Paulo Henrique Amorim, jornalista e apresentador, passou por diversos jornais, revistas e emissoras de televisão do país

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Paulo Henrique Amorim estava na Record TV desde 2003 e deixa um legado para o jornalismo brasileiro, uma vez que passou por diversos jornais, revistas e emissoras de televisão do país.

 

 

O jornalista Paulo Henrique Amorim (Créditos: Acervo TV Globo)

 

 

Carreira de Paulo Henrique Amorim foi marcada por embates com colegas

 

 

Paulo Henrique dos Santos Amorim (Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1942 – Rio de Janeiro, 10 de julho de 2019), jornalista, blogueiro, empresário e apresentador de TV.

 

O jornalista era dono de uma das personalidades mais fortes e polêmicas da televisão brasileira.

 

Paulo Henrique Amorim estava na Record TV desde 2003. Antes, passou por diversos jornais, revistas e emissoras de televisão do país.

 

Nascido em 22 de fevereiro de 1942, Paulo Henrique estreou no jornal A Noite, em 1961. Depois foi trabalhar em Nova York, como correspondente internacional da revista Realidade e, posteriormente, da revista Veja, em Nova York, em 1968.

 

Em 1972, ganhou Prêmio Esso na categoria informação econômica pela reportagem “A renda dos brasileiros”, pela revista Veja.

Na televisão, passou pela extinta TV Manchete e pela TV Globo, também como correspondente internacional em Nova York.

 

Em 1996, deixou a TV Globo e foi para a TV Bandeirantes, onde apresentou o Jornal da Band e o programa Fogo Cruzado. Depois, foi para a TV Cultura.

 

Em 2003, foi contratado pela TV Record, onde apresentou o Jornal da Record segunda edição. No ano seguinte, ajudou a criar a revista eletrônica Tudo a Ver na emissora. Em 2006, assumiu a apresentação do Domingo Espetacular, onde ficou até junho de 2019.

 

Entre 2000 a 2004 ele passou pelo UOL, onde foi âncora do UOL News, programa pioneiro de jornalismo em vídeo na internet brasileira. Atualmente ele mantinha um blog, chamado Conversa Afiada, em que abordava assuntos sobre política e economia.

 

O jornalista deixou um importante legado para a comunicação brasileira. Trabalhava na Record TV desde 2003.

 

 

Jornalista controverso

 

Paulo Henrique Amorim era conhecido pelo temperamento forte, por vezes polêmico, e chegou a enfrentar processos na Justiça.

 

Em 2016 ele foi condenado por racismo contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo. Em um post em seu blog Conversa Afiada, publicado em 2010, Amorim chamou o colega de profissão de “negro de alma branca”. O Superior Tribunal de Justiça definiu, na ocasião, que ele cumprisse pena de 1 ano e oito meses de reclusão.

 

Ele já havia sido condenado a pagar 30 salários mínimos por ofensas ao jornalista Merval Pereira.

 

 

“Olá, tudo bem?”

 

 

Paulo Henrique Amorim ficou famoso pelo bordão “olá, tudo bem?”. O conhecido cumprimento surgiu após a participação do jornalista em uma edição especial da rede americana CNN.

 

“A editora da CNN disse que gostaria que correspondentes estrangeiros saudassem o público americano na sua língua própria. Eu fiz uma vinhetinha falando ‘Olá, tudo bem?’, que é a maneira que nós brasileiros saudamos as pessoas”, disse ele ao extinto Programa do Porchat.

 

De volta ao hotel é que Paulo Henrique se deu conta de que havia encontrado um bordão: “Um americano que me viu na CNN me reconheceu e falou ‘olá, tudo bem?’ [imitando sotaque]. Aí eu [pensei]: ‘Opa, é um bordão’. E como diz o Boni, televisão é bordão”.

 

 

 

Confira cinco grandes embates que o jornalista presenciou durante a carreira:

 

1. Injúria racial contra Heraldo Pereira

Em 2009, o jornalista publicou em no blog Conversa Afiada que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, era “negro de alma branca” e que não conseguiu revelar nada além de ser “negro e de origem humilde”.

 

Paulo Henrique Amorim foi condenado por crime de injúria racial pelo tribunal de Justiça do Distrito Federal, com pena de um ano e oito meses de prisão, substituída por restrição de direitos.

 

2. Assédio moral

O jornalista também foi denunciado por colegas de profissão, em 2017, por abuso moral durante o exercício da profissão. O estopim da crise foi um gesto de tchau da jornalista Thalita Oliveira ao fim de uma gravação. Amorim teria se irritado, elevado o tom de voz e falado que a colega estava querendo aparecer.

 

Além de Thalita, as jornalistas Janine Borba e Patrícia Costa aproveitaram a situação para protestar contra Amorim. As três se uniram e revelaram a situação para Leandro Cipoloni, diretor de gestão de jornalismo da Record, e Thiago Contreira, diretor de conteúdo de jornalismo.

 

3. Nos bastidores

O jornalista Vinícius Dônola teria sofrido pressão por parte de Amorim algumas vezes, quando precisou apresentar o programa Domingo Espetacular, de acordo com o colunista Leo Dias, do jornal O Dia. Paulo Henrique, apresentador titular, teria enviado uma série de e-mails para a diretoria, além de outras áreas afins, para detonar o colega de profissão. Vinícius teria reclamado da postura de Amorim com a presidência.

 

4. Afastamento da TV Record

No último dia 24, o jornalista da Record foi informado que seria afastado do programa Domingo Espetacular, atração que comandava há mais de 13 anos. A emissora, no entanto, não explicou o motivo do afastamento, mas as informações que correm é de que, por ser um crítico ferrenho do governo Bolsonaro, Amorim estaria em conflito com os interesses da TV.

 

5. Conversa Afiada

O jornalista, apesar de afastado da televisão, não deixou de exercer a profissão. Amorim mantinha um blog chamado Conversa Afiada. Entre os últimos assuntos comentados, o jornalista elaborou críticas contra a reforma da Previdência, o governador de São Paulo, João Doria, e o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

 

Paulo Henrique Amorim faleceu em 10 de julho de 2019, aos 77 anos após sofrer um infarto fulminante.

 

Amorim estava em casa, no Rio de Janeiro, quando sofreu um infarto fulminante — a informação foi confirmada pela mulher dele. Na noite da terça-feira (9), o jornalista havia saído para jantar com amigos.

 

A apresentadora Ana Hickmann se emocionou com a notícia sobre a morte de Paulo Henrique Amorim. Segundo ela, foi Amorim quem lhe deu a primeira oportunidade para a nova carreira de apresentadora. “Ele costumava dizer que para ser uma boa apresentadora é preciso ser, antes de mais nada, uma boa repórter.”

 

O jornalista Michael Keller, em entrevista à Record TV, descreveu Amorim como um jornalista grandioso. “Uma pessoa polêmica? Sim! Mas ninguém pode tirar a contribuição dele. Ele era um homem do contraditório. Um homem muito contundente, mas ele também ouvia quando a gente falava”.

(Fonte: https://noticias.r7.com/brasil – BRASIL / Do R7 – 10/07/2019)

(Fonte: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/07/10 – TV E FAMOSOS / Por Felipe Pinheiro Do UOL, em São Paulo – 10/07/2019)

(Fonte: https://www.metropoles.com/brasil – BRASIL / Por TÁCIO LORRAN – 10/07/2019)

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