Norman Felton, produtor e co-criador da série O Agente da U.N.C.L.E.

0
Powered by Rock Convert

 

Norman Felton, produtor e co-criador da série O Agente da U.N.C.L.E. (Foto: The Hollywood Reporter/ Divulgação)

Norman Felton (Londres, 29 de abril de 1913 – 25 de junho de 2012), produtor e co-criador da série O Agente da U.N.C.L.E.

Norman Francis Felton nasceu no dia 29 de abril de 1913, em Londres, Inglaterra, mas sua família migrou para os EUA em 1929. Ele cresceu em Cleveland, Ohio. Adulto, largou os estudos e foi trabalhar como motorista de caminhão.

Em 1936, ele conheceu Clancy Cooper, que comandava uma companhia amadora de teatro. A convite de Cooper, Felton começou a escrever peças para o grupo. Encorajado por Cooper, Felton finalizou seus estudos e conseguiu uma bolsa de estudos na Universidade de Iowa, onde se formou em artes dramáticas. Ele iniciou sua carreira artística como diretor de peças comunitárias. Mais tarde, passou a dirigir programas de rádio da NBC.

Na década de 1950, Felton começou a dirigir programas de TV, especialmente teleteatros, sendo indicado a um prêmio Emmy em 1952 por um episódio de Robert Montgomery Presents, da NBC. Em 1959 ele atuou como produtor executivo de alguns programas da CBS e em 1960 ele foi trabalhar na MGM, onde serviu como produtor de séries como Dr. Kildare, The Lieutenant, criada por Gene Roddenberry (1921–1991), bem como de teleteatros. Nessa época, ele formou sua própria produtora, a Arena Productions, que se associou à MGM.

Através dessa empresa, ele começou a desenvolver em 1963 o projeto de uma nova série de espionagem: Mr. Solo. Inspirado pelos filmes de Alfred Hitchcock, ele viajou para Londres para conversar com Ian Flemming, criador de James Bond, que o ajudou a desenvolver o conceito e o personagem Napoleon Solo, agente secreto que estrelaria sua série. De volta aos EUA, Felton uniu-se a Sam Rolfe para escrever o roteiro do episódio piloto.

Mas, em função da relação comercial de Flemming com Albert Broccoli, que estava responsável por produzir os filmes de James Bond, o escritor não poderia se envolver no projeto de Felton. Assim, Rolfe alterou a concepção original da série para evitar qualquer processo por parte de Broccoli.

 

(E-D) Leo G. Carroll, Robert Vaughn e David McCallum em ‘O Agente da U.N.C.L.E.’

 

Rebatizada com o título de O Agente da U.N.C.L.E., a série narrava a história do agente americano  Napoleon Solo (Robert Vaughn) e do russo Ilya Kuryakin (David McCallum), que trabalhavam para a United Network Command for Law and Enforcement – UNCLE, uma agência multinacional de espionagem, operando nos EUA em uma sede secreta que ficava escondida atrás da lavanderia Del Floria’s, em Nova Iorque.

Sob o comando de Alexander Waverly (Leo G. Carroll), Solo e Kuryakin enfrentavam os inimigos da T.R.U.S.H. A cada episódio, os agentes convocavam, ou se envolviam por acidente, com um cidadão inocente, que os auxiliava na solução de um caso. Antes de ter a série aprovada, Felton precisou produzir um filme piloto, no qual o personagem de Waverly foi interpretado por Will Kuluva (1917-1990).

A princípio, Illya seria apenas um coadjuvante, mas a boa receptividade do personagem o levou a protagonizar a série no mesmo nível de importância que Solo.

A série estreou em 1964, pela rede NBC, com sua primeira temporada produzida em preto e branco. A partir de 1965, ela passou a ser produzida em cores. Em 1966, influenciados pelo sucesso de Batman, a série sofreu algumas mudanças em sua narrativa, passando a oferecer um número maior de episódios cômicos, o que a levou a perder público. Nesse mesmo ano estreou sua spinoff, A Garota da U.N.C.L.E., estrelada por Stefanie Powers, que teve apenas uma temporada, sendo cancelada em 1967.

O Agente da U.N.C.L.E. também teve o mesmo fim pouco depois. Cancelada em 1968, a série teve um total de quatro temporadas e 105 episódios. Em 1983, foi produzido um filme reunion. Após o cancelamento, Felton foi para a Inglaterra onde produziu a série Strange Report, estrelada por Anthony Quayle, que interpreta um agente aposentado da Scotland Yard investigando por conta própria casos que considera interessantes. A série teve uma única temporada, produzida entre 1969 e 1970.

Retornando aos EUA, Felton formou parceria com a Universal e através de sua empresa, a Arena, tentou emplacar uma nova série: Hawkins, estrelada pelo veterano James Stewart. Produzida entre 1973 e 1974, a série acompanhava os casos defendidos pelo advogado Billy Hawkins. Exibida pela CBS, a produção teve apenas sete episódios de 90 minutos de duração.

Ao longo dos anos, Felton exerceu o cargo de presidente do Screen Producers Guild e foi membro da diretoria do Writers and Directors of America.

Em 1940, Felton se casou com Aline Stotts, que ele conheceu quando estava na faculdade. O casal teve três filhos, Julie Anne (1948), John Christopher (1953) e Aline Elizabeth (1957). Aline, uma estudante de direito, seu marido David, um médico, e sua filha Jessica, de nove meses, foram assassinados em 1982. A esposa de Felton também já é falecida.

Há alguns anos, o sindicato dos produtores homenageou o produtor dando seu nome a um dos prêmios oferecidos anualmente pela instituição.

Norman Felton faleceu no dia 25 de junho, aos 99 anos de idade, de causas naturais.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas – Nova Temporada/ Por FERNANDA FURQUIM – 5 jul 2012)

Powered by Rock Convert
Share.