Os primeiros praticantes de surfe que surgiram no Rio Grande do Sul

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Os primeiros praticantes de surfe que surgiram no Rio Grande do Sul

Oscar Martins de Lima foi um dos pioneiros do esporte no estado. Empresário Jorge Gerdau também foi um apaixonado pelo surfe.

Os primeiros praticantes de surfe que surgiram no Rio Grande do Sul

Nada de fibra de vidro e poliuretano. O material usado para as primeiras pranchas de surfe que surgiram no Rio Grande do Sul eram de madeira.

A pioneira foi uma tábua, muito pesada, em 1955, quando o esporte começou a ser praticado no estado. Foi na Praia de Torres, no Litoral Norte, onde dois irmãos, apaixonados pelas ondas gigantes do Havaí, se tornaram pioneiros

Oscar Martins de Lima, engenheiro mecânico aposentado, e pioneiro do surfe gaúcho.

Mas iniciar no esporte não foi nada fácil. A primeira prancha gaúcha tinha três metros de comprimento e a estrutura era de madeira de cedro. Não tinha quilha, havia apenas uma pequena inclinação. A ideia foi de Oscar, que desde criança passava as férias em Torres. Ele tinha 19 anos quando construiu a prancha amarela a partir de uma foto, sem qualquer projeto, junto com o irmão.

“Eu dizia para ele: vamos fazer uns jacarés, vamos inventar um negócio. E então começamos. A gente pegava onda na posição certa e ficava em cima por uns 10 metros, 15 metros. Bom, mas no Havaí estão fazendo umas pranchas. Vimos numa revista e começamos a procurar. Fomos lá e desenhamos, fizemos as peças”, recorda.

Com o primeiro passo feito, era hora de cair na água. A dificuldade, no entanto, foi ainda maior do que construir a prancha. “Não tivemos muita facilidade para manobrar ela. Deixamos com inclinação embaixo, mas não era suficiente”, conta Oscar.

Depois da façanha, Oscar resolveu estudar engenharia e chegou a trabalhar no Rio de Janeiro. Atualmente vive em Torres, bem perto do mar. “Sempre gostei  do mar, não tanto surfe, mais do mar mesmo. O surfe é uma das oportunidades de você usufruir do mar”, diz.

Jorge Gerdau Johanpetter é um dos principais empresários brasileiros e um apaixonado pelo esporte. Surfou por quase quarenta anos. Como todo pioneiro, iniciou com uma boa dose de coragem. “Foi tomando tombo, bebendo água. Era totalmente na coragem”, brinca Gerdau.

Para conseguir deslizar sobre as ondas, o empresário utilizava uma estratégia inimaginável nos tempos atuais. Com um pé de pato, embalava a prancha pesada. “A gente tinha de subir nela com um pé de pato e outro sem porque pra subir com dois pés de pato era impossível. Então a gente pegava a onda subia, remava com um pé pra pegar velocidade. Era um esforço enorme – revela.

 

(Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/06 – Do G1 RS – 09/06/2014)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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