Espanha tem primeiro governo majoritariamente feminino

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Pela primeira vez, Espanha terá um governo majoritariamente feminino

 

Gabinete do primeiro-ministro Pedro Sánchez, formado por 11 mulheres e seis homens, presta juramento diante do rei Felipe 6°. Executivo espanhol é o mais feminino da história do país e da União Europeia. (Picture – alliance / dpa /JJ.Guillen)

 

Pela primeira vez a Espanha tem um governo majoritariamente feminino

 

Espanha tem primeiro governo majoritariamente feminino

 

Líder socialista e primeiro-ministro Pedro Sanchez (esq.) assume governo da Espanha após derrotas eleitorais – cumprimenta Mariano Rajoy, destituído do governo em (01/06/2018) após a eclosão de um escândalo de corrupção – (Foto: Mundo – Folha)

 

 

Ao apresentar dia (6) os nomes do novo governo, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, 46 anos, surpreendeu ao nomear 11 mulheres e seis homens, entre eles um astronauta. Para as principais pastas, foram nomeadas mulheres: Nádia Calviño Santamaría, no Ministério de Economia e Empresa; Margarita Robles Fernández, para a Defesa; e María Jesús Montero Cuadrado, para chefiar a Fazenda.

 

Gabinete do primeiro-ministro Pedro Sánchez, formado por 11 mulheres e seis homens, presta juramento diante do rei Felipe 6°. Executivo espanhol é o mais feminino da história do país e da União Europeia.

 

Os 17 ministros e ministras que formam o governo do socialista Pedro Sánchez tomaram posse nesta quinta-feira (07/06), diante do rei Felipe 6°. O novo gabinete é formado por 11 mulheres e seis homens: o Executivo mais feminino da história da Espanha e da União Europeia (UE).

 

É a primeira vez que a Espanha tem um governo predominantemente feminino. Socialista e declaradamente ateu, Sánchez inovou desde sua posse dia 2 de junho, quando optou por não fazer o tradicional juramento sobre os símbolos cristãos.

 

Sánchez se disse comprometido com a igualdade de gênero de maneira inequívoca. “O que inclui mais mulheres do que homens, pela primeira na história de democracia espanhola, com o peso das responsabilidades econômicas sobre as mulheres e coloca as políticas de igualdade como foco da ação de governo”, ressaltou.

 

Em seguida, o primeiro-ministro sintetizou o que planeja para seu governo: “Ser um fiel reflexo do melhor da sociedade que aspiramos servir, que é paritária, intergeneracional, aberta ao mundo e com apoio de uma União Europeia comprometida socialmente e altamente qualificada.”

 

Sánchez ressaltou também que vai atuar para fortalecer o bloco econômico, fragilizado com a decisão do Reino Unido de abandonar o grupo.

 

O novo primeiro-ministro substitui Mariano Rajoy, que deixou o governo sob escândalo de corrupção e após ter o nome aprovado por uma moção de censura. Na quarta-feira (06/06), Rajoy afirmou que deixará a vida política.

 

Assim como Sánchez, os ministros romperam com a tradição de prestar juramento sobre a Bíblia e renunciaram a símbolos religiosos na cerimônia, realizada no palácio de La Zarzuela, em Madri.

 

A primeira ministra a assumir o cargo foi a de Justiça, Dolores Delgado, que logo em seguida assumiu o posto de tabeliã da cerimônia, na presença de Sánchez. Em seguida, foi a vez de Carmen Calvo, que será ministra da Igualdade.

 

Carmen assumiu o desafio de levar a política de igualdade aos departamentos ministeriais do novo governo. “Faremos políticas sempre olhando para a melhoria dos direitos da metade da população, as mulheres”, afirmou, em entrevista antes da posse.

 

O novo governo espanhol é formado por técnicos com uma média de idade de 54 anos, o que lhe da uma solidez que poucos acreditavam inicialmente. Mulheres foram escolhidas para comandar ministérios importantes, como Defesa e Economia.

 

Sua composição o torna o Executivo da UE com a maior proporção de ministras, passando a Suécia, que possui 12 mulheres e 11 homens no comando de ministérios. Quando apresentou a sua equipe, Sánchez sublinhou que o seu governo era um “fiel reflexo” do movimento feminista que germinou há três meses e marcou “um antes e um depois” na sociedade espanhola.

 

Um dos nomes mais inesperados escolhido pelo premiê foi o de Pedro Duque, um astronauta que viajou duas vezes ao espaço (1998 e 2003) e que será o novo ministro da Ciência, Inovação e Universidades.

 

Com minoria parlamentar, o governo depende da margem de manobra que será permitida pelo Podemos, os nacionalistas bascos e os separatistas catalães, entre outros partidos regionais para aprovar medidas. Todos estes partidos se uniram ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) para aprovar a moção de censura que derrubou o governo do conservador Mariano Rajoy.

 

Sánchez se tornou premiê por uma peculiaridade da Constituição espanhola, que visa evitar vácuos de poder: o autor de um pedido bem-sucedido de moção de censura pode ser nomeado novo chefe de governo.

(Fonte: Deutsche Welle – NOTÍCIAS / MUNDO – EUROPA – 07.06.2018)

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2528 – Agência Brasil – GERAL – 06/06/18)

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