“O futebol brasileiro só é profissional da boca do túnel para dentro de campo.” Flávio Costa (1906-1999), foi um dos personagens mais importantes do futebol brasileiro.

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“O futebol brasileiro só é profissional da boca do túnel para dentro de campo.”

Flávio Costa (1906-1999), foi um dos personagens mais importantes do futebol brasileiro.

Apesar da carreira repleta de vitórias, ele guardava uma grande mágoa. Costumava reclamar que a torcida só o parava na rua para cobrar uma derrota – os dois gols do Uruguai contra o Brasil na final da Copa de 50, no Maracanã. Ex-jogador do Flamengo, Costa iniciou a carreira de treinador no próprio clube. À frente da equipe rubro-negra, conquistou o primeiro tricampeonato carioca do time (1942, 1943 e 1944). Mas foi no comando do Vasco da Gama que ele viveu sua fase mais brilhante. Costa formou um time com fama de imbatível, o lendário “Expresso da Vitória”, tricampeão do Rio (1947, 1949 e 1950) e vencedor do torneio sul-americano de 1948.

Fora dos campos, tornou-se um crítico arguto da precária estrutura do esporte. É sua a frase: “O futebol brasileiro só é profissional da boca do túnel para dentro de campo”. O drama de 1950, no entanto, acabou se transformando em estigma – para ele e toda a equipe. O goleiro Barbosa carregou a fama de azarão ao longo de toda a carreira. Vive atualmente com uma pensão minguada numa quitinete no litoral de São Paulo. Até hoje, o lateral esquerdo Bigode tem de responder se teria mesmo passado pela humilhação de levar um tapa no rosto do capitão uruguaio Obdulio Varela durante a partida. Não levou, mas poucos acreditam. Flávio Costa morreu dia 22 de novembro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 93 anos, sucumbiu a um aneurisma abdominal.

(Fonte: Revista Veja, 1º de dezembro de 1999 – Edição 1 626 – DATAS / LUPA – Pág; 174/175)

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