O Primeiro a cruzar o Atlântico Sul a remo

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O herói do Atlântico

O Primeiro a cruzar o Atlântico Sul a remo

Numa viagem inédita de 101 dias, o brasileiro Amyr Khan Klink atravessa o oceano entre o Brasil e a África num barco a remo.

Na pequena cidade de Luderitz, no extremo sul da Namíbia, o início do mês de junho de 1984 era inóspito e sombrio. Ventos de 184 quilômetros por horas e ondas de 16 metros de altura varriam o porto da cidade. “A gente via navios de 150 metros ficarem três dias capeando”, relembra Amyr Khan Klink, na época ainda um anônimo economista paulista de 28 anos incompletos. Ancorado no cais de Luderitz estava o seu pequeno arco a remo, o Paraty, de 5,95 metros, construído para cumprir um dos maiores desafio já enfrentados por um navegador – atravessar a remo e sozinho o Atlântico Sul, da África ao Brasil. Em vista das aterradoras condições de tempo no percurso, e do inusitado da empreitada, as autoridades sul-africanas que administram a Namíbia trataram de lavar as mãos: além de exigirem um depósito de 10 000 dólares para a liberação do barco, fizeram Amyr assinar uma declaração na qual eximia o governo da África do Sul de qualquer responsabilidade pela sua segurança e renunciava, de antemão, a qualquer tipo de socorro.

Como último alerta sombrio, Amyr também foi informado de que em todos os portos da África do Sul haveria uma ordem de captura do barco, porventura, tangido por dificuldades, ele tivesse que retornar. Em meio a esse oceano de maus presságios climáticos e administrativos, Amyr ouvia de todas as pessoas a quem relatava o seu plano, em Luderitz, que ele estava caminhando para a morte. “Você vai virar um monte de ossos na Costa dos Esqueletos”, diziam-lhe todos, referindo-se a uma faixa de terra no extremo sul da África onde as caprichosas correntes do Atlântico Sul há séculos depositam restos de naufrágios.

Não foi bem assim. 101 dias depois de sua partida solitária e heróica da África, Amyr Khan Klink, um decidido filho de pai libanês e mãe sueca, amante do mar e do esporte do remo, aportou vivo e inteiro num pedaço de litoral conhecido como Praia da Espera, em Arembepe,a 74 quilômetros da Salvador.

“Esse é o melhor dia de minha vida”, disse ao colocar os pés em terra brasileira, depois de atravessar 7000 quilômetros de Oceano Atlântico sozinho, remando.

TÚNEL DE REMOS – Ainda trôpego com a terra firme – “Como a areia da praia é dura”, observou ele – e com as marcas da epopéia cravadas em suas mãos, Amyr Khan Klink entrava para a história dos grandes navegadores como o primeiro homem a cruzar o Atlântico Sul, sozinho, num barco a remo. As três tentativas feitas no passado por outros navegadores afundaram no esquecimento. Dois remadores desapareceram sem deixar rastro, e um terceiro, depois de passar vários dias à deriva, foi resgatado por um navio. Com a fé num projeto que alimenta durante três anos ininterruptamente, trabalhando nela madrugada e feriados, coma força de uma disciplina física e mental desmesurada, e com a ajuda da mesma corrente marítima que despejou Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, na Bahia, Amyr cegou onde queria.

Ou quase. “Sonhei cem dias e cem noites em chegar remando à rampa do Mercado Modelo em Salvador, e é isso que eu vou fazer”, disse Amyr, voltando ao seu barco. Só as 15h48 do dia seguinte, o Paraty tocou a escada do acesso a rampa do 2.º Distrito Naval, na Praça Cayru, próxima ao Mercado Modelo. Para impaciência de 130 sócios e diretores do clube Espéria, de São Paulo – um tradicional reduto de remadores paulistas -, que tinham se deslocado para Salvador para saldar o companheiro ilustre e estavam enfileirados desde as 9 horas da manhã, Amyr, vestindo a camiseta do clube, ainda ajeitou cuidadosamente os remos em posição de repouso entes de pisar o primeiro degrau, amparado. No pátio, vinte remadores do Espéria, em fila dupla e empunhando remos coloridos formavam um “túnel” para a passagem do herói, entoando um hino feito especialmente por eles – Amyr: Herói do Atlântico Sul, baseado no tradicional Cisne Branco. “Foi impossível conter as lágrimas”, lembra Amyr. Sua extraordinária aventura, um feito individual como há muito no Brasil não tinha a satisfação de ver, havia chegado gloriosamente ao fim.

DEPRIMIDO – A Baía de Luderitz estava coberta por uma densa neblina quando Amyr se lançou ao mar às 7 horas da manhã do dia 10 de junho de 1984 para iniciar a longa travessia. “A água estava escura e as ondas castigavam o casco violentamente”, lembra ele destes que seriam os piores momentos de sua viagem. “A situação toda era de pavor. Hoje eu sei que saí no dia errado.” De fato passaram-se poucas horas até que uma onda de mais de 10 metros de altura pegasse o Paraty de frente e o fizesse emborcar. “Eu estava sentado na cabine e senti que o projeto passara pelo seu primeiro grande teste”, diz Amyr , relembrando como o pequeno barco voltou rapidamente a posição normal. Construído em Cedro, o Paraty foi idealizado para ser insubmergível: as portas fecharam-se hermeticamente sobre o casco, isolando o espaço que funciona como cabine, e tanto a proa como a popa são recheadas de um tipo de espuma que não absorve água. Além disso, todos os equipamentos, mantimentos e objetos passados são localizados abaixo da linha-d’água, fazendo com que o barco sempre volte à posição de navegação depois de capotado. “Meu joão-teimoso não falhou”, diz Amyr.

Mas o choque violento logo no primeiro dia deixou-o de moral tão baixo que ele não cumpriu – pela primeira e última vez – os planos meticulosamente traçados com sua equipe de apoio. Amyr deveria, nesse primeiro dia, iniciar os contatos com a rede de radioamadores acionada, no Brasil e na África do Sul, para dar-lhe cobertura ao longo de toda viagem. “O acidente me deixou tão deprimido que não tive coragem de dar a má notícia aos meus amigos. A coisa estava tão ruim que nem cheguei a armar antenas, pois sabia que ia virar de novo.” E de fato virou. Foi então que Amyr decidiu sair logo do pequeno compartimento vedado e, amarrado por uma corsa na cintura, armar as antenas, para receber valiosas informações e encorajadoras mensagens. “Os radioamadores de todo o mundo deixaram deixar uma freqüência limpa para que eu pudesse entrar quando quisesse”, diz. No quinto dia da viagem, Alexandre Pereny, radioamador de 78 anos, recebia em sua casa, no bairro de pinheiros, em São Paulo, a voz límpida de Amyr. “As coisas começaram a melhorar desde então”, conta Pereny. “Ele havia atingido a corrente Benguela, que o empurrava para noroeste e começava a embaraçar no caminho de casa.”

DISCPLINA – “As correntes são como rios submersos que conduzem o barco”, explica Hemann Atila Herdlicka, 31 anos, o melhor amigo de Amyr, com quem remou durante sete anos em São Paulo. Amyr sabia bem disso. Ele leu 46 livros sobre navegação e dedicou especial atenção às correntes que cortam o Atlântico Sul. Em conseqüência das diferenças de temperatura entre a calota polar da Antártida e o Equador, as massas de ar e de água circulam no sentido sul – norte até p centro do globo e depois começam a descer pela costa do Brasil. Amyr, em suas pesquisas, encontrou bóias de rede desgarradas de pesqueiros sul-africanos em pleno litoral baiano, trazidas apenas pela força das correntes marítimas. De acordo com seus cálculos, qualquer objeto colocado à deriva sobre a corrente de Benguela, viajando a 0,8 nó (cerca de 1 quilômetro por hora) pela força somente das águas e do vento, chegaria à costa do Brasil em cinco ou seis meses.

Durante o período inicial de mau tempo, parecia-lhe impossível cumprir a meta que havia fixado de cobrir o percurso até Salvador em 109 dias. “Eu tinha previsão de vencer, em média, 34 milhas por dia, e só estava conseguindo fazer, a muito custo, 25 milhas”, lembrava ele, na semana passada, em Salvador. Durante todo o mês de julho, em virtude dos contratempos, do modo e inexperiência numa travessia desse tipo, Amyr ainda não conseguira estabelecer uma boa rotina para a viagem. “O que me falta é disciplina”, diagnosticou, coisa que só conseguiu se impor em agosto, depois de cruzar a Ilha de Santa Helena. “Nesse primeiro período eu remava e remava até cansar. O pior é que assim a gente cansa em 5 minutos. Então decidi me impor um horário.”

Amyr passou a acordar às 2 horas da manhã, tomava café e remava 2 horas e meia sem parar, almoçava e depois voltava aos remos. A cada 15 minutos parava para descansar, até a hora de dormir, o que resultava numa “jornada de trabalho” de 8 a 10 horas. Mesmo com medo, Amyr diz que dormiu bem desde o primeiro dia. “Dormi como um anjo, naquela cabinezinha aconchegante. No começo, cheguei até a abusar dormindo 10 horas por dia .” Graças à corrente e a arquitetura do barco, até dormindo ele avançava. O Paraty é equipado com um dispositivo chamado bolina retrátil, que, instalado embaixo do casco, transforma todos os impulsos laterais do vento e das ondas em tração para frente. Além disso, estava equipado com uma âncora de mar. Essa âncora, um peso ligado ao barco por cabos de aço que torna a popa mais pesada que a proa e, assim, endereça todo o empuxo para a frente, arrebentou-semas Amyr tinha uma de reserva.

DISCURSOS AO MAR – Um dos passatempos favoritos do remador quando não estava a postos era sintonizar as ondas curtas da rádio Globo. “Era uma coisa meio surrealista estar sozinho no meio das ondas ouvindo o programa de Paulo Giovanni entrevistando as donas de casa… Me sentia terrivelmente ligado ao Brasil.” Um notícia que o deixou bastante desnorteado foi a do acidente na plataforma de Enchova e da morte dos funcionários da Petrobrás. “O acidente me tocou de perto”, rememora ele. Quando não ouvia falava. “Enquanto remava, inventei a idéia de fazer discursos para me distrair. Conversava sozinho e fazia pronunciamentos para o mar e para os peixes. Um dia fazia discursos sobre a vida, outro fazia discursos políticos. Ria muito, depois.”
Em meados de agosto, quando se preparava para pegar os impulsos da corrente do Brasil, Amyr começou a travar contato com alguns até então insuspeitados companheiros de viagem. Como acontece na viagem de qualquer mortal, havia bons e maus companheiros.

“O melhor deles foi uma gaivota que pousava no barco quando eu me fechava na cabine para dormir – me seguia voando de dia e tomava a voltar de noite”, diz Amyr. Dentre os visitantes desagradáveis ele se lembra dos tubarões. Em pelo menos o remador foi obrigado a mergulhar, amarrado por cordas ao barco, para limpar o casco do Paraty do material que se aglomerava ali e que atraía desde tubarões até baleias. “Cardumes de tubarões rondavam o barco e minha única saída era refugiar-me na cabine ouvindo seus golpes contra o casco.” Pintado de verde e azul-marinho, cores que teoricamente deveriam servir de repelente às baleias, o casco do barco chegou mesmo a atraí-las. “Eu me preparava para fazer a inspeção das antenas quando vi levantar-se uma cabeça enorme no mar”, conta Amyr. “Era uma baleia, das grandes. Seus dois olhos ficaram a poucos metros do barco e eu vi minha imagem refletida neles. Era como se outro mar nos engolisse, a mim e ao barco.” A quatro dias da chegada na Bahia, Amyr teve seu único momento de pavor intenso durante toda a viagem, numa noite de lua cheia e de calmaria. “O barco repentinamente começou a levantar-se do nível do mar. Fiquei totalmente fora d’água e de repente vi que estava em cima do lombo de uma baleia. A desproporção era fantástica. Durante meia hora ela chacoalhou o barco e, pela primeira vez na minha vida, tremi. Minha maior dor foi de pressentir que tudo podia acabar ali, faltando tão pouco.”

Outro equipamento do barco que aparentemente não funcionou a contento foram as defesas de alerta de ondas de radar. Tiras metálicas coladas ao casco deveriam refletir o radar de navios que se aproximassem do barco e, assim, dar a seus comandantes a exata localização do Paraty. Um detector de radar a bordo, por sua vez, deveria avisar Amyr da proximidade de navios emissores de ondas de radar. Nada disso funcionou. Num certo momento, de fato, o Paraty ficou em rota de colisão com uma plataforma submarina rebocada por um navio que dele se aproximava à noite. Salvou-o um farol fortíssimo que tirou Amyr do sono. “Comecei a remar desesperadamente para sair da frente, mas as luzes só aumentavam de tamanho. No fim desviei a tempo, mas não consegui dormir mais naquela noite”, lembra.

LER E ESCREVER – Eram também os peixes que o faziam lembrar-se a cada dia de dois itens do equipamento que esqueceu de relacionar para a viagem. Sem sacos plásticos de lixo, ele era obrigado a jogar os restos de comida no mar. Em pouco tempo percebeu que essa prática atraía primeiro os peixes menores, e logo em seguida, os tubarões. A falta de um capacete expôs Amyr a uma constante luta com os peixes voadores. “Eles saltavam sobre o barco e me atingiam a cabeça”, recorda-se. “Mas seu movimento era simpático e divertido.”

Ao passar ao largo da Ilha de Santa Helena, o solitário Amyr avistou o único pedaço de terra firme de sua travessia. Mas somente nos últimos dias foi visto pela primeira vez por seres humanos. Por sinal, desde então começou a recolher presságios cada vez mais fortes de que o Brasil estava próximo. “Senti uma imensa alegria quando vi o navio brasileiro Patrícia Ramos. Já pensava que passaria despercebido quando o cargueiro começou a manobrar, descrevendo uma volta ao redor do barco. Era um dia de calmaria e aquilo me animou”, disse Amyr.

Diversas vezes ele conversou com o médico Cláudio Paciornick, de Curitiba, que elaborou seu programa de treinos antes da partida, e com a nutricionista Flora Spolidoro, responsável por sua dieta. Quando não se dedicava a ler a obra de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão, que consumia ao ritmo de uma página por dia, Amyr escrevia o seu “Diário de Bordo” – que agora pretende editar, recheado das fotografias que tirou durante a travessia. “Uma coisa aprendi para o resto da vida: as menores coisas são importantes para se progredir. Uma hora perdida é uma hora perdida. Uma idéia perdida está mesmo perdida.”

Tratado como herói, Amyr Klink rejeita a palavra “aventura” para designar a sua histórica travessia do Atlântico Sul. “Aventuras eu fiz quando tinha uma canoa rasa e saía pelo mar”, diz ele. “O que fizemos agora foi nos cercar de pessoas competentes em suas respectivas áreas.” Amyr, que teve no pai, Jamil, um adversário ferrenho do projeto, encarou a empreitada como algo profissional. Desde que a idéia nasceu há três anos de uma conversa com Hrdlicka, o amigo inseparável do remo, ele foi aos poucos abandonando as funções de diretor da S.A. Paraty Investimento, empresa imobiliária de sua família, que tem terras e um camping em Parati e uma criação de búfalos, plantações de cana-de-açúcar e banana na periferia do município, para se dedicar à travessia.

CONFORTO NO MAR – Com afinco, Amyr foi cativando patrocinadores – e, ao zarpar, cerca de doze empresas haviam se cotizado para bancar os 100 milhões de cruzeiros do custo total da viagem. A adesão mais forte que conseguiu foi da IAT, empresa de comércio exterior que figura entre as primeiras do ranking das exportações. Seu dono, o empresário Jacques Eluf, 51 anos, leu os planos de Amyr e entusiasmou-se. “Fui um dos primeiros a acreditar nele”, lembra Eluf. “Seu feito vale mais que duas medalhas olímpicas.” Eluf a Amyr não revelam o montante do desembolso da IAT no projeto, mas a participação da empresa foi decisiva. Quando Amyr estava lutando contra os entraves burocráticos da administração da Namíbia, foi Eluf quem viajou até Luderitz e pagou os 10 000 dólares que as autoridades exigiram para liberar o barco.

Por detrás da vitória do planejamento e da audácia do projeto de Amyr esconde-se também uma justificativa alegria pessoal. Há quatro anos, num acidente com o vidro da porta de sua casa em Parati, Amyr teve a mão direita quase decepada. Uma operação de reimplante a mão mas com somente 20% dos movimentos e da capacidade motora. Além disso, ela ficou insensível. “Ele era extrovertido e depois do acidente passou a viver silencioso e sempre pensativo”, conta a mãe de Amyr, Asa Klink.

O que mais magoou Amyr foi o fato de uma companhia de seguros ter diminuído o prêmio de uma apólice por considerá-lo inválido. Além disso, ele lamentava profundamente o fato de não ter sido suficiente a disciplina para submeter-se a sessões de fisioterapia que lhe teriam devolvido maior capacidade motora à mão. “Minha mão ficou ruim por falta de determinação minha”, diz. “A viagem me devolveu pelo menos o apego à disciplina.” Amyr reconhece também que o acidente foi o que acendeu nele a idéia de uma grande viagem transoceânica. O que para a maioria das pessoas seria uma desvantagem e mesmo para o próprio Amyr em terra não traria nenhum benefício, mão insensível tornou-se um fator de conforto no mar. “A mão direita foi a mais castigada, mas felizmente não senti dor”, conta ele, que desembarcou em Arembepe com cerca de 6 quilos a menos que seu peso normal de 77 quilos.

“VIKING” – Durante o seis meses que antecederam a partida, Amyr remou diariamente entre 5 e 6 horas. “Era preciso criar calos nas mãos e nas nádegas, as partes que mais sofrem numa viagem oceânica de longa duração”, conta. Além disso, ele procurava condicionar-se para enfrentar 10 horas por dia de remo em pleno mar do ponto de vista muscular e de capacidade respiratória. Seu desempenho, entanto, nada tem de excepcional se comparado aos dos atletas brasileiros que foram a Los Angeles. Amyr destaca-se mais pela disciplina férrea e a regularidade. Ele próprio oferece uma comparação ao esforço de remar em seu barco de quase 1 300 quilos (peso no início da viagem, que no final baixou para 600), durante 101 dias: “É como empurrar um fusca, no plano, durante esse mesmo período de tempo”.

“Foi um efeito espetacular”, entusiasma-se Guilherme do Eirado, o “Buck”, 57 anos, técnico-chefe de remo do Flamengo, dezenove vezes campeão carioca, doze vezes campeão brasileiro, tetracampeão sul-americano e técnico da equipe brasileira nas cinco Últimas Olimpíadas. “Um remador treinado não faria o que ele fez. É a prova de que a mente domina o corpo.” Para Buck, o barco de Amyr deveria ir para um museu, “da mesma forma que há barcos de vikings em museus da Noruega. Aliás, depois dessa travessia, acho que Amyr é exatamente isso: o ‘O Viking do Atlântico Sul’”.

(FONTE: Veja, 26 de setembro, 1984 – Edição 838 – Aventura – Pág; 42/48)

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