Luis Posada Carriles, ex-agente cubano da CIA que arquitetou planos para matar Fidel Castro

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Ex-agente cubano da CIA Luis Posada Carriles, fazia parte de um grupo de exilados cubanos que a CIA treinou na década de 1960 para derrubar o governo de Fidel Castro. Havana afirma que durante anos ele arquitetou planos para matar Fidel Castro.

 

 

Luis Posada Carriles, durante coletiva de imprensa em Miami, nos EUA, em 13 de abril de 2011 (Foto: Alan Diaz/AP)

 

Luis Clemente Faustino Posada Carriles (Cienfuegos, Cuba, 15 de fevereiro de 1928 – Miramar, ao norte de Miami, 23 de maio de 2018), ex-agente cubano da CIA, conhecido anticastrista que trabalhou para a CIA e era apontado por Havana como o responsável pelo atentado contra um avião cubano em 1976.

 

O anticastrista foi um um dos mais inflamados e um dos maiores inimigos do regime cubano e ex-agente da CIA, fez da sua vida uma tentativa constante de assassinar o que foi durante décadas presidente do país, Fidel Castro.

No ano 2000, Castro denunciou um plano para assassiná-lo no Panamá, onde participava de uma Cúpula Ibero-Americana.

Carriles foi detido por esse motivo no Panamá, embora a então presidenta, Mireya Moscoso, lhe tenha dado o indulto antes de deixar o comando, após o que viajou para El Salvador e daí entrou nos Estados Unidos em 2005 de maneira ilegal, tendo que enfrentar a justiça deste país.

Foi absolvido em 2011 de 11 cargos de perjúrio, fraude e obstrução de procedimento por um tribunal de migração do Texas e desde então viveu em Miami.

 

Segundo documentos desclassificados do Departamento de Estado, Carriles foi um informante pago da CIA (Agência Central de Inteligência), pelo qual viajou por diferentes países latino-americanos nos quais trabalhou contra os movimentos comunistas e de esquerda.

 

Cuba e Venezuela consideram Carriles o autor intelectual da explosão de um avião comercial de Cubana de Aviación em Barbados em 1976 e tentaram capturá-lo para julgá-lo por terrorismo.

 

Carriles chegou a ficar preso na Venezuela por causa da explosão do avião, mas em 1985 fugiu da prisão, disfarçado e com um documento falso.

 

Havana afirma que durante anos ele arquitetou planos para matar Fidel Castro. O anticastrista também foi acusado de terrorismo por Cuba e pela Venezuela.

Considerado um herói por exilados cubanos e terrorista por Havana, Carriles fazia parte de um grupo de exilados cubanos que a CIA treinou na década de 1960 para derrubar o governo de Fidel Castro. Ao contrário da maioria de seus colegas, ele nunca retornou à vida civil ou renunciou à violência como um meio de provocar uma mudança de regime na ilha

 

Acusação de terrorismo

Caracas o responsabilizou pela explosão de um avião comercial cubano que havia decolado da capital venezuelana em 1976. A ação deixou 73 mortos.
Já Havana lhe atribuiu uma longa série de atos “terroristas”, incluindo ataques a bomba contra hotéis na capital cubana, em 1997, nos quais um turista italiano morreu.
O militante anticastrista nunca foi julgado por esses atos nos Estados Unidos, onde viveu no sul da Flórida até o fim de seus dias.

História

Nascido em Cienfuegos, Cuba, em 15 de fevereiro de 1928, Posada Carriles se opôs ao governo da Revolução cubana desde seu início e fugiu de seu país para os Estados Unidos, onde teria um papel-chave no exílio cubano de Miami.
Em 1961, alistou-se como voluntário para invadir a ilha pela Baía dos Porcos, em uma ação promovida pela CIA. Ele não chegou a entrar em combate, porque a invasão foi rapidamente impedida pelas forças cubanas.

Dois anos depois, ingressou no Exército americano, onde foi treinado em operações de Inteligência.

Na época, a CIA apoiava os esforços dos exilados cubanos para derrubar o governo comunista de Fidel Castro, mas esse apoio ficou menos evidente após a frustrada invasão da Baía dos Porcos e de outros eventos-chave, como a Crise dos Mísseis com a União Soviética, em 1962, ou o assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963.

Por um longo período da Guerra Fria, porém, Posada Carrilles continuou sendo um homem importante para os Estados Unidos e um fator de tensão permanente na relação com Cuba.

Documentos americanos demonstram que Posada Carriles trabalhou para a CIA de 1965 a junho de 1976.

Parte da documentação tornada pública pela CIA, e divulgada pelo Arquivo de Segurança Nacional americano, indica que Posada Carriles ofereceu seus serviços a essa agência, nos anos 1960, para dirigir grupos de exilados que lançariam ações militares contra o governo cubano.

Em uma petição sob o pseudônimo “Pete”, Posada detalha os armamentos e recursos obtidos por vários grupos do exílio cubano para realizar infiltrações militares em Cuba.

Segundo documentação da época, em 1967, o agente deixa Miami rumo à América Latina e, enquanto mantém seus vínculos com a CIA, realiza trabalhos nos anos 1970 e 1980 para os serviços secretos de Venezuela, Guatemala, El Salvador, Chile, Argentina, além de colaborar em armar opositores do governo esquerdista na Nicarágua.

Planos para matar a Fidel

Segundo o governo cubano, Posada planejou assassinar Fidel Castro durante uma visita dele ao Chile, em 1971.

Tratava-se de uma operação “cuidadosamente planejada” pelo então agente da CIA, que mataria Fidel com um revólver escondido em uma câmera cinematográfica.

Ela seria feita por “dois testas de ferro de Posada”, que se passaram por jornalistas venezuelanos no Chile, como contou ao semanário “Granma Internacional” o general Fabián Escalante, então chefe da Segurança do Estado da ilha.

O plano fracassou e Fidel Castro – que sobreviveu a várias tentativas de eliminação por parte de seus inimigos – morreu em 2016, aos 90 anos.

Protegido por sucessivas administrações americanas, Posada Carriles conseguiu escapar durante anos das acusações e dos pedidos de extradição de Cuba e Venezuela.

Em 2005, foi detido nos Estados Unidos acusado de fraude migratória para a obtenção da cidadania, acusações das quais acabou absolvido em 2011.

Posada Carriles faleceu em 23 de maio de 2018, aos 90 anos, enfrentava um câncer na garganta, morreu em sua residência de Miramar, ao norte de Miami.

O advogado Arturo Hernández confirmou a morte de Posada Carriles à agência Associated Press. Ele contou disse que Carriles sofria de um câncer na garganta e chegou a ser operado há dois anos. Ele deixa a mulher e dois filhos.

(Fonte: http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2018/05/23 – Jornal do Brasil – CULTURA – 23/05/2018)

(Fonte: https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida – ESTILO DE VIDA / Por EFE – 23 maio 2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por G1 – 

de acordo com a France Presse

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