Miguel Hesayne, bispo emérito da diocese de Viedma, denunciou sequestros e perseguições da ditadura argentina

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Bispo emérito Miguel Hesayne, que enfrentou ditadura argentina

Bispo emérito da diocese de Viedma denunciou sequestros e perseguições por parte do regime que deixou 30 mil desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

 

Miguel Esteban Hesayne (Azul, Buenos Aires, 26 de dezembro de 1922 – 1° de dezembro de 2019), bispo emérito, um dos poucos homens da hierarquia da Igreja Católica argentina que combateu a ditadura (1976-1983)

 

Hesayne foi nomeado bispo de Viedma (800 km ao sudoeste de Buenos Aires) em 1975. Depois do golpe de Estado de março de 1976, ele denunciou sequestros e perseguições por parte do regime que deixou 30 mil desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

Ele atuou junto a Jorge Novak, Jaime de Nevares e alguns poucos bispos, que não aceitaram ser cúmplices da ditadura genocida de 1976 – como grande parte do episcopado de então – e se colocaram ao lado das vítimas, exigindo memória, verdade e justiça.

 

 

Amigo do Papa Francisco

Miguel Hesayne era amigo do Papa Francisco, que é argentino e foi arcebispo de Buenos Aires. Logo após ser anunciado pontífice, Francisco chegou a ligar duas vezes para ele. “A primeira não me encontrou e deixou mensagem dizendo que ligaria depois. Ele falou como sempre, como um amigo que fala com outro amigo, e até brincou”, contou o bispo emérito em março de 2013.

Hesayne faleceu aos 96 anos. Ele foi enterrado na Catedral da cidade de Azul.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/02 – MUNDO / NOTÍCIA / Por G1 – 02/12/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.573 – 4 de DEZEMBRO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

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