McCoy Tyner, pianista americano, lenda da história do jazz, foi integrante do célebre quarteto de John Coltrane nos anos 60

0
Powered by Rock Convert

Pianista McCoy Tyner, lenda da história do jazz

Integrante do clássico e célebre quarteto do saxofonista John Coltrane nos anos 60, ele influenciou dez entre dez expoentes do instrumento

 

McCoy Tyner, importante pianista de jazz.s — (Foto: Reprodução/Instagram/McCoyTyner)

 

O ilustre músico foi um dos maiores pianistas do gênero

 

Pianista era um dos maiores nomes do jazz moderno e acompanhou Jonh Coltrane no quarteto e na carreira solo.

 

 

Alfred McCoy Tyner (Filadélfia, Pensilvânia, 11 de dezembro de 1938 – 6 de março de 2020), foi um dos pianistas mais importantes da história do jazz, foi integrante do clássico quarteto do saxofonista John Coltrane.

 

O pianista McCoy Tyner foi fundamental para o resultado final de alguns dos discos seminais do século 20, A Love Supreme (1965) e My Favorite Things (1960). Mas Tyner tocou apenas cinco anos com Coltrane. Deixou o grupo do saxofonista quando este partia para experiências sonoras mais radicais, acrescentando percussionistas ao grupo.

 

McCoy Tyner começou a tocar com 13 anos, e teve a sorte e o privilégio de ter como vizinho Bud Powell, um dos maiores pianista o jazz, considerado o Charlie Parker do be bop. McCoy Tyner gostava de contar que costumava andar com Bud Powell, apesar da diferença de idade (era 14 anos mais jovem), e do dia em que Powell foi a sua casa, e tocou em seu piano.

 

Nos anos 60, Tyner foi um dos pilares do lendário quarteto de John Coltrane. Seu estilo percussivo de tocar o teclado, e o virtuosismo lírico de suas improvisações fizeram dele uma figura seminal que influenciou dez entre dez pianistas do gênero, colocando-o ao lado de Bill Evans e Herbie Hancock como um dos gigantes do instrumento.

 

McCoy Tyner nasceu em 11 de dezembro de 1938 na Filadélfia e começou a estudar piano aos 13 anos. Alfred Tyner, seu nome de batismo, tinha 21 anos quando o grande John Coltrane o convidou para se tornar um membro do seu aclamado  quarteto. Juntos, eles gravaram álbuns clássicos como My favorite things e Love Supreme.

O pianista também lançou diversos álbuns solos por gravadoras como a Blue Note. Começando pelo seu LP em 1962, Inception. Em 1965, Tyner deixou o grupo de Coltrane e foi tocar com grandes músicos da época, como Art Blakey, Carlos Santana, Donald Byrd, Grant Green, Lee Morgan, Stanley Clarke e Wayne Shorter.

A espiritualidade foi uma marca importante na vida do pianista. Aos 18 anos, Tyner – de origem cristã – se converteu ao islamismo. Ele dizia que a fé foi um elemento essencial de sua música. “Minha religião ensina a paz, o amor de Deus e a unidade do ser humano. Essa mensagem naturalmente afetou minha música.”

 

A discografia solo de McCoy Tyner é imensa, reunindo ao que ele gravou com alguns dos mais importantes nomes do jazz, é quilométrica. Aliás tocar como acompanhante de gente de talento foi uma de suas táticas quando aprenda piano: “Foi assim que aprendi quando no começo. Tocava com músico que eu achava que poderiam me ensinar alguma coisa. Colava neles o tanto quanto era possível, também com caras da minha geração. Mas a maioria era de caras mais velhos que eu”.

 

 

COLTRANE

 

 

McCoy Tyner não escondia que se orgulhava de ter participado do quarteto de John Coltrane com o contrabaixista Jimmy Garrison e o baterista Elvin Jones, em entrevista ao crítico Ben Sidran (publicada em livro), ele comentou sobre sua participação um dos grupos mais criativos da história da música do século 20:

 

“Foi uma experiência que não consigo mesmo descrever. É muito complicado definir o tipo de efeito que teve em mim. Sim, porque era um nível criativo muito alto. A dedicação de cada um, o fato que não havia imposição de egos. Era basicamente a música que importava. E, claro, John era um músico muito, mas muito, dedicado, e tê-lo à frente do grupo, sob sua liderança foi muito bom. Nem penso muito nisso. Sei que foi algo muito grande, mas quando você faz parte da correnteza, é difícil se perguntar em que é que está envolvido. Você só se dá conta quando pensa no que aconteceu e diz: uau, aquilo foi fantástico”.

 

Porém McCoy Tyner (que se apresentou na Igreja da Sé, em 2010, na programação do festival Mimo), ao deixar John Coltrane procurou seguir seu próprio e influente caminho, como comentou em entrevista ao The Times, de Londres em 2013: “Não tento repetir o passado, porque ele já foi feito. Sempre procuro olhar pra frente e tentar ver qual que virá”.

Tyner veio algumas vezes ao Brasil, inclusive na Virada Cultural de São Paulo em 2012, quando tocou com o saxofonista Lou Donaldson.

Ao lado de Bill Evans e Herbie Hancock, McCoy é considerado um dos maiores músicos de jazz e piano do século XX.

McCoy Tyner faleceu em 6 de março de 2020. Tyner tinha 81 anos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.655 – 11 DE MARÇO de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 33)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2020/03/06 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por G1 – 

(Fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/cultura/2020/03 – JC – Uol / CULTURA / Por José Teles – 07/03/2020)

(Fonte: https://veja.abril.com.br/entretenimento – ENTRETENIMENTO / Por Redação – 6 mar 2020)

Powered by Rock Convert
Share.