Mário Ottoboni, idealizou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado, modelo de prisão em que detentos têm chave da cela

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Foi o criador de modelo de prisão em que detentos têm chave da cela

Mário Ottoboni idealizou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado; no Brasil, há cerca de 80 unidades do tipo em 4 Estados

 

 

Mário Ottoboni (Barra Bonita em 1931 – São José dos Campos, São Paulo, 14 de janeiro de 2019), advogado, criador de um sistema prisional humanizado e sem polícia.

 

 

Fundador da APAC

Mario Ottoboni fundou em 1972 a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). Por esse sistema, os próprios detentos se tornavam responsáveis pela recuperação, auxiliando na segurança e na disciplina do presídio. Foram abertas mais de 100 unidades com esse modelo no Brasil e em mais 18 países, como Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra.

 

Ottoboni foi o idealizador do método Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), em que os próprios detentos assumem a gerência das unidades e têm as chaves das celas.

 

Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o custo do preso é 50% menor do que nas prisões comuns e não são admitidos integrantes de facções criminosas. O índice de fugas é próximo de zero e estudos realizados pelo TJ de Minas, Estado com maior número de unidades, mostram grande queda de reincidência entre os egressos.

Na Apac, não há agentes armados e os próprios detentos dividem as tarefas, incluindo a produção de alimentos e o preparo das refeições. Pelo sistema passaram figuras conhecidas, como o publicitário Marcos Valério, operador do mensalão do PT, e o goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte da ex-namorada Eliza Samúdio.

 

O método foi exportado para países como Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, País de Gales, Nova Zelândia e Noruega. No Brasil, funcionam cerca de 80 unidades em quatro Estados. O modelo foi reconhecido pelo Prison Fellowship International, que atua como órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos penitenciários, como alternativa para humanizar a execução da pena.

 

 

Nascido na colônia italiana de Barra Bonita em 1931, Ottoboni mudou-se para São José dos Campos com a família aos 14 anos. Após concluir os estudos, além da advocacia, dedicou-se ao teatro e escreveu mais de 30 livros. Em 1972, fundou a primeira unidade da Apac na cidade. Ele também foi presidente do Esporte Clube São José.

 

 

 

 

Mario Ottoboni, primeiro presidente do São José EC

Ottoboni foi um dos responsáveis pela construção do estádio Martins Pereira, em 1970

 

O primeiro presidente do São José EC, Mario Ottoboni, presidiu a Águia do Vale entre 1964 e 1971. Foi um dos principais responsáveis pela construção do estádio martins Pereira, em 1970. No aniversário de 48 anos da construção do estádio, Ottoboni foi homenageado.

 

 

O cartola assumiu quando ainda se chamava EC São José, o Formigão do Vale. Ele foi o responsável pela profissionalização da equipe junto à Federação Paulista de Futebol. A partir daí, o time passou a disputar torneios estaduais.

Mário Ottoboni, ex-presidente, do São José EC — (Foto: Divulgação/São José EC)

 

 

 

Ottoboni morreu em 14 de janeiro, aos 88 anos, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Ele estava hospitalizado e não resistiu a uma pneumonia.

O sepultamento foi no Cemitério Padre Rodolfo Komorek, no centro da cidade.

(Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS / GERAL / Por José Maria Tomazela, O Estado de S. Paulo – SOROCABA – SÃO PAULO – 14 Janeiro 2019)

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia – VALE DO PARAÍBA E REGIÃO  / Por GloboEsporte.com — São José dos Campos – 14/01/2019)

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