Primeiro ganhador do Prêmio Esso de Fotojornalismo

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Sergio Jorge, ícone da fotografia brasileira

Primeiro ganhador do Prêmio Esso de Fotojornalismo, Sergio Jorge teve carreira marcante no jornalismo e na fotografia publicitária.

 

“Não Matem meu Cachorro”, fotografia vencedora do Prêmio Esso de Fotojornalismo. (Foto: Sergio Jorge)

 

Ícone da fotografia brasileira, Sergio Jorge foi o primeiro ganhador do Prêmio Esso de Fotojornalismo

 

 

Sergio Jorge (Amparo (SP), – São Paulo, 30 de novembro de 2020), fotógrafo, ícone da fotografia brasileira. Ícone da fotografia brasileira, Sergio Jorge foi o primeiro ganhador do Prêmio Esso de Fotojornalismo. Além disso, foi ele quem registrou o milésimo gol do Pelé.

Sérgio Vital Tafner Jorge, nasceu na estância de Amparo, no Circuito das Águas Paulista, e teve sua paixão despertada pelo mentor Elisário Negrão. Passou parte de sua vida entre fotos e o Cine Foto Clube de sua cidade natal.

 

Mudou-se para São Paulo e tornou-se um cronista visual do cotidiano da Capital. Trabalhou no jornal “O Dia”, na “Gazeta Esportiva” e na “Revista Manchete”. Em 1960 conquistou o 1º Prêmio Esso de fotojornalismo com a  imagem “Não Matem meu Cachorro”, que retrata a luta de um garoto para salvar seu cão do homem da carrocinha.

 

Como repórter fotográfico, na Editora Abril, ajudou a criar o Estúdio Abril de Fotografia, responsável pela formação de inúmeros profissionais. A partir de 1975 fundou Jorge´s Studio. Ao se aposentar, dividia seu tempo entre a família, os amigos e o cargo de presidente do Cine Foto Clube de Amparo.

 

História na fotografia

Com carreira brilhante passando pelas redações de “O Dia” e “A Gazeta” nas décadas de 1950 e 1960, e depois na revista “Manchete” nas décadas de 1960 e 1970, Sergio Jorge viveu o romantismo da carreira de fotojornalista em seu auge.

A primeira edição do importante Prêmio Esso de Jornalismo na categoria de fotojornalismo surgiu em 1960, e premiou uma série de fotos que mostrava o desespero de um menino ao ver seu cachorro levado pela carrocinha. Toda a ideia da pauta veio de Jorge, que havia passado por um trauma similar na infância. Ele passou três dias acompanhando o trabalho de funcionários da prefeitura que recolhiam cães de rua em São Paulo até conseguir o registro. As fotografias foram publicada em 32 veículos de imprensa ao redor do mundo, dando-lhe fama internacional.

“Muitas imagens passaram pelos olhos de Sérgio Jorge, um dos grandes mestres da fotografia brasileira. Impossível conhecer alguns do principais momentos da história da nossa fotografia e do nosso país sem passar por algumas de suas imagens”, escreveu Rubens, professor e pesquisador de fotografia ligado à Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

Curador de uma exposição sobre a carreira de Jorge na Casa da Imagem de São Paulo em 2014, Rubens relembra contribuições marcantes do amigo para a fotografia brasileira, como “o primeiro Prêmio Esso de Fotojornalismo, a moda de Denner e Clodovil, o milésimo gol do Pelé, a inauguração de Brasília, as primeiras corridas no Autódromo de Interlagos, a demarcação territorial brasileira no Pólo Sul, a construção da rodovia Belém-Brasília, o Estúdio Abril de Fotografia, entre muitos outros significativos flagrantes que configuram a trajetória de um dos mais aguerridos profissionais: Sérgio Jorge”.

Sergio Jorge faleceu em 30 de novembro de 2020, aos 83 anos, em São Paulo. Ele estava internado há mais de duas semanas, diagnosticado com Covid-19. O corpo do fotógrafo foi enterrado em Amparo (SP), cidade natal de Sergio.

Renato Suzuki, que codirigiu o documentário “Foto.Doc – Sergio Jorge”, de 2011, conta que ficou abalado com a notícia. “Falei com ele semanas antes de ele pegar Covid. Ele estava super ativo, como sempre. Se não fosse essa doença, ele teria vivido mais uns 15 anos, pelo menos. Era de um pique impressionante”, conta.

Renato lembra que, além da enorme contribuição para o fotojornalismo, Sergio Jorge também ajudou a estabelecer a fotografia publicitária no país. “Antes, só se publicavam desenhos, ilustrações. Não existia gente que tinha capacidade pra fazer isso aqui”, conta. Ele explica que Sergio foi pesquisar publicações estrangeiras antes de participar da criação do Estúdio Abril (estúdio especializado em fotografia editorial e publicitária da Editora Abril), na década de 1970. O próprio Sergio narra episódios de sua vida no documentário, que está disponível na web.

(Fonte: https://www.acidadeon.com/circuitodasaguas/cotidiano/cidades – COTIDIANO / Da Redação | ACidade ON – Circuito das Águas – 30/11/2020)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2020/11/30 – POP & ARTE / Por Fábio Tito, G1 — São Paulo – 30/11/2020)

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