Paulo Egydio Martins, ex-governador de São Paulo, tendo sido eleito indiretamente durante o governo do presidente Ernesto Geisel

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Paulo Egydio Martins, ex-governador de São Paulo

Ficou à frente do Estado entre 1975 e 1979

 

A partir de posições conservadoras quando jovem, político paulistano abraçou um liberalismo na maturidade

 

Paulo Egydio Martins (São Paulo, 2 de maio de 1928 – São Paulo, 12 de fevereiro de 2021), ex-ministro e ex-governador do Estado de São Paulo, tendo sido eleito indiretamente durante o governo do presidente Ernesto Geisel.

 

Antes de ser governador, ele foi ministro do Trabalho e Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre 1966 e 1967, durante o governo do general Humberto Castelo Branco.

 

Engenheiro de formação, Paulo Egydio governou o Estado durante o período da ditadura militar, entre 1975 e 1979.

 

Paulo Egydio Martins era aliado do então presidente Ernesto Geisel e opositor da chamada linha dura do governo quando enfrentou sua maior crise política: o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do DOI-Codi, no dia 25 de outubro de 1975.

 

Em depoimento à Comissão da Verdade de São Paulo em 2013, ele disse que o crime fazia parte de um plano para endurecer ainda mais o regime. “Queriam um regime mais forte, mais violento”, afirmou.

 

Filiado à época à Arena – partido do regime -, ele se opôs à estratégia do general Ednardo Dávila Melo, comandante do 2.º Exército, que queria “aprofundar” o combate aos que tentavam “subverter” o governo. Em janeiro de 1976, ele foi o primeiro a informar ao presidente sobre o assassinato do operário Manuel Fiel Filho. O crime levou Geisel a exonerar Ednardo do seu posto.

Além de inaugurar rodovias importantes do estado de SP, como a Bandeirantes e uma das pistas da Rodovia dos Imigrantes, Egydio teve a passagem pelo Palácio dos Bandeirantes marcada por reagir ao assassinato do jornalista Vladimir Herzog e também do operário Manoel Fiel Filho, mortos pela Ditadura Militar dentro do DOI-CODI, o órgão de repressão do regime em SP.

Após os dois assassinatos, Egydio pressionou o presidente Geisel a exonerou o general Ednardo D’Ávila Melo, que comandava o II Exército, responsável pelo DOI-CODI na época das torturas.

Martins também foi responsável por inaugurar em SP o Instituto do Coração (Incor), o Hospital Universitário da USP e a Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Paulo Egydio Martins faleceu em 12 de fevereiro de 2021, aos 92 anos.

Em nota, o presidente estadual do PSDB Marco Vinholi declarou que o partido comunica o falecimento de Martins “com profundo pesar” e que sua atuação como gestor, na década de 70, “transformou profundamente a infraestrutura do estado”.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias – NOTÍCIAS / por Pedro Caramuru – Estadão Conteúdo – 12 FEV 2021)

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/02/12 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / por Por G1 SP — São Paulo – 

(Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral – POLÍTICA / NOTÍCIAS / GERAL / por Pedro Caramuru – Estadão Conteúdo – 12 de fevereiro de 2021)

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