Prates Correia, possui no currículo produções cultuadas no Brasil e no exterior como “Cabaré mineiro” (1979)

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Carlos Alberto Prates Correia  - (Foto: Divulgação/ José Antônio Ventura)

Carlos Alberto Prates Correia – (Foto: Divulgação/ José Antônio Ventura)

Carlos Alberto Prates Correia, diretor mineiro, nascido em 1941 em Montes Claros, tendo no currículo produções cultuadas no Brasil e no exterior como “Cabaré mineiro” (1979)

Da obra de Prates Correia, resgata-se “Noites do sertão” (1983), com Milton Nascimento, “Perdida” (1975) e “Crioulo doido” (1970), financiado a partir de um método matemático criado por ele e um engenheiro para ganhar na loteria esportiva aplicando análises combinatórias e progressão aritmética.

Figura ausente do circuito de editais de fomento a filmes nacionais, o cineasta Carlos Alberto Prates Correia terá de repensar a reclusão quase folclórica em que vive quando a Mostra do Filme Livre começar, no próximo dia 5 de março de 2013, no CCBB do Rio de Janeiro.

Avesso a badalações, a entrevistas e a aparições públicas (não se deixa fotografar há mais de 30 anos), ganhou uma retrospectiva integral de sua obra no centro cultural. Em paralelo, finalmente foi contemplado com verba do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Prates Correia ganhou R$ 500 mil para filmar “Terra de grande beleza”, uma comédia dramática que marcou sua volta à ficção, da qual se afastou em 1989, após rodar “Minas, Texas”, com Andréa Beltrão.

— O enredo cobre com humor o período de 35 anos do itinerário de uma geração. Cobre inclusive o destino dos que deram cabo à vida pelo caminho ou ingressaram na guerrilha contra a ditadura militar e tiveram fim trágico — diz o diretor,  lembrando que empenhou recursos próprios para restaurar e preservar sua filmografia. — Aproveitou a oportunidade para fazer cortes e reeditar o som de todos. Cortou planos deteriorados, tornou letreiros legíveis, deu um acabamento aos filmes que eles nunca tiveram.

Em 2007, Prates Correia concluiu um documentário, “Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais”. Nele, utilizou fragmentos de seus próprios filmes para fazer uma revisão crítica de exemplares dos anos 1960 e 1970 do cinema mineiro, cuja nova geração tem entre seus expoentes diretores como Cao Guimarães e Helvécio Marins, próximos da videoarte.

O cineasta, que aceitou exibir “Castelar e Nelson…” no Festival de Gramado de 2007, onde a produção ganhou o prêmio de melhor filme.

Filme com Milton Nascimento

Mas ele não apareceu nem para buscar o Kikito em Gramado, onde, há 32 anos, “Cabaré mineiro” conquistou sete prêmios, incluindo direção.

— Como curador de Gramado (com José Carlos Avellar) de 2005 a 2011, tive que procurar amigos de Prates para convencê-lo a liberar o filme. Mas valeu, ele é um talento — conta o diretor Sérgio Sanz.

Seu elogio é referendado pelo crítico Ismail Xavier:

— Prates conseguiu abordar uma região de Minas que já havia sido retratada por Guimarães Rosa com tonalidade mais leve e originalidade de estilo.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -7641305 – CULTURA/ POR RODRIGO FONSECA – 22/02/2013)

 

 

 

 

 

(Fonte: Veja, 21 de novembro de 1984 – Edição 846 – CINEMA/ Por M. S. C. – Pág: 127)

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