Luiz Cavalcante, ex-governador de Alagoas (1960/65)

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O reconhecimento da primeira experiência alagoana – e uma das primeiras do país – de planejamento sistemático.

Luiz Cavalcante (Rio Largo, 18 de junho de 1913 – Brasília (DF), 30 de setembro de 2002)ex-governador de Alagoas (1960/65)

O governo Luiz Cavalcante conseguiu dar uma estruturação ao Estado com a criação de órgãos importantes como o Banco da Produção, a Companhia de Abastecimento D’água e Saneamento (Casal) e a Companhia de Eletricidade de Alagoas (Ceal).

Após ser eleito democraticamente, em 1960, adotando um tom de apaziguamento em meio à atmosfera de violência política no Estado, Luiz Cavalcante retomou o clima de desenvolvimento que contaminava o país e Alagoas desde o início da década 1950, quando a surpreendente vitória do jornalista Arnon de Mello para o governo abriu, literalmente, novas estradas para a modernização de Alagoas.

Quando Arnon de Mello, por sugestão do seu assessor, Lincoln Cavalcante, irmão mais novo de Luiz, chamou-o para dirigir a Comissão de Estradas e Rodagens (atual DER), o engenheiro Luiz Cavalcante não só teve a chance de regressar a Alagoas como de iniciar sua carreira na administração pública do Estado.

À frente de obras como a pavimentação da estrada Maceió /Palmeira dos Índios, um dos principais marcos do governo Arnon de Melo, Cavalcante logo conquistou a simpatia dos alagoanos. Viajando por quase todo o Estado, ele não só firmou sua reputação pelo rigor na construção de cada quilômetro como pela simplicidade com que participava das atividades culturais e esportivas dos trabalhadores. Sua liderança o tornou tão popular que, ao deixar a direção da CER, candidatou-se e foi eleito deputado federal. Aproveitando o clima de polarização política da época durante o governo Muniz Falcão, Luiz Cavalcante apresentou-se, em 1960, como uma candidatura alternativa ao governo pelo Partido Libertador, elegendo-se para o período de 1961-1965 e tendo como vice Teotônio Vilela, pai do atual governador do Estado.

Após assumir o governo em 31 de janeiro de 1961, o Major Luiz, como era conhecido, logo imprimiu um novo estilo no Palácio dos Martírios. Em vez de perder tempo e energia com os cruentos embates políticos e familiares do Estado, elaborou um plano trienal de governo com o suporte de uma equipe de jovens talentos recém-formados.

Para a elaboração do plano trienal, o governador enviou sua equipe a São Paulo para contar com a consultoria da equipe de técnicos que fez parte do governo paulista Carvalho Pinto, cujo Plano de Ação do Governo do Estado (PAGE) foi pioneiro no planejamento orçamentário e estabelecimento de metas dos vários setores da administração pública.

O monitoramento da execução das metas do plano era realizado diretamente pelo governador em reuniões com o secretariado. 

Enquanto o governo do Major montava a infraestrutura do Estado, a renúncia de Jânio Quadros prenunciava nuvens negras na política nacional que culminaria, em 1964, com o Golpe Militar que destituiu João Goulart da presidência. Militar por formação, Luiz Cavalcante aderiu ao movimento e permaneceu à frente do governo, o que até hoje faz com que muitos jovens ignorem que ele foi eleito pelo voto popular em Alagoas – e não assumiu como interventor indicado pelo regime militar.

Felizmente, o balanço do seu governo foi documentado em detalhes e com transparência por meio de uma iniciativa pioneira ao fim do mandato. O governador Luiz Cavalcante determinou a criação de um Grupo de Coordenação dos Relatórios Administrativos destinado a elaborar um documento básico de análise administrativa relativo ao seu governo.

Publicado no Diário Oficial com o título de Súmula de Realizações e Breve Diagnóstico Administrativo do Governo Luiz Cavalcante, o documento traz não apenas uma prestação de contas do que conseguiu realizar, como um diagnóstico para os seus sucessores.

Durante o plano trienal do Governo Luiz Cavalcante, Alagoas viveu uma das fases mais prósperas de investimentos governamentais.

Após deixar o governo, Cavalcante foi eleito deputado federal e senador por dois mandatos.

Luiz Cavalcante faleceu em 30 de setembro de 2002, aos 89 anos em Brasília (DF), depois de passar 21 dias na UTI 

 

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/interna/0,,OI55692-EI323,00- Notícias – Eleições – Alagoas – 1º de outubro de 2002)

(Fonte: http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=227599 – CADERNOS – Por: RADJALMA CAVALCANTE E FELIPE CAVALCANTE – Edição de 03 de Agosto de 2013)

 

 

 

 

 

 

 

 

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