Lauro Campos, senador pela legenda do (PDT – DF), fazia longos discursos, quase sempre marcados pelas críticas ao capitalismo e ao FMI (Fundo Monetário Internacional)

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Político deixou o PT em abril de 2001 com críticas ao partido e a Lula

 

O senador Lauro Campos (PDT) (Foto: Beto Barata – 23.mai.2001/Folha Imagem)

 

 

Lauro Álvares da Silva Campos (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1928 – Brasília, 13 de janeiro de 2003), senador pela legenda do (PDT – DF), fazia longos discursos, quase sempre marcados pelas críticas ao capitalismo e ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Lauro elegeu ao Senado Federal entre 1995 a 2003. Em 16 de abril de 2001, Lauro Campos deixou o PT e foi acolhido na legenda do PDT de Leonel Brizola. Professor universitário de economia, criticava o capitalismo e o FMI. Deixou o PT em abril de 2001 por não ter recebido apoio do partido para disputar a reeleição.

Campos deixou o PT em abril de 2001 fazendo um discurso amargo, com duras críticas ao partido pelo qual foi eleito, ao atual ministro da Educação, Cristovam Buarque (PT-DF), e até ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nunca fui lulista”, disse Campos, em carta escrita ao então presidente do PT, José Dirceu. O documento foi lido em plenário no dia 18 de abril de 2001.

Campos sentia-se expulso do PT, por não recebido apoio da cúpula do partido para disputar a reeleição. Lula deu declarações públicas apoiando a candidatura de Cristovam.

Na carta a Dirceu, o senador disse que Lula quis “coactar” (restringir) o processo de livre escolha dos candidatos ao Senado. Isso, segundo ele, evidenciava que “a ditadura pelega e intelectualóide que se instaurou no PT venceu arrasadoramente”. Na ocasião, o senador criticou o PT por se “neoliberalizar” e se “despetizar”.

Desiludido, Lauro Campos deixa o PT

 

Único senador do PT eleito no Distrito Federal, Lauro Campos anunciou em 16 de abril de 2001 a sua saída do partido, pondo fim a 20 anos de filiação. O senador atribuiu sua decisão ao “acúmulo” de uma série de divergências. O ponto “insustentável”, segundo ele, foi a iniciativa do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de apontar o ex-governador de Brasília Cristovam Buarque como “melhor candidato” ao Senado. Disposto a disputar as prévias com Cristovam, o senador achou que Lula foi “muito deselegante”. Outro fator que pesou na sua decisão foi a posição “neoliberalista” do PT, que estaria se chocando com as suas ideias.

O PPS, PDT e o PSB já se manifestaram dispostos a acolhê-lo, segundo informaram integrantes desses partidos. Mas Lauro Campos anunciou que somente numa excepcionalidade, no caso de ser aprovada uma lei que o obrigue a se filiar, é que ele vai procurar uma nova legenda. Caso contrário, sua intenção é ficar sem partido nos últimos 18 meses de seu mandato, retirando-se em seguida da vida pública. “Para felicidade minha, da minha família e de muitos que estão por aí me desejando mal, eu vou encerrar minha carreira de político”, informou.

A decisão de Lauro Campos surpreendeu as lideranças do PT. O presidente nacional do partido, deputado José Dirceu (SP), e seus colegas de Senado tentaram dissuadi-lo, mas o máximo que conseguiram foi ouvir as queixas de Campos contra as posições adotadas por boa parte dos petistas nos últimos anos. “Não há mais uma consciência crítica”, disse. Ele atribuiu essa postura à necessidade de passar a ideia de que o partido é confiável para eleger o presidente da República no ano que vem.

Lauro Campos morreu em 13 de janeiro de 2003, aos 74 anos, no Instituto do Coração de São Paulo, de complicações de um infarte sofrido em outubro.

(Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – POLÍTICA – 17 de abr de 2001)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/181/aconteceu – ACONTECEU – TRIBUTO/ por Dirceu Alves Jr. – 20/01/2003)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil – FOLHA DE S.PAULO – BRASIL – MEMÓRIA  / Por (RAQUEL ULHÔA) DA SUCURSAL DE BRASÍLIA – São Paulo, 14 de janeiro de 2003)

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