Maria Callas, cantora lírica, foi considerada um ícone quando o assunto é elegância e estilo

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Maria Callas: mistura de estilo, elegância com dramaticidade

Azar no amor e problemas de saúde marcaram a vida da estrela da ópera

 

Diva Maria Callas (Imagem: Divulgação)

 

Maria Callas (Nova York, 2 de dezembro – Paris, em 16 de setembro de 1977), cantora lírica, estrela e diva da ópera

Nascida Maria Anna Sophie Cecilia Kalogeropoulos em Nova York, filha de pais gregos, sua presença dramática e emotiva dentro e fora dos palcos fascinava as multidões, fosse pela profundidade de sua emoção nos papéis que desempenha ou por sua tumultuada vida íntima.

Diva da música clássica foi disputada por Dior, Balmain e Yves Saint Laurent, tendo caso amoroso explosivo com o magnata da navegação Aristóteles Onassis. Inicialmente o caso foi mantido em segredo, já que ambos eram casados, mas assim que se viram livres para casar Callas sofreu um golpe doloroso e chocante, já que Onassis preferiu Jacqueline Kennedy, a viúva de John F. Kennedy.

Tendo começado a estudar canto aos oito anos, Callas viajou com os pais para a Grécia, aos 13, e começou a ter aulas no Conservatório de Atenas com o soprano espanhol Elvira de Hidalgo. Sua carreira profissional começou em 1941 e se intensificou na década seguinte, quando ela se consagrou combinando no palco a voz expressiva com um raro talento dramático. A cantora já estava casada com o industrial italiano Giovanni Meneghini, 30 anos mais velho, que se tornou seu empresário, responsável, segundo alguns, pela agenda artística excessivamente cheia da mulher.

Meneghini apresentou Callas ao milionário grego Aristóteles Onassis em 1959. No mesmo ano, a esbelta cantora, que chegara a pesar 110 quilos no início da carreira, separou-se do marido e iniciou o namoro com Onassis. Foi quando começou a sofrer dos problemas vocais que praticamente acabaram com sua carreira, só retomada esporadicamente e sem o mesmo brilho de antes. Seu último papel palco foi Tosca, em 1965. O namoro com Onassis, que nunca se transformou em casamento, acabou em 1968, deixando o milionário livre para iniciar o romance com Jacqueline, ex-Kennedy. Callas teve então um confuso relacionamento com o diretor Pier Paolo Pasolini e estrelou seu filme “Medeia”, de 1970. Nos últimos anos de vida, dedicou-se ao ensino do canto.

A voz a abandonou no auge da carreira, seus romances nunca deram certo, seu temperamento era complicado, mas a estrela acumulava uma multidão de fãs no mundo inteiro.

Drama foi o que não faltou na biografia de Maria Callas. A começar pelo fim de seu romance com o magnata grego Aristóteles Onassis, que trocou a diva da ópera do século XX por Jacqueline Kennedy, viúva do ex-presidente americano. Não bastassem seus altos e baixos amorosos, a soprano americana, de origem grega, tinha uma conturbada relação com o espelho.

Na adolescência, ultrapassou os três dígitos na balança — até submeter-se, em 1954, a um regime rigoroso que a fez perder 30 quilos. Callas também implicava com o próprio nariz, roía as unhas e sofria com acne. Mesmo assim, a diva, que completaria 90 anos no dia 2 de dezembro, ainda é (merecidamente) considerada um ícone quando o assunto é elegância e estilo.

A excêntrica editora de moda Diana Vreeland adorava Callas, a ponto de ter fotos da cantora nas paredes de seu escritório. As duas, que não eram amigas próximas, se conheceram em um almoço de Ação de Graças, nos Estados Unidos. Diana ficou encantada com a soprano, que, segundo ela, era uma mulher tão real “que sabia usar garfo e faca”.

Dior, Balmain, Yves Saint Laurent, todas as grandes marcas disputavam a preferência da diva, seja no palco ou fora dele. Seu guarda-roupa, de tão “grifado”, mereceu destaque na exposição “Maria Callas: a mulher, a voz, a lenda”, que rodou algumas cidades do mundo sob o comando de Bruno Tosi, presidente da Associação Cultural Maria Callas.

Em 1953, Callas foi aconselhada pelo costureiro milanês Birki a emagrecer para caber nos glamourosos figurinos criados para seus espetáculos. Ela, então, aceitou o desafio de perder, em no máximo um ano, cerca de 30 dos pouco mais de cem quilos que tinha — mesmo que tivesse que sacrificar sua saúde, com hormônios e remédios controlados capazes de alterar seu humor e sua voz.

Luvas, leques de penas, chapéus e pérolas também faziam parte do copiado estilo da cantora, que ainda continua influenciando os grandes criadores de moda. Domenico Dolce e Stefano Gabbana usaram a soprano como musa inspiradora da coleção de inverno 2009 da D&G — seu rosto foi até estampado numa camiseta da grife.

Callas também sabia usar a maquiagem a seu favor. Para disfarçar as proporções de seu nariz, o make ganhava foco nos olhos, com o traço gatinho como favorito. O resultado era um rosto ainda mais marcante, que ajudava aumentar a carga dramática de sua interpretação nas óperas que estrelava.

Filha de imigrantes gregos, o soprano Maria Callas nasceu em Nova York, cantou óperas e morreu em Paris, em 16 de setembro de 1977, aos 53 anos, de problemas cardíacos.

Callas morreu subitamente em seu apartamento de Paris.

(Fonte: http://ela.oglobo.globo.com/moda/cultura- MODA – RIO DE JANEIRO – 2 de dezembro de 2013)

(Fonte: https://musica.uol.com.br/noticias/reuters/2017/06/01 – ENTRETENIMENTO – MÚSICA/ Por Deborah Kyvrikosaios /Atenas (GRE) – REUTERS – 01/06/2017)

(Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos – Cultura – FATOS HISTÓRICOS – 24/09/13)

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