Ramez Tebet, advogado, foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e senador (PMDB-MS)

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Herança: o legado ético do Pai

 

 

Ramez Tebet senador e jovem senadora Simone Tebet (Foto: www.senado.leg.br/ DIREITOS RESERVADOS)

 

Ramez Tebet (Três Lagoas, 7 de novembro de 1936 – Campo Grande, 17 de novembro de 2006), senador (PMDB-MS), uma das principais lideranças nacionais do PMDB e ex-presidente do Senado. Advogado, Tebet também atuou no Executivo. Nos anos 70, ele foi prefeito de sua cidade natal. Na década seguinte, foi governador de Mato Grosso do Sul. Já nos anos 90, comandou por três meses o Ministério da Integração Nacional no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Entre 20 de setembro de 2001 a 31 de janeiro de 2003, Tebet foi o presidente do Senado.

 

Tebet foi prefeito de Três Lagoas (1975-78), secretário da Justiça de Mato Grosso do Sul (1978), deputado estadual (1979-82), vice-governador (1982-86) e governador de MS (1986-87) e ministro da Integração Nacional (2001).

 

No âmbito nacional, sua carreira ficou marcada pela atuação como presidente do Senado (set.2001-jan.2003), quando comandou as investigações do escândalo da quebra do sigilo do painel eletrônico na votação de cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF).

 

Advogado, era casado com Fairte Nassar, foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e começou sua carreira política como prefeito de sua cidade natal.

 

Ramez Tebet nasceu em Três Lagoas, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo, em 7 de novembro de 1936. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em 1957.

 

Ele foi casado com Fairte Nassar Tebet com quem teve quatro filhos – Rames Nassar, Simone, Eduarda e Rodrigo.

 

 

Trajetória

 
Em 40 anos de vida pública seu percurso começa na advocacia no interior e atinge alguns dos cargos mais importantes da República – como o de governador do Estado e o de presidente do Senado, a mais alta Casa legislativa brasileira.

 

Entre 1961 e 1964, Ramez exerceu o cargo de promotor público na sua cidade natal, Três Lagoas, a 326 km de Campo Grande. Nos anos seguintes se dividiu entre a advocacia e o magistério até 1975, quando se tornou prefeito de Três Lagoas. Ficou no cargo – que hoje é ocupado por sua filha Simone, 36 anos – até 1978, quando foi empossado como secretário de Estado de Justiça.

 

No ano seguinte, torna-se deputado estadual na primeira legislatura da recém-nascida Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Nos anos como deputado estadual, participou ativamente dos trabalhos de elaboração da primeira Constituição de MS. Foi o relator da constituinte.

 

Deixou a Assembleia Legislativa para compor na vaga de vice de Wilson Barbosa Martins (PMDB) a chapa que seria eleita para governar o Estado na primeira eleição direta para os governos estaduais desde a implantação da ditadura militar. Em 14 de março de 1986, quando Wilson se afastou para concorrer ao Senado, Ramez assumiu o governo. Seu mandato se estendeu até 15 de março do ano seguinte, quando deu a posse ao sucessor Marcelo Miranda (PMDB). Entre 1987 e 89 atuou como superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

 

O grande salto político de Ramez Tebet se dá nos anos 90 e no início desta década. Em 1994 foi eleito senador e, numa legislatura conturbada onde senadores pela primeira vez renunciaram a seus mandatos para escapar do risco de cassação, ganhou projeção nacional ao ser vice-líder do governo e presidir a Comissão de Ética do Senado. Em 2000, foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário.

 

Após o episódio da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado em 2001, que resultou nas renúncias dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA) e do então líder do governo José Roberto Arruda (PSDB/DF), Jader Barbalho (PMDB/PA) chegou à Presidência do Senado. Em junho de 2001, Ramez Tebet foi nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como ministro da Integração Nacional, mas ficou no cargo só três meses.

 

Em setembro de 2001, abatido por denúncias que o envolviam com um suposto esquema de desvio de verbas da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), Barbalho também renunciou para escapar ao risco de cassação. Foi então, com a principal casa legislativa brasileira acéfala, que um amplo acordo político de emergência resultou na saída de Ramez do ministério para ser eleito presidente do Senado – posição que ocupou até janeiro de 2003. Coube a ele empossar o presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Em 2002, Ramez Tebet foi reeleito com a maior votação já obtida por um político de Mato Grosso do Sul: mais de 730 mil votos. Nesta legislatura, ele esteve envolvido com temas importantes da agenda política nacional como a reforma tributária e foi o relator da nova Lei de Falências. Ramez também foi escolhido membro-titular das duas comissões mais poderosas do Senado: a de Constituição e Justiça e a de Assuntos Econômicos.

 

Herança

 
Ramez Tebet sai de cena, mas deixa seguidores no palco da política. A filha Simone se tornou a portadora do legado político do pai. Eleita deputada estadual em 2002, em 2004 ela deixou a Assembléia para disputar a prefeitura que nos anos 70 foi administrada pelo pai. Venceu a eleição. Dos quatro filhos de Ramez, a advogada Simone é a única que enveredou pela militância política.

 

Um dos afilhados políticos do senador, o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) começou a militar na política nos anos 70 pelas mãos de Ramez.

 

“Quando cheguei do Paraná eu já era simpatizante do MDB, mas queria apenas ser médico, não tinha interesse em atuar na política, o Ramez foi um grande incentivador para que eu começasse a militar mais ativamente lá em Fátima do Sul (sul de MS). Acabou me convencendo”, conta Puccinelli.

Ramez Tebet morreu, aos 70 anos, em 17 de novembro de 2006, em sua casa em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele havia entrado em coma, pela segunda vez desde o início de sua crise no sistema respiratório.

 

Tebet estava em seu segundo mandato seguido no Senado, que terminaria no início de 2011. Em seu lugar, assume o suplente Valter Pereira de Oliveira.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Politica – POLÍTICA/ DO G1, EM SÃO PAULO E BRASÍLIA – 18/11/2006)

(Fonte: Zero Hora – ANO 43 – N° 15.059 – 19 DE NOVEMBRO DE 2006 – POLÍTICA – Pág: 14)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias – BRASIL – NOTÍCIAS – 18 de novembro de 2006)

Redação Terra

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