Lourdes Maria Bandeira, era um dos principais nomes do feminismo no Brasil, foi integrante da Secretaria de Políticas para Mulheres, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff

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Lourdes Bandeira, referência no estudo sobre violência contra mulher

 

Era um dos principais nomes do feminismo no Brasil

 

Lourdes Maria Bandeira, professora da UnB (Universidade de Brasília), foi uma das maiores referências nas pesquisas sobre violência contra a mulher no Brasil.

 

Docente no Departamento de Sociologia da UnB, Lourdes Maria Bandeira era referência em pesquisas sobre feminismo, gênero e violência contra a mulher.

Bandeira era professora do Departamento de Sociologia da Universidade e suas pesquisas estavam voltadas para temas relacionados à violência contra a mulher, entre eles feminicídio, desde 2005. Foi integrante da Secretaria de Políticas para Mulheres de 2008 a 2015, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff. Nesse período, foi secretária de Planejamento e Gestão e, depois, secretária adjunta.

 

Trajetória

 

Ela possuia graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1973, mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) em 1978 e doutorado em Antropologia pela Université René Descartes – de Paris V em 1984. Realizou também Pós-Doutorado na área de Sociologia do Conflito com o Prof. Michel Wieviorka, na École des Hautes Études en Sciences Sociales-EHESS (2001-2002).

 

Desde 2005 era Professora Titular no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília, tendo experiência acadêmica e docente, além de publicações e orientações, na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Urbana e da Cultura – Gênero, Feminismo, Violência de Gênero, e Políticas Públicas. Atuava principalmente nos seguintes temas: Conflito e violência nas relações de gênero, cidadania, mulheres, feminismo e políticas públicas.

 

Lourdes era também coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Mulher (NEPEM) e membro do Conselho de Direitos Humanos da Universidade de Brasília (CDHUnB). Atualmente estava como membro do comitê editorial da Editora da Universidade de Brasília e desenvolvia projetos de pesquisa: “Feminicídio no Brasil” e “Relações de cuidado e cuidadoras nas redes inter-institucionais de apoio às mulheres vítimas de violência”. Atuou por uma década como Editora-chefe da Revista Sociedade e Estado.

 

Em 2014, ela participou de uma reportagem da TV Globo sobre o aniversário de oito anos da Lei Maria da Penha. Na UnB, Lourdes fazia parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPeM).

 

Em 2018, concedeu uma entrevista a Universa falando de sua pesquisa sobre feminicídios, que estava em andamento e ainda não foi publicada. Ela analisava 2 mil casos de mortes de mulheres ocorridos desde 2015, ano em que a Lei do Feminicídio entrou em vigor. “As mulheres são vistas como propriedade sexual do homem. O assassino sente que tem controle sobre o corpo dela e não aceita que outro homem possa se apropriar dele”, afirmou na época. “Os assassinos se sentem autorizados por uma ideia coletiva de que a mulher pertence a eles.”

 

Lourdes Bandeira faleceu em 12 de setembro de 2021, aos 72 anos, após sofrer embolia pulmonar e um AVC (acidente vascular cerebral).

O PT divulgou uma nota de pesar por seu falecimento, assim como o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, o Nepem, grupo do qual fazia parte da UnB. “Ao longo de sua trajetória ensinou e orientou várias gerações de estudantes, bem como impulsionou a articulação do núcleo com redes de serviços governamentais e movimentos sociais de enfrentamento à violência contra as mulheres”, afirmam. “Incansável na luta pelos direitos das mulheres no país, sua crítica competente das relações de gênero e suas realizações […] constituem um legado de grande relevância e contribuíram para lançar o Brasil no patamar do pioneirismo internacional, na aplicação de leis como a Lei Maria da Penha e do Feminicídio. Seus ensinamentos e sua amizade ficarão eternizados na história e nos vínculos de afeto do Nepem.”

Pesquisadoras e ativistas dos direitos das mulheres prestaram homenagens a Bandeira, como foi o caso da também professora Débora Diniz, que contou ter sido sua aluna.

(Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/09/13 – UNIVERSA / NOTÍCIAS / De Universa – 13/09/2021)

(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/09 – Correio Braziliense – CIDADES / DF – 13/09/2021)

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