O primeiro e único jogador britânico a se declarar homossexual enquanto atuava no Campeonato Inglês

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Primeiro britânico a se declarar gay entrará no hall da fama do futebol inglês

 

 

Justin Fashanu foi o primeiro jogador negro a ser envolvido em uma transferência por 1 milhão de libras na história.

 

 

O Hall da Fama do Museu do Futebol Nacional (National Football Museum), na Inglaterra, tem um novo membro a partir de 19 de fevereiro: Justin Fashanu, o primeiro e único jogador britânico a se declarar homossexual enquanto atuava no Campeonato Inglês. A homenagem foi feita no dia em que o atacante, revelado pelo Norwich City e com passagens por Nottingham Forrest, Southampton, Manchester City e West Ham, completaria 59 anos.

 

O museu, localizado na cidade de Manchester, já condecorou mais de 100 jogadores, treinadores, seleções e personalidades que marcaram a história do futebol. Justin Fashanu foi representado na cerimônia por sua sobrinha, Amal Fashanu, que em 2019 criou a The Justin Fashanu Foundation. A instituição luta contra a homofobia no futebol.

 

“O fato de Justin ter se levantado e dito: ‘este é quem eu sou, vou me respeitar e fazer com que os outros me respeitem por quem eu sou’, é uma das coisas mais impressionantes. Não conseguiria me sentir mais honrada em ser sobrinha dele.”, disse Amal à BBC.

 

Apesar de ser mais conhecido pela fala sobre sua sexualidade, Fashanu era um talentoso jogador, tanto que foi o primeiro jogador britânico a valer mais de 1 milhão de libras em uma transferência. O valor foi pago pelo Nottingham Forest para tirá-lo do Norwich City, em 1981.

“Acho que esse seria um ótimo momento para meu tio e acho que é um momento crucial quando finalmente reconhecemos quem Justin Fashanu era, não apenas como um jogador de futebol abertamente gay, mas também como um jogador talentoso e o primeiro negro de um milhão de libras a jogar na Inglaterra”, destacou Amal à Sky Sports News.

SUICÍDIO – Em 1998, quando tinha apenas 37 anos, Justin Fashanu foi encontrado enforcado em uma garagem, em Shoredict, no subúrbio de Londres. Já aposentado do futebol, ele foi acusado de abuso sexual por um jovem de 17 anos, nos Estados Unidos. Em carta de despedida, o atacante disse ser inocente das alegações, mas que não teria condições de se defender por ser homossexual.

 

“Eu percebi que já tinha sido considerado culpado. Não quero envergonhar minha família e amigos. Ser gay e uma personalidade é muito difícil, mas não posso reclamar. Queria dizer que não agredi sexualmente o jovem. Tivemos sexo consensual, mas no dia seguinte ele me pediu dinheiro. Ao recusar o pedido, ele falou ‘espere e você vai ver só’. Se esse é o caso, eu ouço vocês dizerem, por que eu fugi? A justiça nem sempre é justa. Percebi que não teria um julgamento justo por conta da minha homossexualidade”.

(Fonte: https://istoe.com.br –  Edição nº2614 – ESPORTES / Por Estadão Conteúdo – 19/02/20)

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