René Barrientos, foi presidente da Bolívia em duas gestões

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René Barrientos (Tarata, Cochabamba, 30 de maio de 1919 – Arque, 27 de abril de 1969), militar e político boliviano, vice-presidente de seu país em 1964 e presidente da Bolívia entre 5 de novembro de 1964 e 26 de maio de 1965 e novamente entre 6 de agosto de 1966 e 27 de abril de 1969.

Barrientos levou escolas e hospitais ao campo e garantiu a distribuição de pelo menos 1 hectare de terra para cada família camponesa na região de Cochabamba. Mas nem ele próprio conseguiu influenciar as regiões mais longínquas do país, as pequenas aldeias silenciosas e varridas pelos ventos dos Andes, onde vivem os descendentes dos incas mascando folhas de coca para afastar o “soroche”, o mal das grandes alturas, e onde a metade das crianças morre antes de completar um ano.

Barrientos também não conseguiu o apoio dos mineiros. Quando seu líder Juan Lechín foi expulso, em maio de 1965, os trabalhadores das minas decretaram greve geral, tomaram setenta reféns militares, fizeram explodir pontes e desafiaram o Exército. As Forças Armadas, em represália, invadiram centros mineiros, dominando a rebelião pela força das armas.

Isso aconteceu apenas um ano depois de o presidente Barrientos ter derrubado Paz Estenssoro (1907-2001) e um ano antes de sua eleição constitucional em 1966, para um mandato entrecortado por tentativas de assassinato e golpes de Estado.

Em janeiro de 1969, Barrientos declarou que 1968 tinha sido um ano duro e que 1969 seria ainda pior. Essa é uma das poucas certezas da política boliviana.

 

 

 

(Fonte: Veja, 7 de maio de 1969 – Edição 35 – INTERNACIONAL – Pág: 42/43)

 

 

 

 

 

 

 

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