Michel Tournier, escritor francês, Prêmio Goncourt pelo romance O Rei dos Álamos, em 1970

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Ele escreveu ‘Sexta-feira ou a Vida Selvagem’ e outros romances.

Michel Tournier fotografado em 2005 (Foto: AFP / CATHERINE GUGELMANN)

Michel Tournier fotografado em 2005 (Foto: AFP / CATHERINE GUGELMANN)

Michel Tournier (Paris, em 19 de dezembro de 1924 – Choisel, perto de Paris, em 18 de janeiro de 2016), escritor francês

Ele é considerado um dos grandes nomes da segunda metade do século 20, Prêmio Goncourt  pelo romance O Rei dos Álamos, em 1970.

Michel escreveu romances como “Sexta-feira ou a Vida Selvagem”. Traduzido em todo o mundo, Tournier foi apontado várias vezes como candidato ao prêmio Nobel de Literatura, mas nunca recebeu o prêmio. Foi o único agraciado com o Goncourt por decisão unânime do júri em 1970, pelo romance de sucesso “O Rei dos Álamos”.

Considerava-se um discípulo de Zola e de Flaubert. 

Michel Tournier nasceu em Paris em dezembro de 1924 e estudou filosofia na Sorbonne, onde foi aluno de Gaston Bachelard (1884-1962) . Mais tarde, apaixonou-se pela obra de Claude Lévi-Straus, de quem foi também aluno no Musée de l’Homme. Vindo de uma família de germanistas (os seus pais conheceram-se na Sorbonne onde estudavam alemão) partiu para a Alemanha, para a Universidade de Tubingen onde esteve entre 1946 e 1950.  Mas não só na academia foi a sua vida. Antes de se dedicar a tempo inteiro à escrita, foi produtor e realizador na RTF (1949-1954), assessor de imprensa da Europe 1 (1955-1958), chefiou os serviços das edições Plon entre 1958 e 1968 (onde também foi tradutor) e foi produtor da televisão francesa.

 

Era membro da Academia Goncourt desde 1972 e é autor de uma obra vasta, que vai do conto ao romance, da crônica ao texto autobiográfico, do ensaio aos livros para crianças e uma peça de teatro. Recebeu o grande prémio da Academia Francesa pelo seu primeiro livro Sexta-feira ou os Limbos do Pacífico (Relógio d’Água), em 1967, que demorou dois anos a escrever. Seguiram-se o famoso O Rei dos Álamos (Dom Quixote), O Galo do Mato (Dom Quixote), Gaspard, Melchior e Balthazar (Dom Quixote), Giles & Jeanne (Dom quixote), Os Meteoros (Dom Quixote), A Gota de Ouro (Dom Quixote), Sexta-feira ou a Vida Selvagem (Ed. Presença).

 

Michel Tournier morreu em 18 de janeiro de 2016 em Choisel, perto de Paris, aos 91 anos.

Gostava de dizer que escrevia para os seus leitores e para ser lido e acreditava que “a função da literatura é a de enriquecer o diálogo entre as pessoas”, disse-o numa entrevista, em 1991, na sua primeira visita a Portugal onde esteve a fazer conferências, em Lisboa e no Porto, e a visitar escolas.  

As conferências que deu em Portugal, em 1991, tinham por título “Profession: conteur”, profissão: contador de histórias. Na época, deu também uma entrevista, onde explicava que fazia romances porque tinha falhado na filosofia. E lembrava, com humor, que um crítico, uma vez tinha questionado: “Por quanto tempo é que Tournier nos vai fazer pagar o seu falhanço na filosofia?”

Sobre a sua obra explicava na mesma entrevista :  “Conto histórias que parecem extremamente realistas, e que o são, mas que têm por detrás de si, escondido, todo um arsenal filosófico. E têm de ser histórias muito simples: quanto mais os meus livros podem ser lidos por um público jovem, mais eu alcancei o meu objectivo.”

Com o fotógrafo Lucien Clergue, e o historiador Jean-Maurice Rouquette, o escritor Michel Tournier fundou os Rencontres Internationales de la Photographie d’Arles, mais tarde baptizados apenas como Rencontres d’Arles. Tem textos inspirados por imagens fotográficas (Des Clefs et des Serres, 1979, e Vues de dos, 1981).

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/01 – POP & ARTE – Da AFP – 18/01/2016)

(Fonte: https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON / Por   – 18/01/2016)

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