Robin Cook, ex-ministro britânico das Relações Exteriores, era considerado um dos principais debatedores políticos de sua época

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Robin Cook, ex-ministro britânico do Exterior

 

 

Robert Finlayson Cook (Bellshill, Reino Unido, 28 de fevereiro de 1946 – Inverness, Reino Unido, 6 de agosto de 2005), ex-ministro britânico das Relações Exteriores, conhecido como Robin Cook, foi responsável pela política externa britânica entre 1997 e 2001.

 

Transitou então para o posto governamental de Líder da Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico) e demitiu-se do governo de Tony Blair em 2003, em antagonismo com o primeiro-ministro pela decisão deste de entrar na guerra contra o Iraque.

 

Cook foi secretário do Exterior de 1997 a 2001 e manteve visibilidade política como um forte crítico da decisão do primeiro-ministro Tony Blair de aderir à guerra contra o Iraque.

 

Ele renunciou à liderança na Câmara dos Comuns em 2003 devido à decisão do governo de apoiar a guerra liderada pelos EUA.

 

Nascido em 28 de fevereiro de 1946, filho único de um diretor escolar, Cook destacou-se desde pequeno por sua inteligência excepcional e pela capacidade de trabalho fora do comum. Sempre se interessou pelo tema da proteção social e freqüentemente saía em defesa dos mais desfavorecidos.

 

Filho de um professor de química, foi educado na Universidade de Edimburgo, onde estudou literatura inglesa e começou sua carreira política no Partido Trabalhista. Foi eleito pela primeira vez ao parlamento em 1974.

Estudou na Universidade de Edimburgo, longe dos centros de formação clássicos do “establishment” inglês.

 

Deputado trabalhista desde 1974, Cook encarnava para os militantes a face do antigo trabalhismo, anterior a Tony Blair, que após ocupar Downing Street, orientou esta corrente ideológica para o centro.

 

Próximo de John Smith, antigo líder do trabalhismo, Robin Cook foi afastado do primeiro plano do poder com a chegada de Tony Blair à cabeça do partido, em 1994.

 

Mas conseguiu conquistar a confiança de Blair, renunciando pouco a pouco a alguns dos princípios da antiga ideologia trabalhista, sobretudo o keynesianismo e o euroceticismo.

 

Robin Cook ocupou cargos relevantes dentro do Partido Trabalhista nos anos em que a sigla era da oposição: foi especialista das questões orçamentárias (1980-83), europeias (1983-1984), de comércio (1986- 1987), de saúde pública (1987-1992), de indústria e comércio (1992-1994) e de Assuntos Externos (1994-97).

 

Quando os trabalhistas chegaram ao poder, em 1997, Cook ambicionava a pasta das Finanças, mas Tony Blair o nomeou chefe da diplomacia britânica.

 

Naquele ano, a vida particular de Cook esteve no centro de um escândalo, quando surgiram informações sobre seu caso extraconjugal com sua secretária, Gaynor.

 

Em função disto, decidiu deixar a esposa, Margaret, após 28 anos de vida em comum para casar-se com Gaynor.

 

Foi um prato cheio para os tabloides britânicos, especialmente as revelações da esposa traída, que retratou o marido como um ex-alcoólatra depressivo em um livro.

 

Nos quatro anos em que chefiou o Foreign Office (1997-2001), Cook defendeu uma política externa “ética” na Grã-Bretanha, o que lhe valeu várias decepções, e apoiou a intervenção da OTAN no Kosovo, em 1999, para tirar a província de maioria albanesa do jugo sérvio.

 

Em julho de 2001, foi nomeado líder da Câmara dos Comuns (Câmara Baixa do Parlamento). Como membro do governo, era encarregado de organizar as relações entre o Executivo e os Comuns, bem como estabelecer a ordem do dia parlamentar.

 

Em 2003, decidiu deixar o governo Blair dois dias antes da invasão anglo-americana do Iraque, que depôs o presidente iraquiano Saddam Hussein. Na ocasião, declarou: “Não posso apoiar uma guerra sem acordo internacional ou apoio doméstico”.

 

Cook foi reeleito em seu distrito eleitoral de Livingstone (região central da Escócia) nas eleições gerais de maio, que mantiveram Blair e o Partido Trabalhista no poder para um terceiro mandato.

 

Fora do gabinete, Robin Cook costumava ser um prolífico comentarista na imprensa e muitos analistas políticos esperavam que ele voltasse ao primeiro plano quando Blair deixasse o cargo, abrindo o caminho para o chanceler de Exchequer, Gordon Brown.

 

Cook era considerado um dos principais debatedores políticos de sua época. Atraiu apoio generalizado com o eloquente discurso de renúncia, quando deixou o governo.

 

Cook, escocês, assumiu o Ministério do Exterior em 1997, depois de uma grande vitória eleitoral do Partido Trabalhista, de Blair e de centro-esquerda, prometendo uma nova “dimensão ética” na política externa.

 

O primeiro ano de seu mandato, porém, foi caracterizado por um constrangimento pessoal. Ele pôs fim abruptamente ao seu casamento de 28 anos com sua primeira mulher, Margaret, quando um jornal ameaçou revelar que mantinha um caso com sua secretária, Gaynor Regan, com quem depois se casou.

 

Sobreviveu ao escândalo e desempenhou um papel destacado na campanha da OTAN, em 1999, para forçar a retirada de soldados sérvios de Kosovo. Posteriormente, disse que “defender Kosovo” foi uma de suas maiores realizações.

 

A sua transferência à liderança da Câmara dos Comuns foi um rebaixamento, mas Cook assumiu a tarefa com vigor e procurou modernizar as tradições seculares do parlamento.

 

Ele também parecia gostar da vida de parlamentar, depois de desistir do gabinete. Publicou um livro muito elogiado sobre os seus anos no governo e escrevia com freqüência colunas para jornais.

 

Também era fanático por corridas de cavalo. Indagado sobre que livro levaria consigo se fosse banido para uma ilha deserta, escolheu o “National Hunt Form Book”, um guia de corridas de cavalo no Reino Unido.

 

No entanto, tinha a fama de ser arrogante e pouco hábil para as relações humanas e seus críticos o chamavam de “anão resmungão”.

Robin Cook faleceu em 6 de agosto de 2005 após sofrer um colapso quando caminhava por uma montanha na Escócia.

Amante das caminhadas, Cook, de 59 anos, se aproximava do cume da montanha Ben Stack, de 721 metros de altitude, situada nas Highlands escocesas (norte), quando sofreu o colapso. Imediatamente, foi levado de helicóptero para um hospital de Iverness e, segundo o canal de notícias BBC News, chegou a receber ressuscitação cardiopulmonar.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2005/08/06- ÚLTIMAS NOTÍCIAS / INTERNACIONAL / LONDRES / Por (AFP) – 6 ago 2005)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias – MUNDO / NOTÍCIAS – 6 de agosto de 2005)

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