Rita Barberá, senadora espanhola que foi presidente da câmara de Valência durante 25 anos

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Rita Barberá, líder da direita espanhola investigada pela Justiça

(Fevereiro) A senadora Rita Barberá - AFP/Arquivos

(Fevereiro) A senadora Rita Barberá – AFP/Arquivos

 

María Rita Barberá Nolla (Valência, Espanha, 16 de julho de 1948 – Madri, 23 de novembro de 2016), histórica dirigente da direita espanhola, senadora espanhola foi presidente da câmara de Valência durante 25 anos

Protagonista de um dos vários escândalos de corrupção que afetaram o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy desde que este chegou ao poder em 2011, Barberá figura emblemática da direita e por muito tempo próxima a Rajoy, Barberá caiu em desgraça com as investigações e foi forçada a sair do PP.

Apesar de ter sido obrigada a sair do PP, ela permaneceu como senadora, mantendo foro privilegiado.

Mariano Rajoy (Foto: PME Magazine/Divulgação)

Mariano Rajoy (Foto: PME Magazine/Divulgação)

 

Até há pouco mais de um ano Rita Barberá era a principal referência do Partido Popular (PP) em Valência, a terceira cidade da Espanha, que presidiu durante quase um quarto de século. Nos últimos tempos o seu nome estava envolvido num dos casos de corrupção que abalaram Espanha – o caso Taúla. A senadora estava a ser investigada no âmbito do caso de corrupção e branqueamento de capitais que envolveu o seu partido naquela comunidade autônoma.

Ainda esta semana foi presente ao Supremo Tribunal para ser interrogada por um caso que se tornou público em Janeiro, quando o Ministério Público e a Guarda Civil detiveram 24 pessoas ligadas ao partido de Mariano Rajoy. As suspeitas apontavam para o recebimento de comissões ilegais e contratos públicos na região de Valência.

Mais tarde, em março, no seguimento da revelação de algumas escutas telefônicas, veio a saber-se que campanhas eleitorais poderiam ter tido contornos de ilegalidade, devido a processos de lavagem de dinheiro. A senadora refutou sempre as acusações, mas o caso acabou por levá-la, a pedido do partido, ao abandono do Partido Popular, em Setembro.

Na atualidade continuava a ser investigada no contexto do caso Taúla. Segundo o El País, na audição no Supremo Tribunal, voltou a negar a existência de um “saco azul” no PP de Valência, assegurando desconhecer se existiam duas contas correntes, admitindo apenas ter efetuado um donativo de mil euros para a campanha eleitoral, sustentando que o dinheiro nunca lhe foi devolvido, contra o que argumentam as autoridades e o juiz do caso Taúla.

Segundo as autoridades haveria uma rede no PP valenciano que cobrava comissões ilegais pela adjudicação de contratos com órgãos de governo locais. Esse dinheiro servia para financiar campanhas eleitorais e gastos pessoais dos políticos.

Rita Barberá morreu em 23 de novembro de 2016, em Madri, no hotel Villa Real, situado a alguns metros do Congresso dos Deputados de Madrid, devido a um enfarte. Tinha 68 anos.

Como prova de que foi uma figura polêmica, o Congresso dos Deputados observou um minuto de silêncio pela morte de Barberá, mas a homenagem não contou com a presença dos deputados do partido de esquerda radical Unidos Podemos.

(Fonte: https://www.publico.pt/2016/11/23/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA – 23.11.16)

(Fonte: http://istoe.com.br – MUNDO – NOTÍCIA – AFP – 23.11.16)

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