Pioneira ao criar técnica que revolucionou o cultivo de soja ao reduzir o uso de fertilizantes

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Aliança com a terra

Döbereiner: muita soja

Pioneira que revolucionou o cultivo de soja ao popularizar o uso de uma bactéria que reduz a necessidade de fertilizantes

Recém-formada em agronomia na Universidade de Munique, a checa Johanna Döbereiner (Aussig, Checoslováquia, 28 de novembro de 1924 – Seropédica (RJ), 5 de outubro de 2000), chegou ao Brasil em 1950, com meia dúzia de palavras de português em seu vocabulário e a tenacidade de quem cultivava a terra em fazendas alemãs.

Meio século depois, a ciência e a agricultura brasileiras são gratas ao esforço dessa cientista. Os estudos de Döbereiner voltaram-se para o papel da bactéria rhizobium na fixação do nitrogênio pelas plantas, o que permitiu uma forma de a soja gerar o próprio adubo e dispensar o uso de fertilizantes minerais.

Aplicada pelo setor agrícola, a descoberta gerou economia para o Brasil em fertilizantes nitrogenados e ajudou na conquista do mercado mundial de soja. Especializada em microbiologia do solo, o nome de Döbereiner era um dos poucos brasileiros listados na disputa anual pelo Prêmio Nobel e um recordista nos índices das publicações científicas internacionais.

Trabalhava no Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia da Embrapa e teve assento na Pontifícia Academia de Ciência do Vaticano. Dos seus trabalhos mais recentes, um deles revelava um interesse peculiar pelo Brasil: o plantio em larga escala de palmeiras de dendê na Amazônia.
Johanna morreu no dia 5 de outubro de 2000, de insuficiência respiratória, aos 75 anos, em Seropédica, interior do Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 11 de outubro de 2000 – ANO 33 – N° 41 – Edição n° 1670 – LUPA – Pág; 138/139)

(Fonte: Veja, 19 de março de 1997 – Edição n° 1487 – DATAS – Pág; 126)

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