Marko Feingold, foi o mais antigo sobrevivente austríaco do Holocausto, ajudou 100 mil judeus a emigrar para a Palestina

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O sobrevivente mais velho do Holocausto

Marko Feingold ajudou 100 mil judeus a emigrar para a Palestina

 

 

Sobreviveu a quatro campos de concentração nazista

 

 

Marko Feingold (28 de maio de 1913 – 19 de setembro de 2019), austríaco sobrevivente mais velho dos campos de extermínio nazistas.

 

 

Feingold conseguiu escapar de quatro campos de concentração e, apesar da idade, sempre participava de conferências e realizava palestras em escolas sobre o nazifascismo. Nascido em 28 de maio de 1913, o austro-húngaro foi deportado para Auschwitz em 1940, após ser preso em Praga. Lá, ele recebeu o número 11.996, mas logo depois foi levado para outros dois campos, em Dachau e Buchenwald.

 

No último, ele trabalhava como pedreiro, atividade que lhe garantiu a sobrevivência. Em maio de 1945, conseguiu ser libertado pelas forças americanas e, como foi impedido de ir para Viena, ficou em Salzburgo. Logo depois da guerra, Feingol conseguiu criar um caminho que serviu para 100 mil judeus emigrar para a Palestina através do território italiano.

Único sobrevivente da sua família, deixa Buchenwald, libertado pelos norte-americanos, em maio de 1945 e, impossibilitado de ir para Viena como desejava, estabelece-se em Salzburgo, onde presidiu à pequena comunidade judaica da cidade e viveu até à morte.

 

 

Após a guerra e até 1947 organizou uma rede que permitiu a “100.000 judeus emigrarem para a Palestina” através de Itália.

 

 

Mas Marko Feingold recusou deixar a Áustria, apesar das dificuldades encontradas quando regressou ao país, onde o antissemitismo estava ainda muito presente.

 

 

“Era impossível encontrar emprego. Quem tivesse vindo dos campos era forçosamente um criminoso. Então tive de começar um negócio”, contou à AFP. Criou uma loja de roupa e prosperou.

 

 

A Áustria foi tardia em reconhecer o seu papel no Holocausto, mas desde o final da década de 1990 tem feito um significativo trabalho de memória e Marko Feingold foi alvo de honras oficiais no seu país.

 

O antigo chanceler austríaco conservador Sebastian Kurz considerou que Feingold tinha uma “personalidade incrivelmente impressionante” e que a sua experiência mostrava ser nossa “responsabilidade nunca esquecer as atrocidades nazis”.

 

Feingold faleceu em 19 de setembro, aos 106 anos, informou a Comunidade Judaica de Viena (IKG).

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS / MUNDO – 20 SET 2019)

(Fonte: https://www.dn.pt/mundo – MUNDO / DN/Lusa – 20 Setembro 2019)

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