Márcia Lage, carnavalesca que ao lado do marido, Renato Lage, foi um dos grandes nomes do carnaval do Rio de Janeiro nas últimas décadas, teve forte contato com o carnaval na Escola de Belas Artes, quando foi aluna de grandes carnavalescos do Rio de Janeiro, como Fernando Pamplona, Maria Augusta, Marie Louise Nery e Rosa Magalhães

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Márcia Lage, carnavalesca da Mocidade

Márcia Lage foi um dos grandes nomes do carnaval carioca nas últimas décadas. Com passagem por Portela, Mangueira, Salgueiro, Grande Rio, entre outras escolas de samba, a carnavalesca havia voltado à Mocidade para o carnaval de 2025.

Márcia e Renato Lage também passaram pela Portela — (Foto: Portela/Divulgação)

 

 

Márcia Lage (nasceu em 27 de fevereiro de 1960 – faleceu em 19 de janeiro de 2025, no Rio de Janeiro), carnavalesca que ao lado do marido, Renato Lage, foi um dos grandes nomes do carnaval do Rio de Janeiro nas últimas décadas. A dupla fez sucesso na Mocidade, onde o marido assinou os desfiles campeões em 1990, 1991 e 1996.

A última vez em que Renato e Márcia estiveram à frente do carnaval da Verde e Branco de Padre Miguel foi em 2002 com o enredo “O Grande Circo Místico” que rendeu à escola o 4º lugar no carnaval daquele ano.

Além da Mocidade, Márcia e Renato fizeram sucesso no Salgueiro, onde foram vice-campeões em 2008, 2012, 2014 e 2015. Márcia também trabalhou na Portela, Império Serrano, Mangueira, Grande Rio e outras escolas, em mais de 30 anos de carreira.

Ao longo dos anos, Márcia também foi a responsável por produzir desfiles no carnaval de São Paulo, com passagens pelo Império da Casa Verde e Vai Vai.

No início de 2025, Márcia e Renato participaram de um quadro no RJ1, quando comentaram sobre o carnaval desse ano e explicaram o enredo da Mocidade, que vai levar para a avenida um pedido de conscientização da humanidade pelo seu próprio futuro.

O enredo é “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”, que conta com uma viagem intergaláctica para se reconectar com seu brilho.

Grande nome do carnaval

Márcia Leal de Souza Lage, nasceu em 27 de fevereiro de 1960 e teve forte contato com o carnaval na Escola de Belas Artes, quando foi aluna de grandes carnavalescos do Rio de Janeiro, como Fernando Pamplona, Maria Augusta, Marie Louise Nery e Rosa Magalhães.

Em 1981, Márcia foi convidada por Rosa para trabalhar no Império Serrano. Ainda como assistente, Lage trabalhou no Salgueiro e na Tradição.

Ela também atuou como cenógrafa de televisão, antes de conhecer Renato Lage e começar a trabalhar como assistente do carnavalesco, em 1990.

Junto com Renato, Márcia ficou na Mocidade por 12 carnavais. Em seguida, a dupla foi contratada pelo Salgueiro, onde assinaram juntos os carnavais entre 2003 e 2008.

Em 2009, Márcia saiu da escola para assinar sozinha o desfile da Império Serrano, onde foi campeã no grupo de acesso A.

Em 2010, foi para a Mangueira, a convite de Ivo Meirelles, mas foi demitida meses depois.

Em 2011, Márcia retornou ao Salgueiro para cuidar, ao lado do marido, de todo o projeto de cenografia e de fantasias da escola. Os dois assinaram os carnavais da vermelho e branco da Tijuca até 2017. Ela também assinou dois carnavais na Grande Rio (2018 e 2019), além de três carnavais na Portela (2020, 2022 e 2023).

Ao lado do marido Renato Lage, Márcia voltou para a escola da Zona Oeste em 2024 e comandaria o carnaval da verde e branco de 2025.

Márcia Lage morreu na manhã do domingo (19), no Rio de Janeiro, vítima de leucemia aos 64 anos. A Mocidade Independente de Padre Miguel postou em suas redes sociais um comunicado lamentando a morte da carnavalesca.

“Márcia colocou o seu talento a serviço da Mocidade por diversos carnavais. Novamente, em trabalho conjunto com Renato Lage, ela assina o carnaval de 2025. Comunicamos o luto e a suspensão das nossas atividades sociais por tempo indeterminado, incluindo o ensaio de rua de hoje”, informou a escola.

O intérprete da Mocidade, Zé Paulo Sierra, postou em suas redes sobre Márcia e prometeu um desfile em sua homenagem.

“Descanse em paz, Márcia. Seguiremos honrando seu trabalho todos os dias, e até o desfile faremos muito mais por você. Que Deus te receba na luz e conforte nossos corações.”, escreveu Zé Paulo Sierra.

Fabíola de Andrade, rainha de bateria da Mocidade, também prestou sua homenagem a carnavalesca da escola.

“Márcia Lage, sua partida deixa um vazio profundo em nossos corações, mas sua luz e legado permanecerão eternamente em nossas memórias. Que sua jornada seja de paz, e que, de alguma forma, possamos continuar a honrar sua vida com amor e gratidão. Descanse em paz”.

Governador lamenta

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), divulgou uma nota lamentando a morte de Márcia Lage. Castro disse que a carnavalesca foi “essencial para o brilhantismo do Carnaval do Rio de Janeiro”.

“É com grande tristeza que recebo a notícia do falecimento da carnavalesca Márcia Lage, aos 64 anos. Márcia foi uma artista grandiosa e essencial para o brilhantismo do Carnaval do Rio de Janeiro, contribuindo com importantes escolas de samba. Sua criatividade e talento deixaram um legado inesquecível nos desfiles e nas nossas tradições.

Seu trabalho faz parte da história cultural do nosso estado e continuará vivo nas memórias de todos que amam o Carnaval.

Minhas condolências à família, amigos e ao povo do samba e da Mocidade Independente de Padre Miguel, onde Márcia mais uma vez assina o Carnaval deste ano ao lado do marido, Renato Lage”, escreveu Cláudio Castro.

O velório de Márcia Lage foi no Cemitério e Crematório Memorial do Carmo, no Caju.

(Direitos autorais reservados: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2025/noticia/2025/01/19 – Globo Notícias/ RIO DE JANEIRO/ CARNAVAL/ Por Enildo Viola, g1 Rio e TV Globo – 19/01/2025)

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