Pela primeira vez especialistas detectam luz por trás de buraco negro

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Astrônomos detectam luz por trás de buraco negro pela primeira vez

A descoberta confirma a teoria de Albert Einstein sobre a relatividade geral mais de um século depois

 

PELA PRIMEIRA VEZ ESPECIALISTAS DETECTAM LUZ POR TRÁS DE BURACO NEGRO

 

O achado confirma a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein

Montagem de fotografia de Albert Einstein ao lado de um buraco negro – (Divulgação/Wikimedia Commons/Library of Congress Photographs and Prints Division / Divulgação/Pixabay/12019)

 

 

Pela primeira vez na história, cientistas identificaram um padrão de clarões de raios X que condiz com o que é proposto pela Teoria da Relatividade Geral, publicada pelo astrofísico Albert Einstein em há mais de 100 anos.

 

Astrônomos identificaram luz atrás de buraco negro a 800 milhões de anos-luz de distância (Imagem:Reprodução/ESA)

A equipe propõe a tese de que as luzes na verdade são raio X refletidos da parte traseira do buraco negro. Mesmo que possa parecer estranho, os especialistas possuem uma explicação que sustenta o ponto de vista:

“A razão pela qual podemos ver isso é porque aquele buraco negro está distorcendo o espaço, dobrando a luz e torcendo os campos magnéticos ao seu redor”, explica o líder da equipe, Dan Wilkins.

Para o coautor da pesquisa, Roger Blandford, a descoberta foi possível graças às teorias propostas por Einstein, há anos atrás. Agora, a missão dos especialistas é continuar avaliando esse fenômeno para compreender melhor a estrutura e funcionamento dos buracos negros.

Confirmando Einstein, luz é detectada por trás de buraco negro

Os resultados das análises foram publicados na revista Nature na última quarta-feira (29) e surpreenderam a equipe de astronomos envolvidas neste estudo, onde perceberam um padrão intrigante em uma série de clarões de raios X sem precedentes, que vinham de um buraco negro mais massivo que o nosso Sol, a 800 milhões de anos-luz de distância da Terra. O fato mais intrigante foi quando detectaram flashes adicionais que eram menores e de “cores” diferentes dos clarões de raios X.

Nas observações, a equipe defendeu a teoria de que os ecos luminosos adicionais são raios X refletidos por trás do buraco negro, o que pôde ter gerado controvérsias, já que tais buracos negros supermassivos são regiões no espaço-tempo onde a atração da gravidade é tão poderosa que nem mesmo a luz pode escapar de seu alcance.

 

Mas há uma explicação plausível para este estranho fenômeno luminoso. O cientista Dan Wilkins, um dos autores do estudo, explicou que a “razão pela qual podemos ver isso é porque aquele buraco negro está distorcendo o espaço, dobrando a luz e torcendo os campos magnéticos ao seu redor”, o que basicamente confirma a teoria de Einstein. Além de Wilkins, o professor de física de Stanford, Roger Blandford, ressalta a importância desta descoberta pelo simples fato de servir de confirmação para o que Einstein havia teorizado há mais de 100 anos.

“Cinquenta anos atrás, quando os astrofísicos começaram a especular sobre como o campo magnético poderia se comportar perto de um buraco negro, eles não tinham ideia de que um dia poderíamos ter as técnicas para observar isso diretamente e ver a Teoria Geral da Relatividade em ação.”

Para a descoberta histórica, a equipe contou com a ajuda dos telescópios espaciais XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), e NuSTAR, da Nasa.

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