”, de Pierre de Marivaux (1668-1763) e o “Tartufo”, do autor mais consagrado pela França oficial: Jean-Batiste Poquelin, o Molière (1622-1673).

Em maio de 1972, depois de dez anos de carreira vitoriosa na França e na Europa, o “Tartufo” de Planchon ganhou uma espécie de “placé” oficial. Seu teatro foi considerado o legítimo sucessor de Jean Villar. E surgia o novo TNP que lhe garantiu a manutenção de dois grupos itinerantes com 150 artistas.

(Fonte: Veja, 11 de julho de 1973 – Edição 253 – TEATRO – Pág: 79)

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