Roger Garaudy, antigo dirigente do Partido Comunista Francês, de quem foi o ‘filósofo oficial’, católico e posteriormente muçulmano

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Antigo dirigente do Partido Comunista Francês, de quem foi o ‘filósofo oficial’, católico e posteriormente muçulmano

 

Roger Garaudy é autor do livro ‘Os Mitos Fundadores da Política Israelita’ (Foto: Alchetron/ Divulgação)

 

Roger Garaudy (Marselha, 17 de julho de 1913 – Chennevières, Paris, 14 de junho de 2012)filósofo francês, nome de destaque entre os intelectuais comunistas antes de optar pelo negacionismo

Filósofo e antigo líder dos intelectuais comunistas franceses e figura do negacionismo do Holocausto, Roger Garaudy é autor do livro ‘Os Mitos Fundadores da Política Israelita’ (1996), foi condenado dois anos mais tarde por contestação de crimes contra a Humanidade, após ter provocado uma viva polêmica.

A sua obra foi saudada pelo regime islâmico iraniano, pelo antigo dirigente líbio Muammar Kadhafi, pelo responsável do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah e pelas autoridades sauditas.

Num perfil divulgado, intitulado “Desaparecimento de Roger Garaudy, de Estaline a Maomé”, o diário comunista Humanité saúda aquele que “desempenhou, para um número elevado de intelectuais comunistas da época estalinista, o papel hoje totalmente impensável de filósofo oficial” do Partido Comunista Francês.

Nascido a 17 de julho de 1913 em Marselha (sul) numa família protestante, Roger Garaudy converteu-se ao catolicismo e depois ao Islão nos anos 1980.

Professor de Filosofia e doutor em Letras, aderiu ao Partido comunista em 1933. Detido em 1940, esteve 30 meses num campo na Argélia. Em 1945, entrou para o comitê central do partido e em 1956 para a comissão política.

Em 1945 foi eleito deputado e em 1951 perdeu o cargo. Foi reeleito para a Assembleia Nacional (1956-58) e depois para o Senado (1959-62).

No final dos anos 1960, torna-se o “enfant terrible” do Partido Comunista devido às suas tomadas de posição contestatárias. Depois de ter denunciado a normalização na Checoslováquia e qualificado o dirigente comunista da época George Marchais (1920-1997) de “coveiro do PC”, é excluído do partido em maio de 1970.

Roger Garaudy morreu em 14 de junho de 2012, na região parisiense com 98 anos, em Chennevières (perto de Paris).

(Fonte: http://www.dn.pt/inicio/artes – por Lusa – ARTES – FRANÇA – 15 de junho de 2012)

 

 

 

Roger Garaudy, ex-comunista que aderiu ao negacionismo

O filósofo francês Roger Garaudy, nome de destaque entre os intelectuais comunistas antes de optar pelo negacionismo, foi autor do livro “Os Mitos Fundadores da Política Israelense” (1996), e condenado em 1998 por negar crimes contra a humanidade.

Professor de filosofia e doutor em letras, aderiu ao Partido Comunista francês em 1933. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi detido em 1940 pelo regime colaboracionista de Vichy e internado num campo de concentração na Argélia.

Recebeu a Cruz de Guerra 39-45 e a medalha da deportação.

Em 1945 passou a formar parte do comitê central do PC francês, e em 1956 do burô político.

Eleito deputado, formou parte das duas Assembleias Constituintes do pós-guerra (1945-46) e da primeira Assembleia Nacional, da Câmara Baixa do Parlamento francês (1946-51). Voltou a ser deputado entre 1956 e 1958 e entre 1959 e 1962.

Ensinou filosofia em diversas cidades da França no fim dos anos 50 e durante os anos 60. Foi professor de letras na universidade de Clermont-Ferrand (1962-65) e catedrático na Poitiers (1969-73).

Ao mesmo tempo, dirigia publicações comunistas e o Centro de Estudos de Pesquisas marxistas (1960-70). Depois de atritos por suas posições contestatórias, desencadeou a ira dos dirigentes comunistas com a publicação de seus livros “A Grande Virada do Socialismo” (1969) e “Toda a Verdade” (1970).

Após denunciar a situação na Tchecoslováquia e classificar o líder comunista francês de “coveiro do PC”, foi excluído do partido em maio de 1970.

Em 1982 converteu-se ao islã.

Autor de muitas obras, Garaudy foi premiado com o Deux Magots por seu “Apelo aos Vivos” (1979). Em 1989 publicou suas memórias.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil – Sociedade – BRASIL – 15/06/2012)

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