Roberto Viola (1924-1994), segundo presidente da ditadura militar Argentina

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Roberto Viola, que dirigiu a ditadura militar argentina

Roberto Eduardo Viola (Buenos Aires, 13 de outubro de 1924 – Buenos Aires, 30 de novembro de 1994), segundo presidente da ditadura militar Argentina. Ele assumiu o poder em 1981 e durou pouco –apenas oito meses, período suficiente para ser condenado, em 1985, por sequestro e tortura de militantes esquerdistas.

O ex-general que dirigiu brevemente a ditadura militar argentina na década de 1970 e que foi um dos arquitetos da chamada guerra suja contra esquerdistas, foi nomeado presidente de fato por seus colegas generais em 1981, tornando-se membro da junta militar que derrubou o governo democraticamente eleito da presidente Isabel Peron em 1976.

O general Viola foi despojado de sua posição depois de ser considerado culpado em 1985 de pedir tortura, sequestro e roubo em uma campanha contra guerrilheiros de esquerda e seus simpatizantes durante a ditadura militar de 1976-1983.

A má saúde forçou a general Viola a demitir-se apenas oito meses depois, quando foi eleito pelo general Leopoldo Galtieri (1926-2003), que lançou a invasão desastrosa das ilhas Falkland da Argentina. A invasão levou à guerra com a Grã-Bretanha e uma derrota que acabou com o domínio militar.

Um tribunal civil que investigou crimes cometidos pelos ex-governantes militares da Argentina descobriu o general Viola culpado de 100 delitos contra direitos humanos e condenou-o a mais de 16 anos de prisão em 1985.

Ele foi libertado cedo quando o presidente Carlos Saul Menem declarou anistia em dezembro de 1990.

As estimativas do número de pessoas que desapareceram sob a ditadura militar variam de 9.000 para 30.000.

Em seu julgamento, o general Viola assumiu sua própria defesa e argumentou que a democracia não poderia ter retornado à Argentina se os militares não derrubassem subversivos de esquerda. Ele declarou-se “responsável, mas não culpado”.

Roberto Viola morreu aos 70 anos no dia 30 de novembro, na Clínica La Finocchietto de parada cardiorrespiratória, em Buenos Aires.

(Fonte: Veja, 12 de outubro de 1994 –- ANO 27 -– N°41– – Edição 1361 –- DATAS –- Ed. Abril – Pág; 114)

(Fonte: The New York Times Company – TRIBUTO / MEMÓRIA / BUENOS AIRES, 1 de outubro / 2 de outubro de 1994)

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