Leopoldo II da Bélgica, monarca da era colonial, era o segundo filho do rei Leopoldo I, a quem sucedeu em 1865, tendo reinado até sua morte, em 1909

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Rei que massacrou o Congo

 

 

Leopoldo II (Bruxelas, 9 de abril de 1835 — Laeken, 17 de dezembro de 1909), foi o segundo Rei dos Belgas de 1865 até sua morte. Era o segundo filho do rei Leopoldo I, a quem sucedeu em 1865, tendo reinado até sua morte, em 1909.

 

O rei Leopoldo 2º, da Bélgica foi o monarca que ficou historicamente conhecido pela cruel colonização que promoveu no então Estado Livre do Congo.

 

Na Bélgica, a figura do monarca Leopoldo II, responsável pelo genocídio de mais 10 milhões de africanos durante o Estado Livre do Congo, governou o Estado Livre do Congo por grande parte de seu reinado, de 1865 a 1909.

 

Rei Leopoldo II, conhecido por ter causado a morte de mais de 10 milhões de africanos, na República Democrática do Congo — quando foi soberano do local, no final do século 19 e início do século 20.

 

Massacre no Congo

 

O monarca da era colonial, cujas tropas mataram e mutilaram milhões de pessoas no Congo, assumiu o trono em 1865, Leopoldo queria transformar a Bélgica em uma potência colonial. Sem apoio do parlamento belga para invadir o Congo com forças estatais, o monarca teve que contratar um exército privado para tomar o controle do país africano.

 

As tropas contratadas por Leopoldo obrigaram os congoleses a coletar marfim e borracha. Os cidadãos que resistiram ou foram incapazes de exercer o trabalho forçado tiveram seus corpos mutilados, sofreram amputações ou foram mortos.

 

Mesmo tendo deixado essa mancha na história da Bélgica, Leopoldo 2º teve seu rosto eternizado em diversas regiões do país.

 

Às estátuas de Leopoldo 2º estão espalhadas por toda à capital Bruxelas.

 

Noah, um menino belga de 14 anos, criou uma petição para pedir a derrubada das estátuas do rei Leopoldo 2º, da Bélgica.

 

Filho de congoleses, Noah se sente menosprezado “porque são pessoas de minha origem e comunidade que foram mortas”, disse ele em entrevista à CNN internacional.

 

“Para mim, quando você coloca uma estátua de Hitler em Berlim, é como colocar uma estátua de Leopoldo em Bruxelas”, continuou o menino.

 

Preocupado com o passado de seus ancestrais e com o modo que a sua geração vai enxergar o futuro, Noah criou uma petição online para destruir as estátuas de Leopoldo 2º espalhadas pela capital Bruxelas.

 

“Espero que os jovens da minha idade e outros passem a assumir a responsabilidade, conversar e fazer ouvir a voz”, disse ele.

 

 

Movimentos antirracistas

 

Após a morte do segurança George Floyd, em maio, nos Estados Unidos, inúmeras manifestações antirracistas surgiram pelo mundo. Floyd foi asfixiado por um policial branco que não parou mesmo após a vítima dizer que não conseguia respirar.

 

Nesses protestos, manifestantes derrubaram e/ou depredaram estátuas de personalidades envolvidas com a escravidão de povos africanos e indígenas. O mesmo aconteceu com uma em memória de Leopoldo, na Bélgica.

 

Ainda hoje se discute nesses países a destruição de monumentos em homenagem a personalidades que colaboraram com a escravidão. No Brasil, manifestantes querem derrubar uma estátua do bandeirante Borba Gato, localizada na cidade de São Paulo.

 

Ativistas removem estátua do rei Leopoldo 2º em Bruxelas

 

 

04.jun.2020 – Estátua do rei Leopoldo II da Bélgica vandalizada após protestos. (Imagem: Jonas Roosens/Belga/AFP)

 

 

Uma estátua do rei Leopoldo 2º da Bélgica foi removida de seu pedestal por ativistas em Bruxelas durante a noite de ontem, informou a emissora belga RTBF.

 

Um jornalista da Reuters encontrou apenas um pedestal vazio no bairro de Auderghem nesta sexta-feira e nenhum sinal da estátua do rei, que governou o Estado Livre do Congo por grande parte de seu reinado, de 1865 a 1909.

 

Estátuas do monarca da era colonial, cujas tropas mataram e mutilaram milhões de pessoas no Congo, tornaram-se foco de raiva e debate na Bélgica em meio a protestos mundiais que se seguiram à morte de George Floyd em 25 de maio, em Mineápolis, nos Estados Unidos.

 

Várias representações de Leopoldo 2º foram vandalizadas, com estátuas queimadas e pintadas com tinta vermelha.

 

Paralelamente, uma estátua do rei Baudouin — o monarca da Bélgica com segundo maior reinado depois de Leopoldo 2º — foi encontrada manchada de vermelho em um parque em frente à Catedral de São Miguel e Santa Gudula, em Bruxelas, nesta sexta-feira. A palavra “reparação” estava pintada na parte traseira.

 

“Não é assim que procedemos em uma democracia. Não é assim que colocamos a história de volta no caminho certo”, disse o prefeito de Auderghem, Didier Gosuin, à RTBF. “Pelo contrário, são atos que chocam, bloqueiam, criam tensões, conflitos.”

 

Gosuin afirmou que o município de Auderghem havia retirado há alguns dias uma frase de um memorial que homenageava “aqueles que trouxeram a civilização para o Congo”.

 

Manifestações tomaram as ruas dos EUA e houve protestos menores em toda a Europa desde a morte de Floyd, um norte-americano negro desarmado morto por um policial branco que ajoelhou-se por quase nove minutos sobre seu pescoço em Mineápolis.

 

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/06/25 – INTERNACIONAL / ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Do UOL, em São Paulo – 25/06/2020)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2020/06/12 – INTERNACIONAL / ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Por Marine Strauss Da Reuters, em Bruxelas – 12/06/2020)

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