Pierre Restany, colaborador de diversas revistas e autor de obras como O Livro Branco da Arte Total

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A filosofia naturalista criada por Restany

 

Pierre Restany (França, 24 de junho de 1930 – Paris, 29 de maio de 2003)crítico francês. Restany foi um dos mais atuantes e ubíquos especialistas de sua área.

 

Depois de graduado na Sorbone, e de doutorado em História da Arte em Pisa, na Itália (com uma tese poeticamente denominada “O Sentido do Divino nos Mosaicos de Revenna”), passou à crítica ativa.

 

Publicou dezenas de livros, organizou incontáveis manifestações e exposições, foi o teórico, em 1960, do movimento do “Nouveau Réalisme”.

 

Figura sempre presente nos principais eventos de arte contemporânea do mundo, colaborador de diversas revistas e autor de obras como O Livro Branco da Arte TotalRestany teve um papel ativo na produção artística das últimas décadas, não se contentando com o papel de observador passivo.

 

 

 

Pierre Restany

Pierre Restany propôs a filosofia da volta à Natureza

 

 

Esteve, ao lado de importantes artistas franceses como Yves Klein, Niki de Saint Phalle e Jean Tinguely, à frente do movimento do Nouveau Réalisme, que na década de 60 se colocou como uma alternativa europeia ao avassalador movimento pop americano.

 

Tendo sido criado no Marrocos e com fortes relações profissionais na França, Itália e Irlanda, o crítico também criou vínculos profundos com o Brasil. Ainda em 1961, Mario Pedrosa lhe abriu as portas da Bienal. E, em 1967, quando era o responsável pelo setor de arte e tecnologia do evento, participou do boicote internacional em protesto contra a ditadura militar.

 

Em 1978, ele realiza uma viagem de barco pelo Rio Negro – afluente do Amazonas – na companhia dos amigos Frans Krajcberg e Sepp Baendereck (1920-1988), que acaba rendendo o Manifesto do Naturalismo Integral, também conhecido como Manifesto do Rio Negro, no qual surge a defesa de um naturalismo e um respeito profundo à natureza e ao ser humano.

 

“A grande lição da natureza é a sua total diversidade: uma realidade em constante metamorfose”, disse ele na época da divulgação do manifesto. Desde 1963, ele dirigia a revista trimestral Ars. Nos últimos tempos, Restany vivia entre Paris e Milão e presidia o Palais de Tokyo, célebre instituição parisiense voltada para a produção contemporânea que foi reaberta em 2002.

Pierre Restany faleceu em Paris, 29 de maio de 2003, aos 73 anos, vítima de câncer.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – GERAL / CULTURA – AGENCIA ESTADO – 30 Maio 2003)

(Fonte: Veja, 18 de outubro de 1978 – Edição 528 – Entrevista/ Por Olívio Tavares de Araújo – Pág: 3 e 156/157)

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