Luis García Meza, ex-ditador e militar boliviano, que cumpria uma sentença de 30 anos de prisão por crimes cometidos após o golpe militar que o levou ao poder em 1980

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Ditador militar da Bolívia

Extraditado à Bolívia pelo Brasil em 1995, Meza foi condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de sua ditadura.

 

 

Luis García Meza

García Meza em 1980 (Foto: MICHEL PHILIPPOT / GETTY IMAGES)

 

 

Luis García Meza Tejada (La Paz, Bolívia, 8 de agosto de 1929 – La Paz, 29 de abril de 2018), ex-ditador e militar boliviano que, (governou durante 13 meses entre 1980 e 1981, após ter liderado um golpe de Estado que impediu a subida à presidência de Hernán Siles Zuazo, que vencera as eleições em 1980, período em que morreram e desapareceram vários dirigentes de esquerda).

No dia do golpe morreram políticos, como o jornalista, historiador e líder socialista Marcelo Quiroga Santa Cruz, cujo corpo nunca foi encontrado.

Em 13 meses de regime sanguinário foram registrados 30 assassinatos confirmados e mais de 100 desaparecimentos nunca esclarecidos.

Em 15 de janeiro de 1981, em Sopocachi, bairro de La Paz, oito dirigentes do Movimento da Esquerda Revolucionária foram torturados e assassinados por um grupo de paramilitares. Apenas uma pessoa conseguiu escapar.

Além da violência extrema, os 13 meses de governo de García Meza também foram caracterizados pela corrupção e narcotráfico.

Extraditado à Bolívia pelo Brasil em março de 1995, García Meza foi condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de sua ditadura. O regime matou vários dirigentes de esquerda, entre eles o socialista Marcelo Quiroga Santa Cruz (1931-1981).

A justiça brasileira extraditara García Meza para a Bolívia em 1995, altura em que foi condenado pela Justiça boliviana a 30 anos de prisão sem direito a indulto por crimes da sua ditadura.

Luis García Meza nasceu a 8 de agosto de 1929, na capital boliviana, La Paz, e foi presidente da Bolívia entre 1980 e 1981, depois de ter liderado um golpe de Estado que impediu a subida à presidência de Hernán Siles Zuazo (1913-1996), que tinha vencido as eleições em 1980.

Em 1981 cedeu a Presidência da República a uma Junta de Generais, que nomeou Celso Torrelio (1933-1999) presidente do país.

O ex-ditador deveria cumprir a pena no presídio de segurança máxima de Chonchocoro, mas passou os últimos cinco anos em um hospital militar de La Paz por causa das doenças cardíacas.

Em janeiro de 2017, o Tribunal de Roma condenou García Meza e outros sete ex-militares da América Latina a prisão perpétua por crimes cometidos dentro do chamado Plano Condor, uma operação de repressão promovida pelas ditaduras da região entre 1970 e 1980.

A defesa de García Meza anunciou na época que recorreria da sentença por considerar que não teve chance de se defender.

Ao lado de Hugo Banzer, ditador (1971-1978) e também presidente de direito (1997-2001), García Meza foi considerado o ditador militar mais sanguinário do século XX boliviano.

García Meza morreu em 29 de abril de 2018, aos 86 anos, em um hospital militar em La Paz devido a uma obstrução respiratória.

Ele tinha sofrido várias paradas cardíacas nos últimos meses após uma deterioração de seu estado físico.

“O general Luis García Meza faleceu após uma parada cardíaca e respiratória”, afirmou o advogado Frank Campero.

O militar havia sofrido três infartos no hospital das Forças Armadas, Cossmil, onde passou mais de 10 anos de sua pena de 30 anos de prisão, informou Campero.

O advogado revelou que o cliente deixou em 2009 duas cartas escritas, uma dirigida a sua família e outra ao país. O conteúdo foi gravado pelos jornalistas Carlos Mesa (ex-presidente boliviano) e Mario Espinoza.

Os dois se comprometeram a não divulgar o vídeo até a morte de Gazcía Meza.

O advogado antecipou parte do conteúdo ao afirmar que o cliente “não matou, não roubou seu país”.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por Agencia EFE – 29/04/2018)

(Fonte: http://expresso.sapo.pt/internacional/2018-04-29- INTERNACIONAL – 29.04.2018)

https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – NOTÍCIAS – MUNDO – AFP / Por José Arturo Cárdenas – 29.04.2018)

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