Pioneiro dos estudos indígenas no Brasil

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Pioneiro dos estudos indígenas no Brasil

Curt Unkel Nimuendaju (Jena, 1883 – Amazonas, 1945), antropólogo alemão, descobridor da cerâmica tapajó e pacificador dos parintins, pioneiro dos estudos indígenas no Brasil. Em 1922 ao contratar a lavadeira paraense Jovelina Nimuendaju do Nascimento, apaixonou-se casando-se em seguida. Até sua morte, em 1945, ele passava seis meses no mato com os índios e seis meses com Jovelina em Belém do Pará. Jovelina faleceu dia 7 de novembro de 1972, aos 69 anos, de câncer, num asilo de velhos em Belém.

Etnólogo alemão e o mais importante antropólogo e lingüista indígena brasileiro, nascido na cidade alemã de Jena, que dedicou sua vida ao estudo das comunidades indígenas no Brasil, recebendo dos índios o nome de Nimuendaju, que significa homem que abriu seu próprio caminho. Chegou ao Brasil como imigrante, em São Paulo (1903) onde se definiu pela pesquisa sobre os povos indígenas (1905). Entrando pelos sertões foi adotado como filho pelo cacique dos apapocuvas, de língua guarani, que lhe deram o nome Nimuendaju. Depois de estudar os povos guarani e caingangue, mudou-se para Belém, PA (1913) e, nos dois anos seguintes, publicou no Zeitschrift für Ethnologie, de Berlim, seus primeiros trabalhos, que assinou Curt Nimuendaju-Unkel. Mais tarde, passou a utilizar apenas o nome de adoção, com o qual se tornaria conhecido internacionalmente.

Sua volumosa obra, que inclui mais de cinqüenta artigos em publicações especializadas de todo o mundo, e muitos manuscritos, conservados no Museu Nacional do Rio de Janeiro, e publicou livros sobre os apinajés, xerentes, apapocuvas, timbiras orientais e tucunas, resultados de suas viagens por uma vasta região interior da Amazônia, pelo litoral do Pará, Oiapoque, ilha de Marajó e as regiões próximas aos rios Tapajós, Caviana, Jamundá, Trombetas e Tocantins. Naturalizado brasileiro (1922), as suas maiores preocupações eram as conseqüências do contato dos índios não apenas com o homem civilizado, mas também com outros grupos tribais. Suas viagens de estudos trouxeram importantes materiais para os acervos de museus da Alemanha, da Suécia e do Brasil, em especial do Museu Goeldi, de Belém, e do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Morreu no igarapé de Santa Rita, entre os índios tucunas, no norte do Amazonas.

(Fonte: Veja, 15 de novembro, 1972 – Edição n.° 219 – DATAS – Pág; 91)
(Fonte: www.dec.ufcg.edu.br/biografias)

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