Michael Dertouzos, cientista da computação que dirigiu por quase 30 anos o Laboratório de Ciências Computacionais e Inteligência Artificial do MIT, o prestigioso Instituto Tecnológico de Massachusetts

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Foi um dos criadores da internet

Michael Dertouzos, o cientista que previu a relevância da internet

É um visionário da Internet, cujo nome pouco se conhece.

Michael Leonidas Dertouzos  (Atenas, 5 de novembro de 1936 – Boston, 27 de agosto de 2001), cientista da computação grego, foi um dos homens que ajudaram a criar a internet atual.

Seu nome não é tão conhecido quanto o de Bill Gates, Steve Jobs ou Tim Berners-Lee, mas Michael Dertouzos foi um “ícone no mundo tecnológico”. O elogio entre aspas é de Gates, em um tributo a Dertouzos, cientista da computação que dirigiu por quase 30 anos o Laboratório de Ciências Computacionais e Inteligência Artificial do MIT, o prestigioso Instituto Tecnológico de Massachusetts.

Diretor do Laboratório de Ciência da Computação (LCS) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Dertouzos liderou as equipes responsáveis pelo desenvolvimento de aplicativos que transformaram a rede em algo popular.
O mais conhecido deles é o método de encriptação (codificação de dados) RSA, usado para transmitir dados pela rede de maneira segura. Os navegadores Explorer e Netscape adotaram o sistema.
Dertouzos vinha trabalhando em tecnologias que visam a integrar ainda mais o computador à vida de pessoas comuns. Um exemplo é o projeto de US$ 50 milhões Oxygen (oxigênio), lançado pelo LCS em 1999. O nome vem da proposta: tornar a informática algo tão natural no dia-a-dia quanto o oxigênio.
Além de desenvolver projetos, o LCS, sob a orientação de Dertouzos, tornou-se a sede americana do World Wide Web Consortium (W3C), uma entidade -formada por centenas de companhias- que tem por objetivo promover a evolução da rede mundial.
Em 1976, quando os projetos de computadores pessoais apenas engatinhavam, Dertouzos afirmou que, na metade da década de 90, três em cada quatro casas dos EUA teriam um micro. Passou perto. Hoje, mais da metade dos americanos têm pelo menos acesso à rede.

No período em que o Dertouzos liderou o laboratório do MIT, foram produzidas diversas inovações, como um sistema de encriptação que protegia dados e facilitava o compartilhamento seguro de informações.

 

 

Além disso, foi um defensor de que a tecnologia deveria servir as pessoas, não o contrário, e buscou torná-la acessível para públicos não especializados. “Cometemos um grande erro há 300 anos, quando separamos a tecnologia do humanismo. É hora de uni-los novamente”, declarou Dertouzos, em 1997, para a revista Scientific American.

Dertouzos é autor de oito livros. Entre eles, o best-seller “O Que Será”, de 1997, em que fala sobre a questão da privacidade e da liberdade de expressão na internet.

Segundo Gates, fundador da Microsoft, uma das maiores conquistas de Dertouzos foi “compreender como ninguém no seu campo que a tecnologia, sobretudo a computação, deve servir às necessidades das pessoas, não o contrário”.

O empresário americano descreve Dertouzos como o “primeiro tecnólogo humanista”, porque “acreditava que a tecnologia não tinha valor a menos que melhorasse a vida, a comunicação, o trabalho e o ócio das pessoas”.

Dertouzos escreveu oito livros. Em What Will Be: How the New World of Information Will Change Our Lives (O que vai acontecer: como o novo mundo da informação vai mudar nossas vidas, em tradução livre), o cientista da computação previu que a internet se tornaria um mercado da informação, onde pessoas e seus computadores iriam comprar, vender e trocar informações livremente.

Em finais dos anos 1970, Dertouzos previu que haveria um computador individual em uma de cada quatro residências em 1990. Também descreveu como seria uma rede como a internet e falou da “quarta revolução” tecnológica.

 

 

“As três primeiras revoluções socioeconômicas se baseiam em coisas: o arado da revolução agrária, o motor da revolução industrial e o computador da revolução da informação”, escreveu em 1999. “Talvez tenha chegado o momento em que o mundo considere uma quarta revolução, que não esteja ligada a objetos, mas sim a entender o recurso mais valioso da Terra: nós mesmos.”

 

Michael Dertouzos faleceu no dia 27 de agosto de 2001, vítima de parada cardíaca, aos 64 anos.

Segundo o MIT, Dertouzos foi “um pioneiro da tecnologia” acessível para as pessoas. A revista Time descreveu Dertouzos como o “cientista da computação mais famoso do mundo”.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia – NOTÍCIAS / TECNOLOGIA – 5 nov 2018)
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