Mory Kanté, cantor e músico guineense ficou famoso mundialmente pela música “Yeké Yeké” nos anos 80, popularizou a música africana e guineense em todo o mundo

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Mory Kanté, lenda da música africana

 

Mory Kanté (Kissidougou, 29 de março de 1950 – Conacri, Guiné, 22 de maio de 2020), músico que ajudou a música africana a conquistar um público global.

 

Apelidado de “griot elétrico”, o cantor e músico guineense ficou famoso mundialmente pela música “Yeké Yeké” nos anos 80, popularizou a música africana e guineense em todo o mundo.

 

Com “Yeké Yeké”, um dos maiores sucessos da história da música africana, lançado em 1987, vendeu milhões de cópias e dominou as listas de canções mais ouvidas em muitos países.

Durante sua longa carreira, Kanté progrediu da aclamação regional como tocador de kora, instrumento tradicional da África Ocidental, ao estrelato internacional nos anos 1980 com “Yeke Yeke”, sucesso que liderou as paradas.

Nascido em março de 1950, Kanté rodou o mundo como principal representante do cenário musical africano e voltou para sua terra natal nos anos 2000, onde defendeu causas para ajudar refugiados e salvar florestas ameaçadas, de acordo com uma biografia em seu site.

 

Nascido em uma famosa família de “griots” – contadores de histórias, músicos e poetas da cultura oral da África Ocidental – Kanté foi um dos primeiros artistas, junto com o Malian Salif Keita, a levar a música mandinga além de suas fronteiras.

Na década de 1980, Kanté revolucionou a música da África Ocidental, ao unir canções tradicionais das aldeias a ritmos eletrônicos e “grooves” urbanos.

 

Com “Yeké Yeké”, o mestre do kora, um instrumento tradicional de cordas, ganhou fama internacional e levou a música mandinga para as pistas de dança.

 

O álbum que a inclui, “Akwaba Beach”, foi um dos discos da África subsaariana mais vendidos em todo o mundo.

 

Nos anos 2000, se dedicou por um tempo à música acústica – sons produzidos epanas por instrumentos, em oposição aos meios eletrônicos – tocando em uma orquestra predominantemente de cordas.

 

Kanté foi embaixador da boa vontade da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e ajudou a arrecadar fundos contra o Ebola, que atingiu duramente a Guiné entre 2013 e 2016.

Ele continuou fazendo música, e em 2014 se uniu a outros ícones da música africana para criar a canção “Africa Stop Ebola” em reação à epidemia que matou mais de 11.300 pessoas.

Mory Kanté faleceu em 22 de maio de 2020, aos 70 anos, em um hospital em Conacri, na Guiné.

“Ele sofria de doenças crônicas e costumava viajar para a França para tratamento, mas com o coronavírus não foi mais possível”, disse seu filho.

“Mory morreu dormindo em Conacri”, disse seu empresário, Juan Yriart, à Reuters por telefone.

Yriart disse que Kanté estava planejando várias apresentações que depois foram adiadas para o ano que vem por causa do surto de coronavírus.

“A cultura africana está de luto”, tuitou o presidente da Guiné, Alpha Condé. “Uma carreira excepcional. Exemplar. Um orgulho”, acrescentou.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2020/05/22 – POP & ARTE / MÚSICA / NOTÍCIA / Por Reuters – 22/05/2020)
(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2628 / CULTURA / Por AFP – 22/05/2020)
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