Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, foi o primeiro ministro do Exército pós-ditadura

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Militar atuou como ministro no governo de José Sarney. Na foto de 1985, coronel (esq.) aperta a mão do então presidente Sarney (Foto: Ver Descrição / Ver Descrição)

Militar atuou como ministro no governo de José Sarney. Na foto de 1985, coronel (esq.) aperta a mão do então presidente Sarney (Foto: Ver Descrição / Ver Descrição)

Em 1983, assumiu o Comando do 3º Exército, em Porto Alegre

General Leônidas Pires Gonçalves (Cruz Alta, (RS), 19 de maio de 1921 – Rio de Janeiro, 4 de junho de 2015), ministro do Exército durante o governo de José Sarney

O general comandou o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) do Exército no Rio de Janeiro entre março de 1974 e janeiro de 1977.

De 1974 a 1977, durante a ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves foi chefe do Estado-Maior do 1º Exército, no Rio de Janeiro, e comandante Militar da Amazônia. Em 1983, assumiu o Comando do 3º Exército, em Porto Alegre.

Chefe do Ministério do Exército durante o governo do ex-presidente José Sarney (entre 1985 e 1990), o militar nasceu em maio de 1921 no município de Cruz Alta (RS). 

Em 1985, foi convidado por Tancredo Neves para assumir o Ministério do Exército. Com a morte de Tancredo, o general integrou o governo do presidente José Sarney.

O general foi citado no relatório da Comissão Nacional da Verdade, divulgado em dezembro de 2014, como um dos 377 agentes do Estado que atuaram na repressão política e foram responsáveis, direta ou indiretamente, pela prática de tortura e assassinatos durante o regime militar.

Em entrevista à GloboNews em 2010, Gonçalves negou que no Doi-Codi tivessem ocorrido casos de tortura a presos políticos, mas confirmou que o Exército deu dinheiro a presos em troca de informações.

“Nunca houve tortura a preso político na minha área. Desafio alguém que tenha sido torturado durante este período”, disse ele na entrevista.

“A ideia [de pagar dinheiro]foi minha. Fui adido militar na Colômbia e aprendi que, lá, eles compravam todos os subversivos com dinheiro”, acrescentou.

Leônidas Pires Gonçalves morreu em 4 de junho de 2015, no Rio de Janeiro, o general tinha 94 anos.

Em nota, Sarney lamentou a morte do ex-ministro, a quem chamou de grande amigo, e disse que o general teve papel fundamental durante a transição da ditadura militar para o regime democrático.

“Ele deu suporte para que a transição fosse feita com as Forças Armadas e não contra as Forças Armadas. Pacificou o Exército e assegurou e garantiu o poder civil. Reconduziu os militares aos seus deveres profissionais, defendendo a implantação do regime democrático que floresceu depois de 1985”, lembrou Sarney.

(Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/06 – ANO 52 – TRIBUTO – 05/06/2015)

(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/06 – RIO DE JANEIRO – Do G1, em Brasília – 04/06/2015)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Morre Leônidas Pires Gonçalves, o primeiro ministro do Exército pós-ditadura

Militar, que estava hospitalizado, será velado com honras no sábado pela manhã, no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, no Rio

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