Pioneiro da fotografia abstrata no país

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Geraldo de Barros (Chavantes (SP), 27 de fevereiro de 1923 – São Paulo (SP), 17 de abril de 1998), artista plástico, pintor, designer e fotógrafo, um dos principais nomes do movimento concretista paulista, que provocou revolução formal na arte brasileira dos anos 50.

Foi pioneiro da foto abstrata, Geraldo de Barros sofreu hostilidade dos vanguardistas, rejeição que despertou até entre os representantes da vanguarda no Brasil, que, nos anos 50, recusaram o reconhecimento da radical manipulação da imagem pelo artista como fotografia.

Pioneiro

Mais de 2 mil imagens integram o acervo  das séries fotográficas Fotoformas (1940 a 1950) e Sobras (1996 a 1998).

A primeira, uma série experimental pioneira no Brasil, com cerca de 620 itens (negativos desenhados e recortados, contatos cortados e desenhados), e o segunda, que reúne o trabalho derradeiro de Barros, Sobras (cerca de 1,6 mil peças, entre colagens de negativos sobre vidros e cópias aprovadas pelo artista).

A pintura do artista ligado ao concretismo, que teve uma fase pop nos anos 1970 ancorada na apropriação da imagem fotográfica.

Rejeição

Não eram o que pensavam os fotógrafos associados ao Foto Cine Clube Bandeirantes, considerado o marco zero da fotografia moderna no Brasil.

Por influência do crítico Mario Pedrosa, Barros aprendeu gravura com Lívio Abramo e conheceu o trabalho, no Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro, da psiquiatra Nise da Silveira (1905 a 1999), aluna de Jung, radicalmente contra o tratamento de perturbações mentais com eletrochoque e lobotomia, como era comum em sua época.

Em 1952, Nise da Silveira fundou o Museu do Inconsciente, no Rio de Janeiro, para preservar trabalhos artísticos de ezquizofrênicos, exercendo forte influência na legitimação da arte de doentes mentais.

Pintura

Quando ele riscava e montava negativos, entre 1949 e 1950, os outros fotógrafos do clube rejeitavam seu trabalho como se estivessem diante de um louco.

Tanto que o clube não divulgou a primeira individual de Geraldo de Barros no Masp em 1951, para a qual Lina Bo Bardi desenhou um suporte especial que dialogava com a modernidade dessas fotos.

Em contrapartida, ele convidou os colegas do Foto Cine Clube Bandeirantes para a sala de fotografia da segunda edição da Bienal, em 1953, na qual ficou evidenciada a proximidade dessas imagens com a pintura moderna.
(Fonte: Veja, 22 de abril de 1998 -– Edição 1543 –- ANO 31 -– N° 16 – DATAS –- Pág; 116)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes – 1634922 – CULTURA -ARTES – ANTONIO GONÇALVES FILHO – 16 fevereiro 2015)

 

 

 

Geraldo de Barros (27 de fevereiro de 1923 – 17 de abril de 1998), artista plástico. Considerado um dos grandes talentos do concretismo, ele também foi o pioneiro da fotografia abstrata no país.

Ao lado de Thomas Farkas (Budapeste, Hungria, 17 de outubro de 1924 – São Paulo (SP), 25 de março de 2011) e German Lorca, ele participou do Foto Cine Clube Bandeirantes, grupo que retratou a urbanização do país na década de 50 e que se destacou pelas imagens construtivistas.

Morreu de embolia cerebral, aos 75 anos, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 7 de janeiro de 1970 -– Edição 70 -– CINEMA – Pág; 67)
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada –- TAINÁ TONOLLI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA – 25/03/2011 –- São Paulo)

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