Luis Corvalán, ex-secretário do Partido Comunista do Chile, foi um dos principais promotores do governo da Unidade Popular, de Salvador Allende

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Ex-secretário do PC chileno

Luís Corvalán, histórico líder do PC do Chile

 

Álvaro Cunhal com Dias Lourenço e Luis Corvalán (Centro), Secretário-Geral do PC Chileno

Álvaro Cunhal com Dias Lourenço e Luis Corvalán (Centro), Secretário-Geral do PC Chileno

 

 

Luis Nicolás Corvalán Lépez (Pelluco, 14 de setembro de 1916 – Santiago, 21 de julho de 2010), ex-secretário do Partido Comunista do Chile, foi um dos principais promotores do governo da Unidade Popular, de Salvador Allende.

 

 

O ex-senador Luis Corvalán Lepe, líder histórico do Partido Comunista (PC) chileno, foi professor e jornalista, Corvalán foi secretário-geral do Partido Comunista entre 1958 e 1989 e viveu por dois períodos na clandestinidade — durante o governo de Gabriel González Videla (1946-1952) e a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

 

Na época do governo de Videla foi levado aos campos de concentração de Pitrufquén e Pisagua. Após o golpe militar de 1973, Corvalán foi preso e enviado à ilha Dawson, no estreito de Magalhães, junto a dirigentes políticos e membros do governo de Salvador Allende (1970-1973). Durante sua permanência na ilha recebeu o prêmio Lênin de la Paz. O comunista também sofreu cativeiro nos centros de tortura de Ritoque e Três Alamos.

 

Preso após o golpe militar liderado por Augusto Pinochet em setembro de 1973 contra o governo Allende, Corvalán foi levado ao campo de concentração montado na ilha Dawson junto a outros dirigentes da Unidade Popular, antes de ser transferido para os centros de tortura de Ritoque e Tres Alamos.

 

O líder comunista foi libertado em 1976, por decisão de Pinochet, após uma forte campanha internacional.

 

Luis Corvalán foi trocado pelo escritor dissidente soviético Vladimir Bukovsky, em Zurique, por exigência de Pinochet, e permaneceu como asilado na União Soviética durante vários anos.

 

Após uma negociação inédita entre o governo da União Soviética e de Pinochet, Corvalán foi trocado em Zurique, na Suíça, pelo dissidente Vladimir Bukovsky em 16 de dezembro de 1976. O chileno regressou a seu país em 1988, quando chegava ao fim a ditadura militar, e participou do processo de redemocratização do país.

 

Corvalán, que liderou os comunistas chilenos entre 1959 e 1989, sendo eleito senador nos períodos de 1961-69 e 1969-1977, voltou ao Chile em 1988, onde participou da transição para a democracia.

 

Corvalán foi amigo do líder cubano Fidel Castro, do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara e do grande poeta chileno Pablo Neruda.

 

Corvalán faleceu em 21 de julho de 2010, aos 93 anos, em sua residência em Santiago.

 

Corvalán faleceu enquanto trabalhava na redação de um livro sobre a história do Partido Comunista Chileno e sua contribuição ao processo político do país.

 

“Foi um lutador desde muito jovem”, disse o deputado do PC Guillermo Teillier.

Era “um homem de ideias, um estalinista convicto, um homem muito conhecido na Rússia”, declarou Bukovsky à agência RIA Novosti.

“Manteve-se fiel a suas ideias e dirigiu o Partido Comunista chileno até os últimos dias de sua vida”, destacou Bukovsky.

A advogada de direitos humanos Carmen Hertz disse que Corvalán foi “um homem que contribuiu para que a sociedade chilena fosse mais democrática, mais justa e mais solidária. Era um republicano distinto, de grandes convicções solidárias e democráticas”.

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07 – MUNDO / Por France Presse (AFP) SANTIAGO – 21 Jul 2010)

(Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia – América Latina – NOTÍCIA – 21/07/2010)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina – NOTÍCIAS / América Latina – 21 JUL 2010)

 

 

 

Libertados: por ordem do presidente do Chile, general Augusto Pinochet, 297 presos políticos; na ocasião, Pinochet anunciou que o dirigente comunista Luis Corvalán, ainda preso, apenas seria libertado em troca do dissidente Vladimir Bukovsky, preso na União Soviética; dia 18 de novembro de 1976, em Santiago.

(Fonte: Veja, 24 de novembro de 1976 – Edição 429 – DATAS – Pág: 132)

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