“Não preciso de ninguém para me eleger. Esse povo gosta de mim”.

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Em 1970, quando buscava a reeleição para o Senado, em Pernambuco, José Ermírio de Moraes resistiu a todos os conselhos para que fortalecesse a sua chapa com um outro candidato, em sub-legenda. Cercado por uma multidão ávida, a que distribuía inesgotáveis notas de 10 cruzeiros, repetia, com a autosuficiência conquistada em muitos anos de vitorioso comando de um grande império industrial: “Não preciso de ninguém para me eleger. Esse povo gosta de mim”.

Mas como a distribuição de dinheiro na rua não é a melhor forma de conquistar nem votos, nem corações, foi derrotado. Afastado da política, que chegou a considerar, como todos que a praticam, \”uma cachaça\”, foi se afastando, também, aos poucos, da chefia das 51 empresas do grupo industrial Votorantim, distribuídas por dezessete Estados.

Ermírio de Moraes (1900-1973), empresário pernambucano do Grupo Votorantim, ex-senador (1962/70) pelo PTB, depois transferido para o MDB.

(Fonte: Veja, 15 de agosto, 1973 – Edição n.° 258 – Memória – Pág; 27)

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