Luiz Melodia, um dos grandes compositores do Brasil, autor de sucessos como “Pérola Negra” e “Estácio, Holly Estácio”,

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Compositor de ‘Pérola Negera’ e outros grandes sucessos

Luiz Melodia

Cantor e compositor Luis Melodia em 2012 (Foto: FALEX SILVA/ESTADAO)

 

Luiz Melodia (Estácio, Rio de Janeiro, em 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017), cantor, compositor e músico carioca, foi um dos grandes compositores do Brasil, autor de sucessos como “Pérola Negra” e “Estácio, Holly Estácio”, conhecido por mesclar o samba ao suingue do soul em um modo original de compor e interpretar. Ele era dono de um estilo único e uma das vozes mais marcantes da MPB.

Melodia foi muito influenciado pela Jovem Guarda, principalmente por Roberto Carlos. Sua carreira musical começou em 1963, com o cantor Mizinho. Enquanto dava seus primeiros passos nos palcos, ele trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos. Em 1964, Melodia formou o conjunto musical Os Instantâneos.

 

 

Luiz Melodia, aos 21 anos, em 1972 (Foto: Arquivo/ Agência O Globo)

 

 

Trajetória

Carioca nascido no Morro do São Carlos, do Estácio, Região Central do Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1951, Luiz Carlos dos Santos herdou o dom musical do pai, o sambista Oswaldo Melodia.

Ele imortalizou sua ligação afetiva com o local na canção “Estácio, Holly Estácio”, na qual destacava que “se alguém quer matar-me de amor, que me mate no Estácio”.

O pai, no entanto, se opôs de início à carreira musical, que começou mais voltada para a bossa nova e a jovem guarda, até que, depois de chamar a atenção dos poetas Waly Salomão e Torquato Neto, compôs “Pérola Negra”, gravada por Gal Costa no disco “Gal a Todo Vapor”, de 1972. Pouco depois, “Estácio, Holly Estácio” ganhou interpretação de Maria Bethânia no disco “Drama”.

Saiu em 1973 o disco de mesmo nome, já com o nome artístico de Luiz Melodia, emprestado do pai do músico. Os discos seguintes consolidaram sua carreira de artista que transitava entre o samba e o soul. Mantendo a irreverência do garoto que tocava iê-iê-iê no berço do samba, Melodia ganhou logo o rótulo de “maldito”, dado a artistas que não obedeciam as regras da indústria.

Entre os anos 1990 e a primeira década do novo século, Melodia foi alternando momentos de evidência com outros de discreta hibernação. De vez em quando, um hit saltava de seus álbuns e o repunha no tablado. Em meados de 2006, convidado para fazer um show especial para o aniversário de 70 anos do Teatro Rival, escolheu um repertório somente com sambas antigos, em homenagem ao pai. O show resultou no delicado “Estação Melodia”, com clássicos de Noel Rosa, Jamelão, Ismael Silva, Wilson Batista, entre outros.

Depois de 13 anos sem um disco de inéditas, Melodia lançou em 2014 seu último trabalho, “Zerima”, uma volta ao samba suingado que sempre foi sua marca.

Luiz Melodia morreu aos 66 anos, em 4 de agosto de 2017. Ele estava internado no hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro, e sofria de um câncer na medula óssea.

(Fonte: https://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2017/08/04 – ENTRETENIMENTO – MÚSICA/ Do UOL, em São Paulo – 04/08/2017)

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – Nº 18.848 – 5 e 6 de agosto de 2017 – TRIBUTO – Pág: 34)

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