Nelly Kaplan, cineasta franco-argentina, ícone da “Nouvelle Vague” e diretora de “La Fiancée du Pirate”

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Cineasta franco-argentina Nelly Kaplan, ícone da “Nouvelle Vague

 

Franco-argentina, integrou a nouvelle vague e dirigiu de documentários de nomes como Pablo Picasso

 

Nelly Kaplan (Buenos Aires, 11 de abril de 1931 – Genebra, 12 de novembro de 2020), cineasta anarcofeminista franco-argentina, ícone da “Nouvelle Vague” e diretora de “La Fiancée du Pirate”

 

A diretora, que também se destacou como escritora anarcofeminista, era de uma família de judeus russos. Nasceu em Buenos Aires, na Argentina, e aos 22 anos se mudou para a França, onde começou a colaborar com o diretor Abel Gance, conhecido pelo longa (“Napoleon”), de 1927, que a notou na Cinemateca francesa. Ficou surpreso que uma jovem estrangeira, que sabia falar somente francês, tivesse assistido todos os seus filmes. Ali começou uma longa relação profissional e também amorosa.

 

Pouco depois, o poeta surrealista Philippe Soupault (1897-1990) se aproximou dela durante a inauguração de uma exposição. Ele também ficou surpreso por ela ter lido sua obra “Os campos magnéticos”. Posteriormente, Soupault a incentivou a escrever em francês.

 

Kaplan, nascida em Buenos Aires em 11 de abril de 1931, era de uma família de judeus russos. Seus pais, diante de uma filha agitada, mandaram-na para o “Coliseu do Palermo”, um grande cinema onde passava o dia assistindo filmes, fascinada.

 

“Eu queria fugir dessa sociedade sul-americana, na qual ser menina equivalia a ‘seja boa e cale-se'”, dizia Kaplan sobre sua juventude.

 

Com sua atitude rebelde, sua beleza singular e um olhar malicioso, chegou na França aos 22 anos. Ficaria apenas três meses, mas permaneceu por toda a sua vida, marcada pelos “belos encontros”, segundo suas próprias palavras, com homens de destaque.

 

Ela ficou famosa com “La Fiancée du Pirate”, exibido no Festival de Veneza de 1969.

 

Dirigiu outros filmes, como “Papa, les petits bateaux…” (1971) e “Charles et Lucie” (1979), assim como documentários sobre artistas consagrados (Pablo Picasso, Gustave Moreau, Abel Gance, André Masson, Victor Hugo).

 

Ela teve relacionamentos com vários escritores, como o surrealista André Breton.

 

Escreveu textos eróticos que chocaram a censura. Em 1974, publicou sob pseudônimo o romance “Mémoires d’une liseuse de draps”.

 

Nunca se casou: “Sempre fui muito livre. Nunca me prendi a nenhum homem e sem dúvida isso os intrigava”, confessou Kaplan.

Nelly Kaplan faleceu em 12 de novembro de 2020, aos 89 anos, vítima da covid-19, em um hospital de Genebra.
De acordo com um de seus familiares, François Martinet, Kaplan havia acompanhado o companheiro, o ator e produtor Claude Makowski, à Suíça, onde este faleceu em agosto em consequência do mal de Parkinson. Desde então, permaneceu em uma casa de repouso, onde contraiu covid-19.

(Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda – ARTE & AGENDA / por AFP – 12/11/2020)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/11 – ILUSTRADA / por PARIS | AFP – 12.nov.2020)

(Fonte: https://www.uol.com.br/splash/noticias/afp/2020/11/12 – SPLASH / NOTÍCIAS / por (AFP) – Paris – 12 Nov 2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.868 – 14 E 15 NOVEMBRO 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 35)

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