“Prefiro morrer a estar casado com uma mulher com idade suficiente para ser minha esposa.” Tony Curtis (1925-2010), ator americano, um dos maiores “playboys” do mundo do cinema na época, astro de Hollywood nos anos 1950.

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O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES

Tony Curtis (1925-2010), ator americano, um dos maiores “playboys” do mundo do cinema na época, astro de Hollywood nos anos 1950.

Em 2008, durante uma entrevista em Londres, o ator americano Tony Curtis – disse que seu epitáfio só poderia ser “ninguém é perfeito”. A frase é marca registrada de seu filme mais famoso, a alucinada comédia Quanto Mais Quente Melhor (1959), de Billy Wilder – em que ele e Jack Lemmon se vestem de mulher tentando escapar da máfia. Acontece que Curtis realmente levou uma vida que se encaixa perfeitamente no mote. Conheceu a extrema pobreza na infância, conquistou o sucesso como ídolo das matinês, trabalhou com alguns dos maiores diretores de Hollywood, flertou com o lado mais sério da profissão de ator, enfrentou seis casamentos (o primeiro com a atriz Janet Leigh, a loira do chuveiro em Psicose, de Hitchcock), dizia ter tido mais de mil amantes, assumia ser um pai relapso (uma de suas filhas é a atriz Jamie Lee Curtis) e cultivou longa relação com o álcool e as drogas.

Na geração do cinema americano dos anos 50 – a mesma de Rock Hudson e Paul Newman -, Curtis se especializou no tipo galã romântico e divertido – como seu ídolo de infância, Cary Grant. Mas soube aproveitar as oportunidades para papeis mais densos, como em 1957, quando surpreendeu como o inescrupuloso assessor de imprensa em Na Embriaguez do Sucesso. No ano seguinte recebeu uma indicação ao Oscar por Acorrentados e, na sequência, participou do épico de Stanley Kubrick, Spartacus. Nos anos 60, alternou comédias sofisticadas com projetos arriscados, como o papel de serial killer em O Homem que Odiava as Mulheres (1968), mas viu a carreira definhar. Depois de tentar a TV sem sucesso – na série The Persuaders!, ao lado de Roger Moore -, retirou-se para Las Vegas. Virou pintor e, aos 73 anos, se casou com uma mulher 45 anos mais jovem. “Prefiro morrer a estar casado com uma mulher com idade suficiente para ser minha esposa”, justificou. E manteve o casamento até o fim de seus dias. Curtis morreu no dia 30 de setembro de 2010, de parada cardíaca, aos 85 anos.

(Fonte: Veja, 6 de outubro, 2010 – ANO 43 – N° 40 – Edição 2185 – MEMÓRIA/ Mario Mendes – Pág; 142)

 

 

 

 

Astro de Hollywood nos anos 1950 morreu em casa, nos Estados Unidos.

Ele atuou em filmes como “Quanto mais quente melhor”, com Marilyn Monroe.
Curtis foi um dos mais populares atores de Holywood nos anos 1950.

Ele estrelou filmes como “Quanto mais quente melhor” (“Some like it hot”, de 1959), em que contracenou com Marilyn Monroe. Dirigido por Billy Wilder, o filme é considerado uma das melhores comédias de Hollywood.
Ele também foi um dos maiores “playboys” do mundo do cinema na época.

Curtis teve um papel marcante em “Spartacus”, clássico filme de gladiador de 1960.
Ele recebeu uma nomeação ao Oscar por “The Defiant Ones” (Acorrentados”, de 1958).

O primeiro papel principal dele foi em “The Prince Who Was a Thief” (“O príncipe ladrão”, de 1951), em que foi bastante criticado por fazer um príncipe árabe com um forte sotaque de Nova York.
Apesar das críticas, ele acabou se tornando um ídolo adolescente, graças à sua boa aparência e ao seu charme. Ele acabou ganhando aos poucos o respeito dos críticos.

Ele também teve papéis importantes em filmes como “Houdini” (1953), “Trapeze” (“Trapézio”, 1956) e “Operation Petticoat” (“Anáguas à bordo”, 1959), “The Boston Strangler” (O homem que odiava as mulheres (1968), “The Vikings” (“Os vikings”, 1958) e “The Great Imposter” (“O Grande Impostor”, 1961).

Curtis fez mais de 140 filmes, entre comédias e dramas. Sua vida também foi marcada por filmes ruins e problemas com a cocaína e o álcool.

Trajetória

Seu verdadeiro nome era Bernard Schwartz. Ele nasceu em Nova York, em 3 de junho de 1925, filho de imigrantes húngaros pobres.

Ele deixou a escola cedo, para entrar na Marinha na Segunda Guerra Mundial. Começou a atuar depois de dar baixa.

O ator era um namorador incorrigível, que namorou Marilyn Monroe e a Natalie Wood. Ele foi casado seis vezes -a primeira delas com a atriz Janet Leigh, que mais tarde ele admitiu que tinha objetivo publicitário.

Depois de se divorciar, casou com Christine Kaufman, que conheceu ao filmar “Taras Bulba”.
Sua última mulher, Jill Vanderberg, era 45 anos mais nova que ele.

Curtis era pai da atriz Jamie Lee Curtis, de quem viveu separado durante boa parte da vida. Ele admitiu que foi uma fracasso como pai.

Depois de parar de atuar, ele começou a se dedicar à pintura. Em 1989, vendeu obras no valor de mais de US$ 1 milhão em uma exposição em Los Angeles, na Califórnia.

Curtis morava em Las Vegas, Nevada. Em 1989, ele lançou um vídeo em que dava dicas de exercícios físicos para pessoas com mais de 50 anos.
Ele também cuidava, com a ajuda de sua mulher Jill, de um santuário para cavalos vítimas de abandono ou abuso, na divisa dos estados da Califórnia e de Nevada. O ator americano Tony Curtis morreu em sua casa em Henderson, no estado de Nevada.

(Fonte: www.g1.globo.com – Pop-arte/cinema – Do G1, com agências internacionais- 30/09/2010)

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