Sociólogo Luís Salgado de Matos, foi autor de uma biografia do cardeal Cerejeira
Luís Salgado de Matos, jurista, sociólogo e investigador jubilado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Luís Salgado de Matos (Lisboa em 1946 – 16 de fevereiro de 2021), jurista, sociólogo e investigador, especializado em temas relacionados com o Estado, com as Forças Armadas e com a Igreja Católica.
O professor e investigador jubilado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa foi autor de livros como A Separação do Estado e da Igreja e da biografia Cardeal Cerejeira, e era formado em Direito (1969) e doutor em Sociologia Política (2000) pela Universidade de Lisboa.
Nascido em Lisboa em 1946, Luís Salgado de Matos era licenciado em Direito e doutorado em Sociologia Política pela Universidade de Lisboa.
Foi secretário de Estado da Economia do Governo de Transição de Moçambique (1974-1975), consultor do ministro da Defesa Nacional, Júlio Castro Caldas, no segundo Governo liderado por António Guterres (1999-2001), e consultor e do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio (2001-2006).
Na sua obra publicada, têm especial relevo os domínios das relações entre o Estado e a Igreja e do papel político das Forças Armadas, destacando-se “O Estado de Ordens” (2004), “Como evitar golpes militares” (2008), “A separação do Estado e da Igreja” (2011) e “Cardeal Cerejeira” (2018). Numa reação à notícia no Facebook, o politólogo António Costa Pinto lembra que Salgado de Matos “animou nos últimos anos de atividade acadêmica um grupo de investigação sobre catolicismo”.
É ainda autor do romance “Dra. Helena” (1990), prémio de manuscritos do Diário de Notícias.
Luís Salgado de Matos faleceu em 16 de fevereiro de 2021.
O antigo ministro e dirigente socialista João Soares lamentou esta terça-feira a morte de Luís Salgado de Matos, lembrando a sua prisão pela PIDE em 1965 quando era estudante de Direito. “Acabo de receber a notícia triste da morte do meu velho amigo Luís Filipe Salgado Matos. Conhecemo-nos há muitos, muitos anos. Fomos contemporâneos no Colégio Moderno e na Faculdade de Direito de Lisboa. Seu pai era grande amigo do meu avô João Soares”, escreveu João Soares na rede social Facebook.
(Fonte: https://observador.pt/2021/02/16 – SOCIEDADE / por Agência Lusa – 16 fev 2021)