Astrônomos detectam luz por trás de buraco negro pela primeira vez
A descoberta confirma a teoria de Albert Einstein sobre a relatividade geral mais de um século depois
PELA PRIMEIRA VEZ ESPECIALISTAS DETECTAM LUZ POR TRÁS DE BURACO NEGRO
O achado confirma a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein
Montagem de fotografia de Albert Einstein ao lado de um buraco negro – (Divulgação/Wikimedia Commons/Library of Congress Photographs and Prints Division / Divulgação/Pixabay/12019)
Pela primeira vez na história, cientistas identificaram um padrão de clarões de raios X que condiz com o que é proposto pela Teoria da Relatividade Geral, publicada pelo astrofísico Albert Einstein em há mais de 100 anos.
Uma equipe de astrônomos da Universidade de Stanford detectou a presença de clarões de luz que vinha de trás de um buraco negro supermassivo. Tais buracos negros são regiões do espaço-tempo super poderosos onde nem mesmo a luz escapa de seu alcance, e por isso, ainda é assunto de diversas teorias. Desta vez, foi possível comprovar a teoria da relatividade embasada pelo astrofísico Albert Einstein, em 1905.
Astrônomos identificaram luz atrás de buraco negro a 800 milhões de anos-luz de distância (Imagem:Reprodução/ESA)
Na quarta-feira, 28 de julho, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos publicaram o resultado de uma importante pesquisa, através da revista Nature.
De acordo com o estudo, pela primeira vez, foi detectada a presença de uma luz por trás de um buraco negro. As informações são da
revista Galileu. O resultado do estudo comprova a Teoria da Relatividade Geral, do famoso físico
Albert Einstein.
A atual pesquisa teve inicio quando os astrofísicos notaram uma grande quantidade de clarões de raio X. De acordo com os estudiosos, as luzes vinham de um buraco negro mais massivo que o
Sol, a cerca de a 800 milhões de anos-luz da Terra. O que chamou atenção foram os flashes menores que apresentavam cores diferentes dos clarões anteriormente registrados.
A equipe propõe a tese de que as luzes na verdade são raio X refletidos da parte traseira do buraco negro. Mesmo que possa parecer estranho, os especialistas possuem uma explicação que sustenta o ponto de vista:
“A razão pela qual podemos ver isso é porque aquele buraco negro está distorcendo o espaço, dobrando a luz e torcendo os campos magnéticos ao seu redor”, explica o líder da equipe, Dan Wilkins.
Para o coautor da pesquisa,
Roger Blandford, a descoberta foi possível graças às teorias propostas por
Einstein, há anos atrás. Agora, a missão dos especialistas é continuar avaliando esse fenômeno para compreender melhor a estrutura e funcionamento dos
buracos negros.
Confirmando Einstein, luz é detectada por trás de buraco negro
Os resultados das análises foram publicados na revista Nature na última quarta-feira (29) e surpreenderam a equipe de astronomos envolvidas neste estudo, onde perceberam um padrão intrigante em uma série de clarões de raios X sem precedentes, que vinham de um buraco negro mais massivo que o nosso Sol, a 800 milhões de anos-luz de distância da Terra. O fato mais intrigante foi quando detectaram flashes adicionais que eram menores e de “cores” diferentes dos clarões de raios X.
Nas observações, a equipe defendeu a teoria de que os ecos luminosos adicionais são raios X refletidos por trás do buraco negro, o que pôde ter gerado controvérsias, já que tais buracos negros supermassivos são regiões no espaço-tempo onde a atração da gravidade é tão poderosa que nem mesmo a luz pode escapar de seu alcance.
Mas há uma explicação plausível para este estranho fenômeno luminoso. O cientista Dan Wilkins, um dos autores do estudo, explicou que a “razão pela qual podemos ver isso é porque aquele buraco negro está distorcendo o espaço, dobrando a luz e torcendo os campos magnéticos ao seu redor”, o que basicamente confirma a teoria de Einstein. Além de Wilkins, o professor de física de Stanford, Roger Blandford, ressalta a importância desta descoberta pelo simples fato de servir de confirmação para o que Einstein havia teorizado há mais de 100 anos.
“Cinquenta anos atrás, quando os astrofísicos começaram a especular sobre como o campo magnético poderia se comportar perto de um buraco negro, eles não tinham ideia de que um dia poderíamos ter as técnicas para observar isso diretamente e ver a Teoria Geral da Relatividade em ação.”
Para a descoberta histórica, a equipe contou com a ajuda dos telescópios espaciais XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), e NuSTAR, da Nasa.
(Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/ciencia – CIÊNCIA / Por ADALTON BONAVENTURA – 30/07/2021)
(Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias – NOTÍCIAS / ASTRONOMIA / PENÉLOPE COELHO – 31/07/2021)
(Fonte: https://exame.com/ciencia – CIÊNCIA / Por
Laura Pancini – 29/07/2021)