Lawrence Ferlinghetti, fez parte da Geração Beat, foi um dos responsáveis por projetar Allen Ginsberg no imaginário popular

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Lawrence Ferlinghetti, poeta e editor, foi o último ícone da geração beat

Americano foi um dos responsáveis por projetar Allen Ginsberg no imaginário popular

 

 

Lawrence Ferlinghetti, em foto de outubro de 1988 — (Foto: Frankie Ziths/AP/Arquivo)

 

 

Poeta fez parte da Geração Beat que revolucionou a literatura americana na década de 50 e fundou a histórica livraria City Lights, em São Francisco.

 

 

O poeta Lawrence Ferlinghetti em frente à livraria City Lights, em San Francisco, em 1998. (Foto: REUTERS)

 

 

Lawrence Ferlinghetti (Bronxville, Nova York, 24 de março de 1919 – São Francisco, na Califórnia, 22 de fevereiro de 2021), artista americano fez parte da Geração Beat que influenciou a literatura americana na década de 50.

Fundador da lendária livraria-editora City Lights, um reduto de grandes nomes da chamada geração beat da literatura dos Estados Unidos que fica em San Francisco, na Califórnia, Lawrence Ferlinghetti teve papel fundamental na luta pela liberdade de expressão nos EUA principalmente a partir do anos 1950, e um de seus maiores momentos naqueles tempos foi a publicação do poema “Uivo” de Ginsberg, em 1956, considerado até hoje o maior marco do movimento.

A geração beat, que reuniu escritores e ativistas mais ousados como Kerouac e William S. Burroughs, além do próprio Ginsberg, na verdade surgiu em Nova York, mas San Francisco acabou se tornando sua maior base justamente por causa da City Lights, que permanecerá funcionando no número 261 da Columbus Avenue de lá.

O último grande poeta da geração Beat promoveu o movimento da contracultura nos Estados Unidos na década de 1950 com sua livraria City Lights e suas próprias obras, e, em 1953, se tornou um dos fundadores da City Lights em San Francisco. A livraria logo se tornou um meio de expressão para a poesia beat, um ponto de encontro para seus artistas.

Dois anos depois, se tornou a primeira editora de autores icônicos como Jack Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg.

Ferlinghetti publicou seu próprio livro “A Coney Island of the Mind”, em 1958, que vendeu mais de um milhão de cópias e o estabeleceu como um importante poeta.

Em 1957 ele foi preso sob a acusação de obscenidade por publicar “Howl” (Howl), um poema icônico de Ginsberg que se tornou um dos ícones da geração Beat. O poema, que fala sobre homossexualidade e drogas, foi criticado como obsceno, mas Ferlinghetti foi absolvido após um julgamento altamente divulgado.

Vida e obra

Lawrence Monsanto Ferlinghetti nasceu em março de 1919 em Nova York. Ele começou a se destacar nos anos 50 quando publicou o poema-manifesto “Uivo”, de Allen Ginsberg, outro nome da Geração Beat.

O lançamento causou frisson na sociedade da época pelos palavrões, por fazer referências ao uso de drogas e por descrever o sexo gay.

Por outro lado, chamou atenção para a geração de poetas, artistas e hipsters que se rebelava contra o conservadorismo da sociedade americana através da literatura.

Depois, a Geração Beat passou a ser vista como um grupo de escritores iconoclastas americanos da década de 1950 que influenciou a contracultura e o movimento hippie mundial.

Ferlinghetti escreveu dezenas de livros, incluindo um dos volumes de poesia mais vendidos da história americana: “A Coney Island of the Mind” (1958), uma crítica direta e frequentemente irônica da cultura dos Estados Unidos.

No Brasil, o livro saiu pela editora L&PM com o título “Um parque de diversões na cabeça”.

Além do trabalho como escritor, o poeta era visto como guru da cena artística de São Francisco.

Em 1953, ele fundou ao lado de Peter D. Martin a livraria e editora independente City Lights. O lugar se tornou um das mais icônicos espaços artísticos dos Estados Unidos e virou ponto de peregrinação de poetas, artistas e políticos progressistas.

Inclusive, no comunicado que a livraria publicou nas redes sociais, os funcionários deixam claro que vão continuar honrando o espírito revolucionário de Ferlinghetti.

“Pretendemos desenvolver a visão de Ferlinghetti e honrar sua memória, sustentando a City Lights no futuro como um centro de investigação intelectual aberta e compromisso com a cultura literária e a política progressista”.

Lawrence Ferlinghetti faleceu aos 101 anos em 22 de fevereiro de 2021, de uma doença pulmonar.

Ele vivia em São Francisco, na Califórnia, cidade em que fundou a famosa livraria City Lights.

“Estamos tristes em anunciar que Lawrence Ferlinghetti, ilustre poeta, artista e fundador da City Lights Booksellers and Publishers, morreu em San Francisco, Califórnia. Ele tinha 101 anos”, diz o comunicado publicado nas redes da livraria nesta terça (23).

“Ferlinghetti foi fundamental na democratização da literatura americana ao criar (com Peter D. Martin) a primeira livraria do país em 1953, dando início a um movimento para tornar diversos livros de qualidade baratos amplamente disponíveis”.

“Por mais de sessenta anos, aqueles de nós que trabalharam com ele na City Lights foram inspirados por seu conhecimento e amor pela literatura, sua coragem na defesa do direito à liberdade de expressão e seu papel vital como um embaixador cultural americano. Sua curiosidade era ilimitada e seu entusiasmo era contagiante. Sentiremos muito a sua falta”, continua.

(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 57 – N° 19.957 – 1° DE MARÇO DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 23)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/02/23 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por G1 – 

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / por O Globo – 23/02/2021)

(Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/02/23 – ESTADOS DE MINAS / NOTÍCIA / INTERNACIONAL / por AFP – 23/02/2021)

(Fonte: https://glamurama.uol.com.br – NOTÍCIAS / por Anderson Antunes – 24.02.2021)

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