Richard Widmark, ator que estrelou filmes como O Beijo da Morte e Pânico nas Ruas

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O ator Richard Widmark ficou famoso como o assassino do clássico “Beijo da Morte” (1947).

 

O ator Richard Widmark, em foto de arquivo de 1982 (Foto: John Glanville/AP)

 

 

Ator que estrelou filmes como O Beijo da Morte e Pânico nas Ruas

Richard Widmark (Minnesota, 26 de dezembro de 1914 – Roxburry, 24 de março de 2008), ator americano nascido em Minnesota, Richard Widmark cresceu em Princeton, Illinois. Ao cursar a Faculdade de Lake Forest, teve oportunidade de atuar em peças acadêmicas. Depois de receber seu diploma de Bacharel em Artes, em 1936, continuou na Faculdade como Assistente de um de seus Diretores. Nesse período, empreendeu uma viagem à França, país que conheceu andando de bicicleta. Algum tempo depois, pediu demissão e se mudou para Nova York.

 

Widmark, que ficou conhecido por seu papel um assassino psicopata no clássico “Beijo da morte” (1947), nascido em 26 de dezembro de 1914, pertenceu a uma geração de atores que deram os primeiros passos no rádio, no final dos anos 30, e depois nos palcos da Broadway. Ele também fez vários faroestes e foi indicado para um Oscar de ator coadjuvante.

 

Considerado uma das lendas de Hollywood, fazendo em torno de 70 filmes sob a direção de prestigiados diretores, sempre conseguiu despistar a mídia e proteger a sua vida privada.

 

Com os olhos azuis, o louro de sorriso ambíguo parecia, no entanto, demasiado intelectual para o personagem Hathaway, mas foi escolhido a pedido de Darryl Zanuck, dono da 20th Century Fox.

 

Ator de grande talento, dava profundidade a todos os personagens, permitindo trocar rapidamente de papéis, de vítima em “Sombras do mal” (1950) para o herói de “Minha vontade é lei”, de Edward Dmytryk (1959).

 

Por volta de 1938, estreou na Rádio em “Aunt Jenny”s Real Life Stories”, um programa que teve grande audiência. Conduziu, também, um programa de ótima repercussão, “Gangbusters”, no qual narrava crimes e, ao final, descrevia os criminosos procurados pela polícia. Ainda na Rádio, trabalhou para o Grupo Mercury, de Orson Welles.

Em 1943, debutou na Broadway na peça “Kiss and Tell”. Outras peças se seguiram, inclusive uma versão de “Jeanne d”Arc”, onde contracenou com a já famosa estrela Ingrid Bergman. Na Rádio, recusou a oferta de uma casa com piscina para renovação de seu contrato, pois já sabia que seu destino era Hollywood. Em 1947, assinou finalmente um contrato de sete anos com a Twentieth Century-Fox, período em que atuou em 17 filmes para essa Produtora.

Sua estreia deu-se com o filme “O Beijo da Morte”, de Henry Hathaway, num papel que lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, e o Globo de Ouro como Melhor Revelação Masculina. Nesse filme, ele fazia o papel de um vilão sádico que entrou para a história do cinema pela risada cínica que antecedia os atos de violência, como o de empurrar uma paralítica do alto de uma escada. Ainda como ator coadjuvante, Widmark participou, em 1948, dos filmes “Rua Sem Nome”, “A Taverna Maldita” e “Céu Amarelo”, este último ao lado de Gregory Peck. Em 1949, obteve seu primeiro papel principal no filme “Furacão da Vida”, contracenando com Linda Darnell e Veronica Lake.

Quando seu contrato com a Twentieth Century-Fox expirou, negou-se a renová-lo, tornando-se um ator independente e podendo, assim, escolher os papéis que mais lhe conviessem. Como produtor, realizou três filmes: “Para Que os Outros Possam Viver”, de 1957; “Caminhos Secretos”, de 1961; e “O Caso Bedford”, de 1965.

Para a televisão, só concordou em filmar pela primeira vez, em 1971, quando da realização de uma super-produção de US$ 2 milhões, “Vanished”, filme em que o brasileiro Pery Ribeiro fez uma ponta. Em 1972 e 1973, participou da série “Madigan”, produzida especialmente para ele e inspirada no filme do mesmo nome, do qual fora o principal protagonista em 1968. A partir daí, passou a alternar suas participações entre o cinema e a televisão, encerrando sua carreira com o filme “A Um Passo do Poder”, de 1991, onde interpretou o Senador James Stiles.

 

 

Ator independente

 

Quando seu contrato com a Twentieth Century-Fox acabou, decidiu se tornar um ator independente, para poder controlar melhor sua carreira, um pioneiro neste sentido em Hollywood. Além disso, foi uma das primeiras estrelas do cinema e se tornar famoso na televisão, na série policial “Madigan” (1971).

 

Democrata convicto, condenava a violência e lamentava a forma com que o cinema americano estava evoluindo, dirigido, segundo ele, “por homens de negócios sem nenhuma dignidade”.

 

Apaixonado pelo teatro, aos 24 anos tornou-se professor-assistente de Arte Dramática na Universidade de Lake Forrest e estreou no rádio antes de fazer sucesso na Broadway, principalmente ao lado de Ingrid Bergman em “Jeanne d’Arc”.

 

 

Prêmios

 

 

Widmark obteve grande sucesso após sua estréia em “O beijo da morte”, que lhe valeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante, e o Globo de Ouro como revelação masculina. Depois disso, passou a gravar um filme após o outro, destacando-se em “Pânico nas ruas” (1950), “O ódio é cego” (1950), “Anjo do mal” (1953) e “Paixões sem freios” (1955).

 

Fez ainda “Álamo” (1960) e “Crepúsculo de uma raça” (1964), o seu 50º filme. Estrelou ainda “Assassinato no Expresso Oriente” e (1974) e “As pedras do dominó” (1977).

 

A partir deste momento, passou a fazer participações tanto no cinema quanto na televisão, realizando, em 1991, seu último filme, “A um passo do poder”.

 

Richard Widmark casou-se duas vezes: Seu primeiro casamento, com Jean Hazlewood, de quem teve uma filha, Anne Heath Widmark, deu-se em 5 de abril de 1942 e terminou em março de 1997, ao ficar viúvo. Em 1999, casou-se com Susan Blanchard, com quem viveu até sua morte.

Os grandes filmes estrelados por Richard Widmark

Julgamento em Nuremberg (Stanley Kramer) 1961

Anjo do Mal (Samuel Fuller) 1953

Sombras do Mal (Jules Dassin) 1950

Céu Amarelo (William A. Wellman) 1948

Pânico nas Ruas (Elia Kazan) 1950

Beijo da Morte (Henry Hathaway) 1947

A Taverna do Caminho (Jean Negulesco) 1948

Assassinato no Orient Express (Sidney Lumet) 1974

O Ódio É Cego (Joseph L. Mankiewicz) 1950

Rua Sem Nome (William Keighley) 1948

O Caso Bedford (James B. Harris) 1965

Crepúsculo de uma Raça (John Ford) 1964

Minha Vontade É Lei (Edward Dmytryk) 1959

A Última Carroça (Delmer Daves) 1956

A Lança Partida (Edward Dmytryk) 1954

A Conquista do Oeste (John Ford) 1962

Páginas da Vida (Henry Hathaway) 1952

Os Impiedosos (Don Siegel) 1968

Alvarez Kelly (Edward Dmytryk) 1966

Terra Bruta (John Ford) 1961

Jardim do Pecado (Henry Hathaway) 1954

Até o Último Homem (Lewis Milestone) 1950

Almas Desesperadas (Roy Ward Baker) 1952

Unidos pelo Próprio Sangue (John Sturges) 1956

Os Homens Rãs (Lloyd Bacon) 1951

O Último Brilho no Crepúsculo (Robert Aldrich) 1977

Álamo (John Wayne) 1960

Capitães do Mar (Henry Hathaway) 1949

Tormenta Sob os Mares (Samuel Fuller) 1954

Só Matando (Don Siegel) 1969

Desbravando o Oeste (Andrew V. McLaglen) 1967

Dois Destinos se Encontram (Roy Boulting) 1956

A Um Passo do Poder (Herbert Ross) 1991

Paixões Sem Freios (Vincente Minnelli) 1955

O Furacão da Vida (André De Toth) 1949

Dá-me Tua Mão (Richard Brooks) 1953

Prisioneiros da Mongólia (Robert Wise) 1953

Joana D”Arc (Otto Preminger) 1957

O Túnel do Amor (Gene Kelly) 1958

Paixões Violentas (Taylor Hackford) 1984

Guerra de Contrabandistas (Richard Quine) 1970

As Pedras do Dominó (Stanley Kramer) 1977

Sacrifício Sem Glória (Michael Anderson) 1964

O Enxame (Irwin Allen) 1978

 

O ator Richard Widmark morreu aos 93 anos depois de sofrer uma longa enfermidade, em sua casa em Roxbury, Connecticut, informou sua esposa Susan Blanchard ao jornal “The New York Times”.

(Fonte: Veja, 12 de setembro, 1973 – Edição 262 – CINEMA – Pág; 120/121)
(Fonte: www.65anosdecinema.pro.br)

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema – NOTÍCIAS / CINEMA – CELEBRIDADES / Da France Presse – 26/03/08)

 

 

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