Mário Alberto Cardoso da Silva Neto, pesquisador do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ

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Cientista responsável por uma das redes de pesquisa em zika da Faperj

Mário Alberto Cardoso da Silva Neto, pesquisador da UFRJ – (Foto: Reprodução internet)

Mário Alberto Cardoso da Silva Neto (Piauí, 1967 – 12 de maio de 2017), pesquisador do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ

Professor associado do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, foi chefe do Laboratório de Sinalização Celular, diretor-geral do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis e membro do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG).

Seus cursos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado foram todos realizados  na UFRJ. Pesquisador do CNPQ e da FAPERJ, recebeu os prêmios Antônio Luís Vianna (FUJB/UFRJ, 1999), Jovem Cientista do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ, 2000) e Gorgas (American Society of Tropical Medicine and Hygiene, 2001). Referência em Química Biológica, dedicou-se a identificar e compreender os mecanismos de sinalização celular potencialmente capazes de bloquear a transmissão de arboviroses vetorizadas por Aedes aegypti.

Neto coordenava uma das redes de pesquisa de um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) para estudo de zika, chicungunha e dengue, feito para responder à epidemia de zika no país.

O cientista, que se formou em Biologia pela UFRJ, virou professor da instituição em 1997 e iniciou sua carreira científica no Departamento de Bioquímica Médica da universidade. Ao longo de sua carreira, Neto desenvolveu importantes estudos relacionados à transmissão da doença de Chagas e da dengue. Em sua produção, abordou a identificação de novos imunomoduladores da transmissão de doenças por organismos hematófagos (que se alimentam de sangue). Nesse período, publicou mais de 50 artigos em revistas do mundo todo.

Nascido no Piauí, o pesquisador foi diretor do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM/UFRJ) de 2011 a 2014, e atuou também em trabalhos voltados diretamente para a sociedade. Entre seus projetos de extensão, o biólogo promoveu cursos de ciência para alunos e professores da rede pública e buscou identificar jovens com potencial em escolas públicas do Rio. Além disso, Neto produziu em seu grupo de pesquisa materiais destinados a uma maior conscientização sobre temas científicos, como uma revista em quadrinhos sobre o centenário da doença de Chagas.

Descrito por colegas como uma pessoa bem humorada e disposta, a relação do pesquisador com a Faperj rendeu frutos. No ano 2000, o cientista foi agraciado com o prêmio Jovem Cientista do Estado do Rio de Janeiro, concedido pela instituição. A partir de 2016, começou a comandar uma das redes de pesquisas sobre arboviroses da Faperj. O programa da instituição, que reúne 325 pesquisadores de diversos centros de pesquisa do Rio, desenvolve trabalhos importantes para o combate das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Mário Alberto Cardoso da Silva Neto morreu em 12 de maio de 2017, aos 50 anos, após um longo tratamento contra um tumor.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade – SOCIEDADE/ POR O GLOBO – 12/05/2017)

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