Laudo Natel, ex-governador do estado de São Paulo e ex-presidente do São Paulo Futebol Clube, governou o Estado entre 1971 e 1975

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Laudo Natel, ex-governador de SP e ex-presidente do São Paulo

 

Natel também presidiu o São Paulo Futebol clube, sendo responsável por concluir a construção do estádio Morumbi

 

 

Laudo Natel (c), conversa com D. Yolanda Penteado Matarazzo sobre a entrega das obras ao Museu da Universidade de São Paulo, sendo observado pelo professor Miguel Reale, reitor da USP, à direita. Foto de novembro de 1972 — (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

Laudo Natel (São Manoel, no interior de São Paulo, 14 de setembro de 1920 – 18 de maio de 2020), ex-governador do estado de São Paulo e ex-presidente do São Paulo Futebol Clube, governou o Estado entre 1971 e 1975.

 

Laudo foi governador de São Paulo por duas oportunidades durante o regime militar. De 1966 a 1967, quando substituiu o governador Adhermar de Barros. Depois foi eleito de maneira indireta pelo colégio eleitoral para governar o estado de 1971 a 1975.

Laudo Natel, ex-presidente, conselheiro vitalício e membro nato do Conselho Consultivo do São Paulo, considerado patrono do clube por ter sido idealizador da construção do Morumbi na década de 1950. O CT da base do Tricolor, em Cotia, leva seu nome.​

Laudo nasceu em São Manoel, no interior de São Paulo, no dia 14 de setembro de 1920. Bancário, mudou-se para a capital paulista em 1946. Em 1951 tornou-se tesoureiro do clube. E depois, assumindo e alternando funções na presidência e conselho, participou da construção do estádio do Morumbi em 1970.

 

Natel comandou o Executivo estadual por duas vezes, durante a ditadura militar. A primeira, entre junho de 1966 e janeiro de 1967, era vice-governador e teve que substituir Adhemar de Barros, cassado pelo governo federal. Da segunda vez, foi eleito de maneira indireta, por um colégio eleitoral, e governou o Estado entre 1971 e 1975.

Natel foi eleito vice-governador do estado em 1962, por uma chapa independente, e assumiu o governo do estado por duas vezes durante o período da ditadura militar: entre 1966 e 1967, quando substituiu o então governador Ademar de Barros, cassado pela ditadura militar, e depois entre 1971 e 1975 quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral.

 

Ele tentaria voltar ao Palácio dos Bandeirantes por duas vezes, mas foi derrotado nas convenções: em 1978, pela Arena, Paulo Maluf, quando a eleição para o governo era indireta e sem opositores ao partido da ditadura, e em 1982, quando perdeu a indicação pelo PDS para o então prefeito de São Paulo Reynaldo de Barros (1931-2011), na primeira eleição direta para o Palácio dos Bandeirantes desde 1962 —Reynaldo perderia para Franco Montoro (então no PMDB).

 

O ex-governador também foi presidente do São Paulo Futebol Clube entre os anos de 1958 e 1971. O principal feito à frente do clube foi a conclusão da obra do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, casa do clube até os dias atuais.

 

Foi na sua gestão que o clube adquiriu o terreno e viabilizou a construção do estádio do Morumbi. Mesmo em vida, batizou o Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, em Cotia (Grande São Paulo).

 

Sucessor de Cícero Pompeu de Toledo na presidência do clube, Laudo Natel ocupou o cargo entre 1958 e 1972 – estava na cadeira, portanto, quando o Morumbi foi inaugurado. Também foi governador do Estado entre 1971 e 1975, além de um mandato tampão durante oito meses entre 1966 e 1967 após a cassação de Ademar de Barros, de quem era vice.

 

O Morumbi

 

Laudo Natel era figura importante do Banco Brasileiro de Descontos, que viria a se tornar o Banco Bradesco, quando foi consultado por Cícero Pompeu de Toledo sobre uma solução para tornar o São Paulo viável financeiramente. A saída encontrada por ele foi vender o Canindé, único bem do clube, e construir um estádio imponente, com enorme capacidade – na época, 150 mil pessoas.

 

A obra do Morumbi durou 18 anos. O estádio começou a ser erguido em 1952 e foi inaugurado em 1960, mas ainda pela metade. A inauguração completa ocorreu apenas em 1970. Natel já disse que, se o São Paulo fosse um clube rico, este processo demoraria no máximo três anos.

 

Como não era, o clube contou com a ajuda da Imobiliária Aricanduva, que doou parte do terreno, e investiu em soluções criativas para fazer dinheiro e realizar o sonho. O goleiro José Poy (1926-1996), ídolo do clube, ficou conhecido por bater de porta em porta para vender cadeiras cativas, por exemplo.

Natel faleceu em 18 de maio de 2020, aos 99 anos. Ele completaria 100 anos em setembro.

 

“O São Paulo FC informa e lamenta, com imenso pesar, a morte de seu Patrono e ex-Presidente Laudo Natel, aos 99 anos. Nosso eterno agradecimento a uma das figuras mais importantes da história de nosso Clube pelas décadas de amor incondicional às nossas cores”, informa trecho do comunicado divulgado pelo clube.

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.714 – 19 DE MAIO de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 26)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/esportes/campeonato-paulista – ESPORTES / CAMPEONATO PAULISTA / LANCE! – 18/05/2020)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/05/18 – POLÍTICA / ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Do UOL, em São Paulo – 18/05/2020)

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/05/18 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / Por TV Globo e G1 SP — São Paulo – 18/05/2020)

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