Pioneiro nas estimativas e previsões de habitantes na Terra.

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Anton von Leeuwenhoek, pioneiro nas estimativas e previsões de habitantes na Terra. Muita gente já tentou fazer a conta, de qual o máximo de habitantes que a Terra suporta, mas ainda não há resposta definitiva.
Desde que Anton von Leeuwenhoek previu, em 1679, que nosso planeta poderia acolher 13,4 bilhões de pessoas, as estimativas variaram entre 1 bilhão e 1 trilhão de pessoas. “Entretanto, dois terços das previsões situam-se entre 4 e 16 bilhões de habitantes. Parece um intervalo confiável para se estabelecer um limite, considerando que o globo comporta diferentes padrões de ocupação.
O fato é que a população da Terra cresceu mais de 40 vezes desde o início da era cristã. No ano 1, estima-se que havia cerca de 150 milhões de pessoas no planeta. Esse número dobrou em 1350, quadruplicou em 1700 e chegou ao primeiro bilhão em 1804. O grande salto aconteceu no século 20, quando a urbanização e os avanços na medicina fizeram a população saltar de 1,6 bilhão para 6,2 bilhões de pessoas. Considerando-se as grandes epidemias e as guerras, que são os mais importantes fatores capazes de estancar o aumento da população.
No século 20, o crescimento só diminuiu nas quatro últimas décadas, com a queda na taxa de nascimentos – desde 1965, a média de filhos por mulher caiu de 4,9 para 2,7. Mesmo assim, a cada ano o mundo recebe 77 milhões de pessoas a mais, 97% delas em países subdesenvolvidos.
Em 1798, o economista inglês Thomas Malthus previu o crescimento populacional seria limitado pela baixa produção de alimentos, “comida mal distribuída”. Por enquanto, errou: pelos cálculos da ONU, já há comida para 12 bilhões de pessoas. Mesmo assim, 830 milhões passam fome (95% em países subdesenvolvidos), vítimas da desigualdade, da fraca produção em algumas áreas e da má distribuição de alimentos.
Superpopulação à vista, o norte da África concentra a maior parte das 125 milhões de pessoas do mundo todo que á cada ano migram para outros países. Na chamada África Negra, abaixo do deserto do Saara, o problema é a alta natalidade. Mesmo com a epidemia de AIDS, que ceifou 15 anos da expectativa de vida nas últimas duas décadas, o continente deve ganhar mais 1,2 bilhão de pessoas até 2050.
Encolhimento europeu, com baixas taxas de natalidade, a população européia envelhece e até 2050 deve perder 124 milhões de pessoas. O continente é um dos mais povoados do mundo (Bélgica e Holanda têm mais de 300 habitantes por km2), mas ainda pode receber imigrantes na parte ocidental, mais desenvolvida. O Sudeste Asiático e a Ásia oriental compõem o chamado “formigueiro humano”. Somadas, as populações de China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Paquistão ocupam apenas 11% das terras emersas do planeta, mas respondem por mais de 40% da humanidade. Quase a metade dos novos habitantes do mundo nasce nessa região.
O planeta tem regiões com formigueiros humanos e áreas quase desabitadas. Ocupação inviável, áreas polares, desertos e montanhas íngremes ocupam um terço da Terra, mas são quase inabitáveis. Nas áreas geladas, os gastos com energia impedem a ocupação. A Antártida, com 8,9% das terras emersas do planeta, só tem 4 mil habitantes.

(Fonte: Revista SUPER INTERESSANTE, Abril de 2003 – Mundo Estranho – AMBIENTE – Pág. 20)

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