Registrou a primeira Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários no País, sob o número 0001 na Bolsa de Valores

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Registrou a primeira Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários no País, sob o número 0001 na Bolsa de Valores e, também, a primeira a atender os clientes por telefone e a elaborar relatórios para os seus cotistas

 

 

Raymundo Magliano Filho, um dos fundadores da B3

 

Raymundo Magliano Filho (São Paulo, 12 de junho de 1942 – São Paulo, 11 de janeiro de 2021), foi um dos fundadores da B3 (B3SA3) e, era considerado um dos principais responsáveis pela popularização da Bolsa de Valores no Brasil.

 

Além de presidir a bolsa por sete anos, ele também comandou a Federação Ibero-Americana de Bolsas e foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) do Governo Lula.

 

Magliano Filho era formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e seu contato com o mercado começou muito cedo. Seu pai, Raymundo Magliano, fundou, em 1927, a corretora homônima, dona do título patrimonial número 1 da bolsa. A corretora, que estava sob o comando de Raymundo Magliano Neto, já na terceira geração da família, foi vendia à corretora Neon, uma fintech.

 

Magliano Filho também se dedicou aos estudos de filosofia e nunca escondeu sua admiração pela obra de Norberto Bobbio, Hannah Arendt e Antonio Gramsci. Há alguns anos publicou o livro “A força das ideias para um capitalismo sustentável”.

 

“Passei a acreditar que esses conceitos, quando devidamente aplicados, podem gerar uma mudança cultural profunda, capaz de resultar na ampliação de oportunidades, inclusão social e responsabilidade socioambiental. Dessa forma, com o pensamento e a ação conjugados para enfrentar os desafios, é possível, vivenciar de fato, a força das ideias, da cooperação interpessoal e do espírito cívico”, escreveu Magliano Filho, em seu livro.

 

A carreira de Raymundo Magliano Filho

 

Raymundo Magliano Filho nasceu em São Paulo, em 12 de junho de 1942 e, desde cedo, mostrou interesse pelo mercado financeiro. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, começou a trabalhar na corretora inaugurada pelo pai em 15 anos antes de ele nascer, a Magliano S.A Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários.

 

A corretora, aliás, foi a primeira registrada no País, sob o número 0001 na Bolsa de Valores e, também, a primeira a atender os clientes por telefone e a elaborar relatórios para os seus cotistas.

 

Vice-presidente da Bolsa entre 1997 e 2000, assumiu a presidência da Bovespa e por lá ficou entre 2001 e 2008, antes de ela se fundir com a BM&F para, enfim, formar a B3.

 

Além de ter presidido a Bolsa de Valores, por sete anos, Raymundo Magliano Filho comandou a Fundação Ibero-Americana de Bolsas. Também foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDES) do Governo Lula.

 

É consenso no chamado “Novo Mercado”, segmento de listagem com regras de governança ampliadas, que foi durante o mandato de Raymundo que ele decolou. Foi durante sua gestão que a Bovespa se tornou a primeira Bolsa de Valores do mundo a aderir ao Pacto Global da ONU.

 

Magliano faleceu em 11 de janeiro de 2021, aos 78 anos. Ele estava internado há 46 dias no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, com Covid-19 e não resistiu às complicações decorrentes da doença.

 

“Perdemos hoje um dos nossos fundadores, um dos pioneiros do mercado de capitais e uma das pessoas que mais incansavelmente nos ajudaram a transformar, inovar e nunca perder o espírito de quem aprende”, destacou a B3 em nota de pesar divulgada pela manhã.

 

“Não há demonstração mais inequívoca do legado e do profundo reconhecimento que devemos ao dr. Magliano Filho do que o fato de a B3 ter hoje 3 milhões de investidores pessoas físicas chegando ao mercado de capitais. Ele plantou a semente da democratização e do acesso à bolsa e não há orgulho maior para nós do que ajudar a colher esses frutos”, disse o atual CEO da B3, Gilson Finkelsztain.

Segundo nota oficial publicada pela própria B3, Raymundo era “um profundo estudioso”. Diz o comunicado que o empresário, também autor de livros, continuava tendo aulas até pouco antes de sua hospitalização.

 

Sua admiração declarada pelo filósofo italiano Norberto Bobbio formou o tripé de sua gestão à frente da Bolsa: transparência, visibilidade e acesso. Assim, Magliano Filho liderava a B3 nessa jornada muito antes de temas como governança e democratização do mercado financeiro se tornarem lugar comum nas falas das lideranças empresariais do nosso país ou de o papel social das empresas ser reconhecido como um valor que agrega aos resultados“, informou a B3.

(Fonte: https://www.euqueroinvestir.com – EU QUERO INVESTIR / NOTÍCIAS / Por Paulo Amaral –

(Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/01/11 – ECONOMIA / NOTÍCIAS / ESTADÃO CONTEÚDO / por Fernanda Guimarães – São Paulo – 11/01/2021)

(Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/01/11 – ECONOMIA / NOTÍCIA / Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro – 11/01/2021)

(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 57 – N° 19.916 – 12 DE JANEIRO DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 23)

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